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Mercado
Mercado Financeiro

Apostas sobre a nova taxa Selic e dados econômicos americanos ganham espaço no mercado nesta quinta-feira

Investidores estão atentos às discussões dos analistas sobre a Selic e o sinais do governo americano sobre a retirada de estímulos da economia

Data de publicação:16/09/2021 às 07:45 -
Atualizado 3 anos atrás
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As especulações em torno da nova taxa básica de juros, a Selic, que o Banco Central (BC) define na próxima quarta-feira, dia 22, devem ganhar mais espaço no mercado financeiro a partir desta quinta-feira, 16.

Foto: Arquivo
Apostas sobre a nova taxa Selic e novos números da economia americana estão no radar dos investidores nesta quinta-feira - Foto: Envato

Entre hoje e amanhã, instituições financeiras e casas de análise estarão fechando as apostas que, de acordo com especialistas, foram revisadas para uma alta de um ponto porcentual após a declaração do presidente do BC, Roberto Campos Neto, dada na terça-feira, 14, de que levará a Selic para onde for preciso para atingir a meta inflacionária.

A declaração foi entendida como reforço da sinalização já dada, na ata da última reunião do Copom, de que a taxa de juros terá nova elevação de um ponto porcentual. Se confirmada, a taxa básica de juros subiria para 6,25%.

Dados do exterior que refletem na B3

Além de acompanhar as apostas sobre a Selic, investidores e gestores de mercado estarão atentos à divulgação de dados de vendas no varejo e de pedidos iniciais de seguro-desemprego nos Estados Unidos.

Vendas no varejo superior às estimativas e redução nos pedidos de seguro-desemprego poderiam sinalizar uma economia mais aquecida, renovando as expectativas de uma redução gradual de recompra de títulos públicos.

A recompra de títulos pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano) faz parte da política de estímulos monetários que consiste na injeção de US$ 120 bilhões no sistema financeiro americano, de onde parte dos recursos se espraiam pelos mercados financeiros globais.

Motivo pelo qual uma redução no volume de recompra de títulos tende a reduzir a oferta de recursos no sistema financeiro global, um aperto na liquidez que pode deprimir a bolsa de valores e pressionar o dólar pelo mundo.

De resto, o mercado financeiro deve seguir a rotina de reagir a fatores pontuais, domésticos e externos, sem deixar de monitorar sobretudo os acontecimentos políticos e econômicos locais.

No cenário político, se a trégua e a relação de cordialidade entre os Poderes permanecem, com o recuo do presidente Bolsonaro, e se existe mesmo disposição no Congresso de dar andamento a várias propostas e medidas relacionadas ao equilíbrio das contas públicas.

Os investidores devem monitorar com atenção também as sessões da Covid-19 no Senado, que chega à reta final e pode colher depoimentos de maior impacto.

No cenário internacional, dados sobre a economia chinesa que afetem os preços de minério de ferro e aço podem continuar respingando negativamente na Bolsa de Valores, que tem entre os principais protagonistas do Índice Bovespa (Ibovespa) exportadoras como a Vale.

Juristas pedem impeachment de Bolsonaro

O cenário político segue na pauta de acompanhamento dos investidores. O grupo de juristas coordenado pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior apontou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado, que cabe uma ação de impeachment por crime de responsabilidade contra o presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia.

Os juristas identificaram crimes contra a saúde pública, contra a administração pública, contra a paz pública e contra a humanidade, além de ter cometido infração de medidas sanitárias preventivas, charlatanismo, incitação ao crime e prevaricação.

Na avaliação dos especialistas, 'não são poucas as situações que merecem o aprofundamento das investigações pelos órgãos de controle do Estado brasileiro, assim como são bastante evidentes as hipóteses reais de justa causa para diversas ações penais'.

Segundo os juristas, o comportamento de Bolsonaro ao longo da pandemia "constitui clara afronta aos direitos à vida e à saúde", o que configura infração ao artigo 7º, que trata dos crimes de responsabilidade na Lei do Impeachment.

Ex-mulher de Bolsonaro: convocação aprovada

Na véspera, em mais uma derrota para o governo de Jair Bolsonaro, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado aprovou um requerimento para convocar a advogada Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente, para prestar depoimento.

O motivo é a relação dela com o advogado Marconny Albernaz Faria, investigado sob suspeita de ter atuado como lobista da Precisa Medicamentos, empresa que fechou contrato bilionário com o Ministério da Saúde para vender vacinas.

A convocação da ex-mulher de Bolsonaro é mais um sinal da falta de articulação do governo no Senado. Minoria na CPI e com relação conturbada com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, o Palácio do Planalto tem sofrido sucessivas derrotas.

Na terça-feira, 14, uma medida provisória que dificultava a remoção de conteúdo das redes sociais foi devolvida, iniciativa considerada incomum.

Wall Street: futuros próximos da estabilidade

Nos Estados Unidos, os futuros negociados nas bolsas de Nova York operam estáveis, com os investidores em compasso de espera sobre a divulgação dos novos dados econômicos.

Os números divulgados na véspera agradaram o mercado. O resultado do índice de atividade industrial Empire State, que mede as condições da manufatura no Estado de Nova York, subiu de 18,3 em agosto para 34,3 em setembro, surpreendeu os analistas, que previam baixa do indicador a 17,5 no período.

Para a Oxford Economics, as perspectivas para a indústria no Estado são "bastante promissoras, com demanda otimizada de bens, aumento do investimento empresarial e recuperação da demanda estrangeira programada para manter o crescimento da atividade em um ritmo saudável até 2022".

Analistas observam, porém, que o indicador mede as condições da manufatura apenas no Estado de Nova York e abrange um número limitado de companhias.

O avanço foi muito maior do que o registrado pelo PMI industrial do ISM, observa a Pantheon Macroeconomics. "Isso sugere que ou o índice do Empire State está sendo sustentado por fatores regionais ou que está prestes a cair rapidamente", pondera a consultoria.

Em relatório, a Capital Economics acredita que os impactos do furacão Ida e da variante delta do coronavírus devem provocar uma desaceleração ainda maior na indústria americana em setembro. Em agosto, a produção industrial do país cresceu 0,4% ante julho.

Bolsas asiáticas fecham em queda

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quinta-feira, à medida que os problemas financeiros da Evergrande, gigante do setor imobiliário chinês, e temores regulatórios pesaram nos negócios de Hong Kong e da China continental.

O Hang Seng caiu 1,46%, aos 24.667,85 pontos, uma vez que um tombo de 6,41% na ação da Evergrande arrastou para baixo outras incorporadoras imobiliárias chinesas negociadas em Hong Kong.

Na véspera, houve relatos de que a Evergrande não conseguirá honrar o pagamento de juros na próxima semana. Já planos de autoridades de Macau de mudar a regulação da indústria de jogos derrubaram papéis de operadoras de cassinos listadas em Hong Kong pelo segundo dia consecutivo.

Na China, montadoras tiveram fortes perdas nesta quinta, reagindo ainda ao comentário de um regulador em Pequim, que no começo da semana defendeu a consolidação da indústria de carros elétricos.

O Xangai Composto recuou 1,34%, aos 3.607,09 pontos, e o Shenzhen Composto teve queda ainda mais expressiva, de 1,95%, aos 2.437,56 pontos.

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei se desvalorizou 0,62% em Tóquio, aos 30.323,34 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi caiu 0,74% em Seul, aos 3.130,09 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,43% em Taiwan, aos 17.278,70 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ignorou o tom negativo da região asiática, e o S&P/ASX 200 avançou 0,58% em Sydney, aos 7.460,20 pontos, com ganhos liderados pelo setor petrolífero. / com Júlia Zillig e Agência Estado

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Tom Morooka
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