Mercado ao vivo: acompanhe as movimentações da Bolsa e do dólar nesta sexta-feira, 10 de junho
Inflação americana derruba mercados ao redor do mundo
A Bolsa de Valores brasileira, a B3, iniciou o último pregão desta semana om baixas acentuadas, acompanhando o movimento observado nos mercados internacionais, com os investidores, em nível global, preocupados com a inflação que cresce por todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos. Às 11h45 desta sexta-feira, 10, o Ibovespa registrava queda de 1,58%, aos 105.389 pontos.
Nos país norte-americano, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que mede a inflação do país, avançou 1,0% em maio ante abril, segundo dados do Departamento de Trabalho. Na comparação anual, o CPI deu um salto de 8,6%, no maior nível desde dezembro de 1981. Os resultados vieram acima das expectativas dos analistas, que esperavam altas de 0,7% em 8,3%, respectivamente.
Com o sentimento de maior aversão ao risco, o dólar vive mais um dia de altas expressivas frente o real. A moeda americana apontava valorização de 1,76%, cotada a R$ 5,00, às 11h46. Por ser considerado uma moeda segura, em momentos de incertezas, o dólar é bastante procurado por investidores do mundo todo, o que eleva sua cotação ante outras divisas, principalmente de países emergentes.
Cenário interno
Internamente, as principais contribuições para o desempenho negativo do índice vêm das empresas exportadoras de commodities, com destaque para Vale, que tem o maior peso na composição da carteira teórica da B3. Às 11h45, a mineradora caía 1,31%, na esteira da desvalorização do minério de ferro no exterior, após sinais da China de que pode voltar a adotar medidas mais restritivas para conter o avanço de casos de covid-19.
Os papéis da Eletrobras também vivem um pregão de forte queda, um dia depois da precificação da ação em R$ 42, após a oferta pública da companhia, que finalizou seu processo de privatização. No mesmo período, as ações ELET6 recuavam 5,22%, enquanto as ELET3 tinham baixa de 4,51%.
No noticiário econômico, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, mais cedo, os números de vendas no varejo em abril, que subiram 0,9% ante março, acima da mediana das projeções dos analistas, de alta de 0,3%. Na comparação com abril de 2021, as vendas do comércio varejista tiveram alta de 4,5% em abril de 2022. As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 2,3% no ano. Em 12 meses, houve alta de 0,8%.
O dia na Bolsa
Maiores altas da Bolsa
Empresa | Código | Variação |
Marfrig | MRFG3 | +0,13% |
Vivo Telefônica | VIVT3 | +0,11% |
Maiores baixas da Bolsa
Empresa | Código | Variação |
Americanas | AMER3 | -7,40% |
Eletrobras | ELET6 | -5,25% |
Petz | PETZ3 | -5,16% |
Banco Inter | BIDI11 | -4,88% |
Rumo | RAIL3 | -4,52% |
Mercados internacionais
Os dados inflacionários americanos pressionam os mercados ao redor do mundo. Tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, as bolsas registam forte desvalorização, com os investidores cautelosos com a possibilidade de Federal Reserve (Fed, o banco central americano) adotar uma política monetária mais restritiva para controlar a escalada dos preços.
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em baixa com as preocupações em relação ao cenário macroeconômico global. A única exceção foi a China, que viu seus principais índices acionários subirem após a divulgação do CPI do país, que vieram em linha com as projeções do mercado, em uma alta de 2,1% em maio.
Desempenho das bolsas americanas
- Dow Jones: baixa de 2,11%
- S&P 500: baixa de 2,40%
- Nasdaq 100: baixa de 3,02%
Dados atualizados às 11h47
Desempenhos das bolsas europeias
- Stoxx 600 (Europa): baixa de 2,71%
- FTSE 100 (Inglaterra): baixa de 1,99%
- DAX (Alemanha): baixa de 2,96%
- CAC 40 (França): baixa de 2,70%
Dados atualizados às 11h47
Fechamento das bolsas asiáticas
- Xangai Composto (China): alta de 1,42%
- Shenzhen Composto (China): alta de 1,94%
- Hang Seng (Hong Kong): baixa de 0,29%
- Nikkei (Japão): baixa de 1,49%
- Kospi (Coréia do Sul): baixa de 1,13%
- Taiex (Taiwan): baixa de 0,97%
Com Agência Estado