IGP-M cai 0,64% em setembro e acumula alta de 24,86% em 12 meses, aponta Ibre/FGV
Segundo a instituição, o minério de ferro continua influenciando o resultado do indicador
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), considerado a inflação do aluguel, caiu 0,64% em setembro, após alta de 0,66% no mês anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados nesta quarta-feira, 29.
Com este resultado o índice acumula alta de 16,00% no ano e de 24,86% em 12 meses. Em setembro de 2020, o indicador registrou alta de 4,34% e acumulava elevação de 17,94% em 12 meses.
Segundo o coordenador dos Índices de Preços da instituição, André Braz, o minério de ferro continua influenciando o resultado do indicador.
“Sem o minério de ferro, o IGP-M teria registrado alta de 2,37% em agosto e de 1,21% em setembro”, destaca.
Produtor Amplo
Segundo o Ibre, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) recuou 1,21% em setembro, após elevação de 0,66% em agosto.
Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 1,62% em setembro. No mês anterior, o índice subira 2,22%.
A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 8,28% para 4,38%, no mesmo período.
O índice relativo a Bens Finais, que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 1,31% em setembro, ante 1,49% no mês anterior.
A taxa do grupo Bens Intermediários caiu de 2,11% em agosto para 1,66% em setembro. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes, cujo percentual passou de 3,01% para 0,02%.
O estágio das Matérias-Primas Brutas apresentou queda mais intensa, passando a taxa de -1,64% em agosto para -5,74% em setembro. Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens: milho em grão (10,97% para -3,18%), soja em grão (7,78% para 0,21%) e minério de ferro (-15,32% para -21,74%).
Consumidor
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 1,19% em setembro, ante 0,75% em agosto, de acordo com o levantamento da FGV. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação.
A principal contribuição partiu do grupo Habitação (1,05% para 2,00%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 3,26% em agosto para 5,75% em setembro.
Construção Civil
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,56% em setembro, repetindo a taxa do mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram passagem de agosto para setembro, como Materiais e Equipamentos (1,17% para 0,89%), Serviços (0,78% para 0,56%) e Mão de Obra (0,00% para 0,27%).