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Finanças Pessoais

Inflação: conheça 6 investimentos para proteger seu patrimônio

Aplicações atreladas ao IPCA tendem a repor as perdas para a inflação

Data de publicação:17/06/2021 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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A alta mais vigorosa da inflação volta a preocupar quem pretende preservar o patrimônio. O próprio Banco Central reconheceu por meio do comunicado, após reunião do Copom nesta quarta-feira, que a escalada inflacionária não é algo pontual e transitório, mas que tende a se arrastar por alguns meses.

A expectativa do mercado é que o  Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que reflete a inflação oficial, seja de 5,82% em 2021. Nível que supera o teto da meta inflacionária perseguida pelas autoridades monetárias este ano e a Selic, que está agora em 4,25% ao ano.

inflação
Proteger o patrimônio é importante em cenários com inflação alta

Trata-se de um cenário que leva o investidor a buscar opções que possam proteger o dinheiro em relação às perdas para a inflação. Confira aqui as principais delas.

Investimentos que acompanham a inflação

Para evitar a desvalorização do patrimônio, o mais indicado pelos especialistas é ter uma carteira diversificada com algumas opções de investimentos com rentabilidade atrelada ao IPCA. Guilherme Champi, assessor de investimentos da Genial Investimentos, explica que, tão importante quanto a diversificação, o investidor deve buscar entender quais os riscos que cada ativo oferece.

Títulos públicos

Para investidores com perfil conservador, os títulos públicos oferecem segurança por serem emitidos pelo Governo Federal. Entre as diversas opções do Tesouro Direto, alguns dos títulos são indexados ao IPCA, ou seja, eles acompanham a inflação.

Dessa forma, o dinheiro investido vai render exatamente a variação da inflação durante o prazo definido para o investimento. E além da correção pelo IPCA, a aplicação oferece também uma taxa de juro.

O Tesouro IPCA+ são oferecidos com vencimentos para datas mais próximas, como é o caso do Tesouro IPCA+ 2024, por exemplo, e também com prazos mais dilatados, como o Tesouro IPCA+ 2045.

Champi chama atenção também para a marcação a mercado, a atualização do preço do ativo, geralmente diária. Quando faz uma aplicação num título de renda fixa e fica com ele até o seu vencimento final, o investidor receberá a rentabilidade acordada no dia da contratação.

No entanto, se optar por resgatar o seu dinheiro ou vender o título antes do vencimento, haverá a tal de marcação a mercado e eventual variação do preço do ativo nesse dia poderá impactar a remuneração.

CDB

Os Certificados de Depósito Bancário (CDB) são títulos de renda fixa que os bancos emitem para financiar suas operações de crédito. É como se o investidor estivesse emprestando dinheiro ao banco em troca de uma remuneração acordada no momento da aplicação, em forma de juros.

Esses títulos privados apresentam algumas opções de rentabilidade e uma delas é atrelada ao IPCA, assim como no Tesouro IPCA.

Os CDBs são investimentos que oferecem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), uma autarquia ligada ao Banco Central. O Fundo é acionado em casos de quebra da instituição financeira para ressarcir o investidor em até R$ 250 mil por CPF e por banco, ou financeira.

LCI e LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) funcionam de forma parecida na operacionalização, riscos e remuneração. O que difere esses ativos, entretanto, é a natureza do lastro. Enquanto uma LCI é um investimento feito no setor imobiliário, uma LCA é lastreada no agronegócio.

Os títulos são emitidos por instituições financeiras, geralmente bancos, e, dentre as possíveis formas de remunerar o investidor, também estão as opções indexadas à inflação, oferecendo o IPCA, ou o IGP-M mais uma taxa de juro.

As LCIs e LCAs também contam com a proteção do FGC. Além disso, esses investimentos são livres da cobrança de imposto de renda para pessoa física.

Debêntures

As debêntures são títulos privados que funcionam como empréstimos em troca de uma rentabilidade. No entanto, são empresas que precisam se financiar quem emitem esses títulos, não instituições financeiras.

Exatamente por esse motivo, as debêntures não contam com a proteção do FGC. Nesse caso, para o investidor garantir sua segurança, respeitando o seu perfil, o assessor da Genial diz que é necessário consultar o rating da companhia que está emitindo o título.

Essa é uma avaliação feita por agências de classificação de risco que mede a qualidade de crédito da empresa. Em outras palavras, mede a possibilidade daquela empresa cumprir ou não com suas responsabilidades financeiras e remunerar o investidor.

Muitas das debêntures têm rentabilidade atrelada ao IPCA, garantindo ao investidor uma remuneração que protege seu patrimônio contra a inflação.

No caso das debêntures incentivadas, o investimento é livre da cobrança de imposto de renda.

CRI e CRA

Os Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) é atrelado ao financiamento de imóveis em geral, enquanto os Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) ao mercado rural.

Esses investimentos se assemelham às LCIs e LCAs. O que difere, no entanto, é a instituição que emite os títulos. São securitizadoras as responsáveis por emitir os CRIs e CRAs. Dessa forma, eles também não contam com a proteção do FGC. Mas, é possível montar estruturar o papel de modo a blindá-lo com garantia própria.

Por não contar com tanta segurança quanto os títulos emitidos por bancos, os CRIs e CRAs costumam oferecer uma rentabilidade maior para o investidor. E uma das formas de remuneração é também indexada ao IPCA.

ETFs

Os Exchange Traded Funds (ETFs), na tradução, livre Fundos Negociados em Bolsa, são grupos de ativos negociados na bolsa de valores brasileira, a B3.

Cada ETF busca acompanhar um índice específico e, alguns deles, são compostos por títulos públicos e privados de renda fixa atrelados à inflação.

Há hoje cinco ETFs disponíveis na bolsa que replicam o IPCA.

O que esperar da inflação nos próximos meses?

De acordo com Guilherme Champi, a expectativa da Genial é que a inflação continue em alta no curto e no médio prazo. Essa elevação ocorre sobretudo por conta das commodities. O setor vem avançando num momento em que a demanda global ainda é grande.

No entanto, ainda segundo o especialista, essa é uma inflação transitória. No longo prazo, a tendência é que os níveis inflacionários dentro do país estejam mais controlados. Os principais motivos são o preço do dólar, que vem caindo, além da própria normalização no preço das commodities.

Enquanto a inflação continuar em alta, para se precaver e proteger o patrimônio contra a desvalorização do dinheiro, o consenso entre os especialistas é manter uma carteira de investimentos diversificada, sempre respeitando o perfil de investidor.

Sobre o autor
Bruna Miato
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