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inflação e juros
Economia

Inflação e juros aqui e nos EUA são os focos de atenção em setembro da Santander Asset

Há ainda os riscos geopolíticos no exterior e riscos fiscais no cenário doméstico

Data de publicação:07/09/2022 às 00:07 -
Atualizado 2 anos atrás
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A inflação americana e, em sua esteira, os próximos passos da política monetária do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) para calibrar os juros, além dos casos de covid-19 na China, com possíveis ondas de lockdowns, são os principais pontos do radar no cenário internacional.  A análise faz parte da carta aos clientes de setembro da equipe da Santander Asset Management, que aponta ainda os riscos geopolíticos.

No quadro doméstico, os pontos de acompanhamento, apontam os analistas, também são a inflação e os próximos passos do Banco Central na condução dos juros. E também os desdobramentos da política fiscal, com os possíveis benefícios adicionais neste mês que antecede as eleições.

inflação e juros
Foto: Getty Images

A inflação nos EUA persiste como desafio relevante, pois segue pressionada, diz a carta, com destaque para o grupo de serviços, num contexto de mercado de trabalho muito aquecido. Uma dinâmica compatível com a continuidade do ciclo de alta dos juros.

A equipe considera possível uma elevação das taxas de juro dos Fed funds para algo próximo de 4,00% ao ano, como indicou o Fed, acima do precificado atualmente pelos mercados.

A expectativa dos analistas, contudo, é que a inflação americana passe a recuar, sob efeito do aperto dos juros e possível redução dos preços das commodities. Um movimento que ocorreria de forma gradual, com a inflação aproximando-se da meta de 2,00% apenas no fim de 2024.

O principal desafio na Zona do Euro, considera a carta, é o relacionado à matriz energética, no contexto da crise geopolítica. A escalada do preço do gás natural, afetando a renda das famílias e o custo das empresas, torna mais provável o cenário de uma recessão, entendem os analistas.

Cenário doméstico; o que esperar para inflação e juros

A equipe de análise identifica, no cenário doméstico, sinais mais favoráveis na trajetória da inflação, ainda que à custa de medidas tributárias para o alívio dos preços de combustíveis.

Ponto positivo nesse movimento de preços, aponta a carta, é a desaceleração da inflação de bens, contrapondo-se à inflação de serviços, que influencia fortemente a política monetária e segue pressionada. 

Os analistas dizem esperar uma desaceleração de atividade no terceiro trimestre, após um crescimento forte na primeira metade do ano, impactada pela política monetária restritiva e um ambiente externo mais desafiador. Uma perspectiva que contribuiria para um processo de desinflação gradual, contando ainda com a premissa de dólar e preços de commodities bem comportados. A equipe da asset estima um IPCA de 6,2% em 2022 e de 5,5% para 2023.

Para esse desenho de cenário, a expectativa de analistas é que o ciclo de alta dos juros teria sido encerrado em agosto após a elevação de 0,50 ponto, com a Selic em 13,75%, “ainda que permaneça o risco gradual de uma alta de 0,25 na reunião de setembro”.

A sinalização de que o ciclo de alta dos juros chegou ao fim e a melhora dos dados de inflação devem favorecer posições aplicadas em renda fixa, pontua a equipe. As projeções para a Selic seguem 13,75% para o fim de 2022 e 11,75% para o fim de 2023.

A perspectiva é considerada favorável para o segmento de crédito privado. Para os analistas, os fundamentos das empresas emissoras de títulos corporativos e bancários se mostram sólidos e o nível da Selic continua atraindo recursos para essa classe de ativos.

Olhando à frente, a equipe da Santander Asset destaca que segue com visão negativa para a renda variável internacional, diante do processo de alta da inflação e dos juros em curso. E diz que segue com algum sentimento de cautela em relação ao mercado acionário doméstico, pelo peso que o cenário global mais negativo pode exercer nas ações locais.

A equipe se diz neutra em sua visão sobre o câmbio. A diferença de juros entre o Brasil e as economias desenvolvidas deve favorecer o real, mas o movimento de aversão ao risco global e o aperto monetário nas maiores economias poderiam impactar a moeda brasileira.

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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