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Mercado Financeiro

Bolsa sobe no retorno do feriado de carnaval, com exterior e Petrobras

Bolsas internacionais caíram, mas não muito nos dois últimos pregões

Data de publicação:02/03/2022 às 00:30 -
Atualizado 2 anos atrás
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A Bolsa de Valores retoma os negócios nesta quarta-feira com alta de 1,39%, aos 113.141 pontos, às 12h39, acompanhando a reação positiva do mercado internacional e valorização de Petrobras, que sobe com a disparada dos preços do petróleo. As ações da petroleira apresentam alta de 1,34%. Vale também contribui para o avanço do Ibovespa, com alta de 5,41%.

O dólar também está em alta, refletindo as tensões trazidas pela guerra entre Rússia e Ucrânia. Às 12h45, a moeda americana estava cotada a R$ 5,16%, com alta de 0,99%.

Mercado
Mercado tem abertura positiva na retomada das operações nesta Quarta-feira de Cinzas - Foto: Reprodução

Nos últimos dois dias, segunda e terça-feira, sem negócios por aqui, os mercados internacionais, sobretudo o de ações, penderam para o lado negativo. Mas sem gerar perdas significativas, e por isso os analistas não esperavam mesmo por quedas nos preços dos ativos na volta desta quarta-feira.

Davi Lelis, sócio da Valor Investimentos. Um dos motivos que afastam a possibilidade de um tranco mais forte na B3 é a pontuação das bolsas americanas no dia anterior, não muito distante do fechamento da última sexta-feira, 25.

Bolsas internacionais

Lá fora, as bolsas americanas estão em alta.

Futuros/bolsas americanas

  • S&P 500: +1,16%
  • Dow Jones: +1,14%
  • Nasdaq 100: estável (dados atualizados às 12h50)

Bolsas europeias/principais praças financeiras

  • Stoxx 600 (Europa): + 0,13%
  • FTSE 100 (Londres): + 0,74%
  • DAX (Frankfurt): + 0,37%
  • CAC 40 (Paris): + 0,45% (dados atualizados às 7h25)

Mercados estão de olho na guerra entre Rússia e Ucrânia

Apesar de buscarem reação, os mercados estão alertas e bastante cautelosos em relação ao conflito no Leste Europeu. Lelis diz que a primeira reunião entre representantes da Ucrânia e Rússia “não trouxe nada de concreto”, o que fez o mercado precificar não um possível acordo, mas o que cada uma das partes pretende adotar como estratégia daqui para a frente – a Ucrânia para melhor defesa de posições, sobretudo de Kiev, a capital, e a Rússia para a ofensiva.

Um ponto que preocupa, segundo o especialista, é a percepção de “globalização do conflito”, com o envolvimento crescente de outros países, seja com medidas de proteção interna, seja com sanções econômicas à Rússia.

Lelis diz que o dólar tende a ficar mais sensível a esse cenário de “expectativas não muito boas” e permanecer em alta iniciada após o início do conflito. “O dólar retomou a alta após cair ao redor de R$ 5,00 fechou perto de R$ 5,16 na sexta-feira, e pode continuar nessa escalada.”

O Dollar Index, que reflete a relação do dólar diante de uma cesta de moedas, teve alta de 0,68%, “com os investidores procurando proteção em moeda forte em cenário de incerteza global”, diz Gustavo Bertotti, head de renda variável da Messem Investimentos.

Sanções econômicas

As movimentações no front militar e diplomático dividirão a atenção de investidores e gestores com uma guerra em outra frente, a econômico-financeira. As expectativas giram em torno das reações da Rússia a sanções impostas pelos EUA e demais países e ampliadas também pela participação de algumas empresas nessa retaliação.

São sinais importantes que podem aparecer em algumas semanas. “A aparente disposição da China em intermediar as negociações entre as partes em conflito pode ser um indicativo de que a Rússia já sente os primeiros baques das sanções”, acredita Oliveira, da Zahl.

A Rússia, que já passa a viver quase um caos na economia, dobrou a taxa de juros de 9,50% para 20%, para tentar evitar uma corrida a saques nos bancos e a desvalorização do rublo. Além disso, impôs controle de capitais e fechou a bolsa de valores, dentre outras medidas adotadas pelo governo Putin.

A influência das commodities no mercado: petróleo dispara com a guerra

O mercado de ações tende a ser impactado pelo clima de tensão geopolítica, mas as empresas devem ser afetadas de maneira distinta, de acordo com o setor em que atuam. “As exportadoras, que têm receitas em dólar, devem ser beneficiadas”, avalia Lelis.

No momento, o cenário favorece principalmente as companhias exportadoras de commodities, como a Petrobras e a Vale. A Petrobras por causa da alta do preço do petróleo, que tem na Rússia um dos grandes produtores mundiais e o principal fornecedor dos países da Europa.

O conflito com a Ucrânia esticou a cotação do barril do tipo Brent acima de US$ 110 nesta quarta-feira, após os membros da Agência Internacional de Energia (AIE) concordarem na véspera em liberar suprimentos de suas reservas de petróleo, apesar dos esforços dos governos ocidentais para excluir o petróleo e o gás natural de suas sanções à Rússia.

"A grande magnitude da oferta em risco de interrupção significa que até mesmo um pedaço decente de reservas sendo liberado pode não surtir efeito", disse Daniel Hynes, estrategista sênior de commodities do ANZ em Sydney.

As refinarias se recusam a comprar petróleo russo, enquanto os bancos se recusam a financiar embarques de commodities russas, segundo executivos de petróleo, banqueiros e traders.

As empresas estrangeiras de energia também estão se afastando do país: a Shell planeja sair de suas joint ventures com a gigante russa de energia Gazprom, e a BP pretende se desfazer de sua participação de quase 20% na produtora de petróleo estatal russa Rosneft.

Durante a manhã desta quarta-feira, o preço do barril do petróleo tipo Brent chegou a bater mais de US$ 110, levando os ganhos da commodity neste ano para cerca de 42% e colocou a referência internacional da commodity no caminho para se estabelecer em seu nível mais alto desde julho de 2014.

O equivalente nos EUA, West Texas Intermediate, também saltou. Os contratos WTI mais negociados subiram cerca de 4%, cotado a US$ 107,58.

A alta do petróleo e do gás natural que beneficia a Petrobras faz dobradinha com a valorização do minério de ferro que favorece a Vale no grupo das exportadoras.

Os preços do setor de energia e de commodities sobem pelo medo de que a guerra na Ucrânia poderá restringir a oferta desses insumos, explica Bertotti. O minério de ferro teve alta de 4,4%, para US$ 144,18 a tonelada no dia anterior, no porto chinês de Qingdao. A valorização no ano já chega a 19,4%.

Outro grupo de empresas, as médias e pequenas (small caps), cujo desempenho está mais ligado ao cenário micro, não têm o mesmo benefício e devem sofrer mais os efeitos da atual crise global, analisa Lelis, sócio da Valor Investimentos.

Fed pode apertar ainda mais a política monetária com commodities

O aumento dos preços das commodities pode forçar o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que já enfrenta a inflação na máxima de 40 anos, a acelerar os aumentos das taxas de juros neste verão, aumentando potencialmente o risco de recessão no próximo ano.

Uma regra prática afirma que uma alta de US$ 10 no preço do barril de petróleo aumenta a inflação geral dos EUA em 0,4 a 0,5 ponto porcentual. A Rússia é um dos principais fornecedores de petróleo e gás natural e um ator importante em algumas outras commodities, incluindo vários metais.

Bolsas asiáticas fecham em queda

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira, à medida que forças russas intensificaram os ataques na Ucrânia, impulsionando o petróleo para mais de US$ 110 por barril. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Bolsas asiáticas/fechamento

  • Nikkei (Tóquio): -1,68% (26.393 pontos)
  • Hang Seng (Hong Kong): -1,84% (22.343 pontos)
  • Xangai Composto (China continental): -0,13% (3.484 pontos)
  • Shenzhen Composto (China continental): -0,56% (2.313 pontos)
  • Kospi (Seul): +0,16% (2.703 pontos)
  • S&P/ASX 200 (Sydney): +0,28% (7.116 pontos)
Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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