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Bolsa
Mercado Financeiro

Bolsa cai 1,10%, aos 113 mil pontos, puxada por Vale, siderúrgicas e Petrobras; dólar sobe a R$ 5,26

Investidores seguem monitorando as discussões sobre a taxa Selic e atentos ao mercado externo

Data de publicação:16/09/2021 às 10:56 -
Atualizado 3 anos atrás
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A Bolsa fechou em queda de 1,10% nesta quinta-feira, 16, aos 113.794,28 pontos. O recuo do Ibovespa está relacionado principalmente ao desempenho negativo do minério de ferro na China nas últimas semanas, o que vem derrubando as ações da Vale e outras siderúrgicas.

No pregão de hoje, no entanto, a queda atingiu outras commodities, como o petróleo, e a Petrobras também registrou baixa acentuada, contribuindo para a desvalorização do principal índice da B3. Em ambiente já pesado, também as pendências em relação a questões ligadas ao risco fiscal, como a PEC dos precatórios que não foi ainda para votação, acabam virando fatores negativos ao mercado.

Foto: B3/Divulgação
Sede da B3 em São Paulo - Foto: B3/Divulgação

O dólar, alinhado à tendência internacional de apreciação da moeda norte-americana, fechou em alta de 0,81% ante o real, cotado a R$ 5,264. A cautela com o ambiente político doméstico também conta nos negócios, o que vem impedindo a valorização da moeda brasileira.

Sobe e desce na B3

Refletindo a queda do preço do minério de ferro na China, a Vale - que responde por mais de 14% da cesta de ativos do Ibovespa - recuou 4,15% no pregão. Acompanhando o movimento da mineradora, CSN, Usiminas e Gerdau reportaram queda acentuada de 6,18%, 5,41% e 3,40%, na sequência.

A Petrobras também seguiu o ritmo de baixa, pelo recuo dos preços do petróleo, e caiu 0,87% - a petroleira tem um peso de mais de 9% no principal índice da B3.

O mesmo aconteceu com as empresas de celulose também estiveram entre as principais baixas da B3 neste pregão, pelo recuo dos preços do produto exterior. Suzano e Klabin caíram 5,75% e 4,62%, respectivamente.

Já os bancos fecharam o dia sem direção única em suas ações na Bolsa. Bradesco registrou a maior queda de 1,28%, enquanto o Itaú teve baixa residual de 0,07%. Santander e Banco do Brasil subiram 0,97% e 1,62%, respectivamente.

Após anunciar a compra da plataforma Skoob, rede social focada em livros, as ações da Lojas Americanas caíram 3,44%.

O conselho de administração da BrMalls aprovou um programa de recompra de ações de emissão da própria companhia. A decisão permite a aquisição de até 42.186.434 papéis ordinários, o que representa 5% do total em circulação no mercado. Com isso, os papéis da companhia caíram 1,04%.

A disputa pelo Grupo HB Saúde pela SulAmerica e Hapvida ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira. Ambas as empresas encaminharam novas proposta de compra para a rede de São José do Rio Preto (SP). Depois da divulgação da notícia, as ações da SulAmerica e Hapvida registraram baixa de 1,19% e 0,65%, respectivamente.

Nova Selic em discussão

As especulações em torno da nova taxa básica de juros, a Selic, que o Banco Central (BC) define na próxima quarta-feira, 22, estão ganhando a atenção dos investidores.

Durante a manhã, o Ministério da Economia divulgou que revisou para cima sua projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021.

De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta de preços neste ano passou de 5,90% para 7,90%. E para o próximo, subiu de 3,50% para 3,75%.

Todas as projeções para a inflação em 2021 estão bem acima do centro da meta deste ano, de 3,75%, que tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo (índice de 2,25% a 5,25%). No caso de 2022, a meta é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (2,00% a 5,00%).

De acordo com a SPE, a partir de 2023, a projeção converge para a meta: 3,25% em 2023 e 3,0% de 2024 em diante.

Ambiente externo

Lá fora, as bolsas de Nova York fecharam majoritariamente em baixa, refletindo a divulgação dos últimos dados econômicos do país e queda das commodities. Os índices S&P 500 e Dow Jones caíram 0,16% e 0,18%, respectivamente, enquanto Nasdaq 100 registrou alta residual de 0,08%.

Segundo dados do Ministério do Trabalho, o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos registrou alta de 20 mil na semana encerrada em 11 de setembro, somando 332 mil solicitações.

O resultado ficou acima das expectativas dos analistas, que previam uma mediana de 320 mil pedidos. O total da semana anterior foi ligeiramente revisado para cima, de 310 mil para 312 mil pedidos.

Já as vendas no varejo subiram 0,7% em agosto ante julho, segundo o Departamento do Comércio do país. O número veio bem acima das previsões, que indicavam queda de 0,8%.

Os dados do comércio podem renovar as expectativas de uma redução gradual de recompra e títulos públicos, segundo analistas. Porém, há o fator dos dados do seguro-desemprego, que podem ajudar a segurar um pouco o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) nessa decisão.

A recompra de títulos pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano) faz parte da política de estímulos monetários que consiste na injeção de US$ 120 bilhões no sistema financeiro americano, de onde parte dos recursos se espraiam pelos mercados financeiros globais.

Uma redução no volume de recompra de títulos tende a reduzir a oferta de recursos no sistema financeiro global, um aperto na liquidez que pode deprimir a Bolsa e pressionar o dólar pelo mundo.

Novo Código Eleitoral: projeto aprovado

No cenário local, os investidores seguem acompanhando as movimentações políticas. A Câmara dos Deputados concluiu na madrugada desta quinta-feira a votação do Projeto de Lei Complementar 112/11, que cria o novo Código Eleitoral. O texto segue para análise do Senado.

Entre os destaques apresentados pelos partidos, os deputados aprovaram a emenda do deputado Bohn Gass e retiraram o trecho do texto que proibia que provedores de redes sociais e aplicativos de mensagens adotassem critérios de "censura de ordem política, ideológica, artística ou religiosa" na moderação de conteúdos de candidatos a cargos políticos.

Deputados de oposição ao governo disseram que o projeto remetia à "MP das fake news", publicada na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro, e que foi devolvida ao Executivo pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Durante a sessão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), afirmou que Bolsonaro enviará à Casa um projeto de lei que trate da remoção de conteúdos por redes sociais.

"Eu tenho a informação de que o governo vai mandar para esta Casa um projeto de lei com urgência constitucional tratando do assunto. Penso que esse tema será melhor esclarecido tanto na comissão especial que discute o tema quanto com a urgência constitucional que deve estar chegando nesta Casa na próxima semana", disse ele, em entrevista para a Agência Câmara.

CPI da Covid: depoimento adiado

O depoimento do diretor executivo da operadora de saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, foi adiado no início da manhã desta quinta-feira. De acordo com a Secretaria do colegiado, Batista justificou que não teria "tempo hábil" para comparecer ao Senado.

Com o revés na agenda, a Secretaria da comissão informou que os senadores podem dedicar o dia à votação de requerimentos.

No dia anterior, a comissão enviou um e-mail ao jurídico da Prevent Senior com a intimação para o depoimento de Batista. O e-mail foi recebido no final da tarde do mesmo dia e encaminhado à defesa do profissional, que afirmou que não iria comparecer.

Com a oitiva de Batista, a comissão queria investigar a Prevent Senior sobre uma possível pressão para que os médicos conveniados prescrevessem medicamentos sem a eficácia comprovada no tratamento contra a covid-19, além de denúncias de pacientes da operadora que teriam sido assediados para aceitar o tratamento precoce.

Bolsas asiáticas fecham em queda

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quinta-feira, à medida que os problemas financeiros da Evergrande, gigante do setor imobiliário chinês, e temores regulatórios pesaram nos negócios de Hong Kong e da China continental.

O Hang Seng caiu 1,46%, aos 24.667,85 pontos, uma vez que um tombo de 6,41% na ação da Evergrande arrastou para baixo outras incorporadoras imobiliárias chinesas negociadas em Hong Kong.

Na véspera, houve relatos de que a Evergrande não conseguirá honrar o pagamento de juros na próxima semana. Já planos de autoridades de Macau de mudar a regulação da indústria de jogos derrubaram papéis de operadoras de cassinos listadas em Hong Kong pelo segundo dia consecutivo.

Na China, montadoras tiveram fortes perdas nesta quinta, reagindo ainda ao comentário de um regulador em Pequim, que no começo da semana defendeu a consolidação da indústria de carros elétricos.

O Xangai Composto recuou 1,34%, aos 3.607,09 pontos, e o Shenzhen Composto teve queda ainda mais expressiva, de 1,95%, aos 2.437,56 pontos.

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei se desvalorizou 0,62% em Tóquio, aos 30.323,34 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi caiu 0,74% em Seul, aos 3.130,09 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,43% em Taiwan, aos 17.278,70 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ignorou o tom negativo da região asiática, e o S&P/ASX 200 avançou 0,58% em Sydney, aos 7.460,20 pontos, com ganhos liderados pelo setor petrolífero. / com Tom Morooka e Agência Estado

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