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Vendas do varejo sobem 1,1% em fevereiro ante janeiro, afirma IBGE
Empresa

Ibevar projeta aumento de vendas este ano no varejo; empresas se reposicionam no mercado

A vida não tem sido fácil para o varejo, depois de um 2020 difícil por conta dos efeitos da pandemia, o setor se viu em meio…

Data de publicação:11/05/2021 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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A vida não tem sido fácil para o varejo, depois de um 2020 difícil por conta dos efeitos da pandemia, o setor se viu em meio a restrições e lockdown que levaram os estabelecimento a baixar suas portas novamente entre março e abril deste ano. Muitos papeis do segmento foram colocados de escanteio na formação de carteiras, mas as empresas se mexeram para enfrentar a crise.

Há perspectivas de recuperação, os números de abril e maio devem ser positivos, e as vendas devem crescer este ano. No entanto, a demora e os problemas com a vacinação jogaram a perspectiva de melhora e normalização dos negócios para o médio prazo.

varejo
Supermercado na zona sul do Rio de Janeiro.

Dados da projeção de vendas do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) apontam avanço de 33,19% para abril e 16,49% para maio, quando comparados ao mesmo período do ano anterior. Uma valorização significativa, mas é preciso considerar que foi usada base mais baixa para cálculo, o que potencializa qualquer avanço.

Segundo o presidente do Ibevar, Claudio Felisoni de Angelo, há um prognóstico para o setor melhor do que no ano passado. “O ano de 2020 está marcado por ser um período pandêmico e de bastante recessão no mercado em geral. Para 2021, os índices são melhores, principalmente no varejo, que projeta aumento significativo de vendas”.

Vale destacar, no entanto, que, de acordo com os dados do Ibevar, alguns segmentos no mercado varejista devem sustentar o crescimento: artigos farmacêuticos; tecidos, vestuário e calçados, livros, jornais, revistas e papelaria; e móveis e eletrodomésticos. O único setor que deve não deve ter bons resultados e sim leve queda no período é o de hipermercados.

Para Jennie Li, estrategista de ações da XP, o mercado brasileiro está vivenciando a expectativa otimista de reabertura baseado no exemplo lá de fora. “A situação do setor é diferente do mesmo período de 2020. Hoje já existem vacinas para combater o coronavírus. Apesar do ritmo lento, vai chegar um momento em que grande parte da população será imunizada e, com isso, a economia vai reabrir”.

Quem compra quem no varejo

Após acumular perdas de 6,3% em dezembro de 2020 e janeiro deste ano, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor varejista conseguiu um pequeno fôlego de 0,6% de retomada nas vendas em fevereiro. Resultado inteiramente anulado pela queda de mesmo tamanho (0,6%), em março.

O momento é desafiador, sem dúvida, o que tem provocado um forte movimento de fusões e aquisições na tentativa de sobrevivência e posicionamento das empresas para quando houver a recuperação.

O caso mais emblemático é o da Magazine Luiza, que desde janeiro do ano passado comprou 17 empresas de segmentos bastante variados para reforçar ainda mais seu marketplace.

No setor supermercadista houve a reestruturação do Grupo Pão de Açúcar e Assaí. Também no final de 2020, o Carrefour comprou lojas do Makro para atuar no atacarejo. Um setor que vem se destacando com o aumento da clientela mais interessada em economizar diante da crise. O Carrefour também foi a campo para arrematar a rede Big de supermercados, para expandir sua atuação nas regiões Norte e Nordeste.

Outra movimentação relevante no setor aconteceu com o Grupo Mateus, que abriu capital em outubro de 2020 e realizou o maior IPO do ano na B3, com captação de R$ 4,63 bilhões.

No varejo de moda, também em 2020, a Arezzo comprou a marca de roupas Reserva para diversificar sua atuação no mercado de vestuário.

Outras investidas vieram pela Lojas Americanas com a compra da Uni.co – detentora das marcas Imaginarium, Puket e Mind; pela tentativa da Arezzo de colocar a Hering em seu portfólio, porém sem sucesso; e pela fusão do Grupo Soma com a Hering.

A Lojas Renner realizou uma captação no mercado de cerca de US$ 5 bilhões, que, segundo analistas, tem como foco a compra de alguma empresa do setor, a Dafiti era a mais cotada.

De acordo com Bruno Komura, estrategista de renda variável da Ouro Preto Investimentos, esses movimentos já eram previstos, pois o mercado varejista está em uma fase de boas oportunidades para fazer fusões e aquisições. “São nas crises que aparecem as melhores oportunidades”, destaca.

Segundo Komura, essas fusões e aquisições possibilitam a troca de experiências e aproveitar as vantagens oferecidas por ambas. “Com essas movimentações, as empresas podem se tornar mais eficientes, enxutas e aumentar seu poder de barganha”.

Sobre o autor
Julia Zillig
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