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Economia

Investir em dólar? Saiba quais opções existem no mercado!

Data de publicação:19/06/2023 às 20:25 -
Atualizado um ano atrás
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O dólar é uma das moedas mais influentes, populares e negociadas em todo o mundo. É automático pensar no quanto é algo que vale muito mais. Afinal, aposto que já pensou no quanto o dólar vale mais do que outras moedas, e isso sem comparar de fato.

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Dólar | Foto: reprodução

Isso faz com que muitos investidores considerem investir nesse ativo como uma forma de diversificar seus portfólios, além de também proteger os seus investimentos contra flutuações econômicas e crises no mercado mundial ou local.

A base lógica do raciocínio é porque a moeda norte-americana não sofre oscilações e nem perde valor com tanta facilidade, se mantendo estável na maioria das vezes. Tal feito faz com que seja mantido o poder de compra, sem perder feito para a inflação, e a rentabilidade siga atrativa nos momentos de turbulência e incerteza.

Mas se já é complexo investir no Brasil, que sabemos a língua e o funcionamento do mercado, não é pior ainda investir no exterior? Considerando todas as variáveis? Calma lá, que para tudo tem uma solução e é sobre isso que vamos falar por aqui agora.

Investir em dólar morando no Brasil

Mesmo se você mora no Brasil, há a possibilidade de aplicar em dólar e garantir certos benefícios para o seu bolso. Mas por qual motivo? Devo mesmo fazer isso? Pensando em todas as perguntas que possa surgir em mente, separamos uma lista das vantagens de investir na moeda sem precisar morar no exterior. Confira a seguir:

  • Diversificação geográfica: a possibilidade de distribuir o risco da sua carteira de investimentos além do Brasil;
  • Moeda forte: a estratégia de expor uma parcela do seu dinheiro a uma moeda mais forte que a nossa, o real;
  • Mais Facilidade: pode fazer tudo diretamente da sua corretora brasileira, sem precisar abrir novas contas no exterior e ainda se preocupar com burocracias chatas;
  • Acesso a empresas globais: a possibilidade e capacidade de investir nas maiores marcas do mundo e com grande potencial de retorno, como Amazon e Netflix;
  • Proteção contra o risco-Brasil: é uma forma de se defender contra o cenário de incerteza que vivemos, seja ele gerado pela política ou pela economia;
  • Receber mais dividendos: a chance de ter mais retorno dos lucros que as empresas geram, uma vez que o investidor recebe os proventos pagos proporcionalmente às suas ações.

Essas seis razões podem parecer pequenas, mas não são. Só isso já demonstra que no mundo dos investimentos, existe sempre o objetivo de maximizar o retorno e diminuir os riscos, mesmo que seja de forma inconsciente.

Enquanto a maximização do resultado se dá através da escolha de bons ativos, que sejam sólidos, resilientes e com perspectivas positivas de geração de fluxos de caixa crescentes para os investidores.

A minimização do risco pode acontecer de outras formas diferentes. Por exemplo, a seleção de ativos que tenham menor risco acaba contribuindo para a redução da volatilidade da carteira.

Independente do seu perfil de investidor, escolha de investimento e quantia de capital disponível, de algo todo mundo concorda: o objetivo é ganhar mais dinheiro e não perder.

Investir em dólar: como posso fazer isso?

Chegou a hora de responder a pergunta milionária. Bom, a verdade é que existem várias maneiras de investir em dólar, e claro que cada uma apresenta suas características e riscos. Uma das formas mais comuns é por meio do mercado cambial, também conhecido como Forex.

O Forex permite a negociação de moedas estrangeiras, incluindo o próprio dólar, em pares com outras moedas. Assim, os investidores podem especular sobre a valorização ou desvalorização da moeda norte-americana em relação a outras moedas, aproveitando as flutuações do mercado para obter bons lucros.

Outra opção é investir em fundos cambiais. Esses fundos são compostos por carteiras diversificadas de moedas estrangeiras, geralmente com foco no dólar. Os investidores podem comprar cotas desses fundos e acompanhar o desempenho do dólar em relação a outras moedas, e isso sem a necessidade de realizar transações individuais no mercado cambial.

Além disso, os investidores também podem considerar investir em títulos do governo americano, como os Treasuries. Esses títulos são emitidos pelo governo dos Estados Unidos e oferecem uma maneira de investir em dólar por meio da compra de dívida do governo.

É muito parecido com o sistema do Tesouro Direto por aqui. Os Treasuries são considerados investimentos seguros, uma vez que o governo dos Estados Unidos é altamente confiável em relação ao pagamento de suas dívidas.

Conheça melhor cada uma das opções

Já que você viu até aqui que há várias possibilidades de investir em dólar e como isso aumenta as suas possibilidades de ganhos., vamos agora entender melhor cada uma das opções disponíveis no mercado financeiro. Até porque, como saber qual opção para investir em dólar é a melhor para mim? Veja a seguir.

Fundos Cambiais

Os Fundos Cambiais são uma alternativa em que os cotistas lucram com investimentos direcionados a aplicações que têm moedas estrangeiras como base. É uma forma de aumentar os ganhos com as variações de divisas como o dólar e o euro, ainda mais em operações com derivativos dessas moedas.

Tanto que ao menos 80% do patrimônio do fundo deve ser investido em moedas. Em alguns casos, os investidores também os utilizam para proteger o seu poder de compra e não perder com a inflação.

Esse tipo de investimento são considerados os jeitos mais "fáceis" de investir em dólar. A maior vantagem é poder contar com o gestor especializado do fundo para desenvolver as estratégias de investimentos. Portanto, se você quer mais autonomia, essa não é uma boa opção!

Fundos que investem no exterior

A segunda opção para investir em dólar são os fundos que aplicam seus recursos lá fora. Sendo assim, é possível alocar até 20% do seu patrimônio no exterior, em que a rentabilidade estará ligada ao dólar.

Aqui, se enquadram nessa categoria os Fundos Multimercados, os Fundos de Renda Fixa e entre outros. As condições estão atreladas ao tipo de estratégia que irá escolher seguir. Vale pontuar também que a queda do dólar pode impactar diretamente esses fundos.

BDRs

Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são recibos de empresas negociadas no mercado internacional. São companhias compradas e depositadas por um custodiante no exterior.

Por ser atrelado ao dólar, as variações do câmbio impactam no preço dos BDRs, que são cotados em real. Ou seja, isso significa que movimentos de alta no dólar podem ser positivos para quem tem essa opção de investimento.

É possível também ganhar tanto com a valorização das ações no exterior, quanto com a disparada da própria moeda americana. Por outro lado, assim como para o caso das ações brasileiras em dólar, há o problema de que o investidor estará exposto ao risco da empresa em específico .

ETFs americanos e internacionais

ETF é a sigla para Exchange Traded Funds e fazem parte dos Fundos de Investimento, os quais captam recursos para aplicar em carteiras que seguem um índice como referência, Ibovespa, o S&P 500, o Nasdaq, o Small (índice das Small Caps), por exemplo.

Nesse tipo de investimento, quando falamos do caso dos ETFs americanos e internacionais, o investidor realiza o aporte pela B3, bolsa de valores brasileira, mas o seu dinheiro não sai necessariamente do Brasil.

É um dos caminhos mais comuns de investir indiretamente na moeda norte-americana, isso porque as companhias que o compõem operam em mercados dolarizados.

Ações

Você sabia que algumas empresas listadas na Bolsa de Valores são "dolarizadas"? Não? Vamos te explicar! Isso quer dizer que as receitas e os custos são atrelados ao dólar por vender muitos produtos no exterior ou negociar commodities.

Por exemplo, é o caso das empresas do segmento de papel e celulose, a Suzano (SUZB3), e companhias do segmento industrial com participação internacional, como a Weg (WEGE3).

A parte ruim é que mesmo representando uma forma de exposição ao dólar, as ações apresentam uma estratégia com uma série de ineficiências.

Basicamente, ao comprar ações de uma empresa dolarizada, você acaba também ficando exposto ao risco daquela companhia em questão, não somente à variação cambial. E aqui entra - novamente - a importância de montar uma carteira diversificada.

Isso porque as alterações no câmbio podem impactar os resultados das empresas e, como desdobramento, afetar nos preços em que elas são negociadas.

Mercado Futuro

Essa última opção de investimento se caracteriza por ser um ambiente dentro da Bolsa de Valores onde são negociados contratos de compra ou venda de ativos para uma data localizada lá no futuro.

Ao invés de negociar as ações de empresas, você pode comprar ou vender contratos futuros no chamado Mercado Futuro. Sendo assim, existe um lote mínimo de contratos que se pode negociar, como arrobas de boi gordo, sacas de café e ainda pontos de índices.

O Mercado Futuro é uma forma de operar contrato aproveitando as variações cambiais para obter mais lucro e também serve como mecanismo de proteção. Além disso, há dois tipos de contratos futuros de dólar:

  • O dólar cheio: o valor de cada contrato futuro de dólar cheio é de US$50 mil e o lote mínimo é de 5 contratos.
  • O minidólar: o valor de cada contrato futuro de minidólar (WDO) é de US$10 mil e o lote padrão é de 1 contrato.

Não podemos esquecer que essas negociações são feitas na Bolsa de Valores, por isso são consideradas operações de trading. O mais comum é que esta modalidade de investimento seja mais utilizada por empresas e fundos que possuem uma gestão profissional que está totalmente dedicada ao mercado financeiro.

Fique atento aos riscos

É importante destacar que investir em dólar envolve riscos, assim como qualquer outro tipo de aplicação. As flutuações cambiais podem ser imprevisíveis e podem ser influenciadas por uma série de fatores, incluindo eventos econômicos, políticos e geopolíticos. Não deixa de ser fundamental que os investidores realizem uma análise cuidadosa do mercado e considerem sua tolerância ao risco antes de investir em dólar.

Outro ponto importante é que os investidores que constroem uma carteira com ativos correlacionados apresentam mais possibilidade de obter resultados positivos, ao mesmo tempo que não se expõem a riscos significativos.

Por isso, não caia na cilada de colocar todo o seu dinheiro em um único tipo de investimento. Através de um portfólio diversificado, os movimentos de alguns ativos compensam as oscilações de outros. Ou seja, é o seu grande aliado para ter hoje resultados e otimizar a relação risco x retorno.

Vale a pena investir em dólar?

De forma resumida, investir em dólar oferece uma variedade de opções no mercado, incluindo o mercado cambial, fundos cambiais e títulos do governo americano.

Mas como nem tudo são flores, é importante lembrar que investimentos em moeda estrangeira estão sujeitos a riscos e exigem uma análise cuidadosa do mercado. Ao considerar investir em dólar, é útil aprender com investidores de sucesso, como Warren Buffett.

Suas lições valiosas, como focar no valor intrínseco, evitar o timing do mercado, fazer pesquisa minuciosa, adotar uma abordagem de "comprar e manter" e ser paciente e disciplinado,podem ajudar os investidores a tomar decisões informadas e alcançar sucesso a longo prazo em seus investimentos em dólar./ TEXTO PRODUZIDO POR GABRIELA BULHÕES

Sobre o autor
Mais Retorno
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