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Mercado de Beleza
Economia

Ações do Grupo Natura têm desempenho negativo em 2021, mas segmento de saúde, beleza e bem-estar cresce

O comportamento das ações é negativo no mês, em 12 meses, e no ano a queda supera os 50%

Data de publicação:23/12/2021 às 07:00 -
Atualizado um ano atrás
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O ano de 2021 não foi muito positivo para as ações do Grupo Natura. A companhia é a principal dentro do segmento de saúde, beleza e bem-estar no Brasil e é a única do setor listada na Bolsa de Valores brasileira, a B3. Com base nos números do fechamento desta quarta-feira, 22, os papéis da empresa já derreteram 50,91% no ano, até aqui.

A desvalorização pode ser observada, também, em outras empresas que trabalham com o varejo - reflexo do atual cenário macroeconômico brasileiro, com inflação e juros subindo, enquanto o crescimento econômico desacelera, e cai o poder aquisitivo da população. No entanto, ainda que todos esses fatores sejam negativos para as ações, uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Franchising (ABF) mostra que o segmento de atuação da Natura começa a mostrar uma recuperação após a pandemia.

logo do grupo natura
Logo do Grupo Natura | Foto: Reprodução

A Pesquisa Trimestral da ABF, realizada em parceria com a empresa de pesquisas AGP, revelou que, no terceiro trimestre de 2021, o setor de franquias manteve "sua trajetória de recuperação registrada nos trimestres anteriores, agora de forma mais estável e até superando levemente o desempenho do mesmo período de 2019".

O estudo mostra que o faturamento registrado pelo setor de franquias foi de:

  • R$ 47,203 bilhões no terceiro trimestre de 2019;
  • R$ 43,954 bilhões no terceiro trimestre de 2020;
  • R$ 47,385 bilhões no terceiro trimestre de 2021.

Segmento de saúde, beleza e bem-estar na pesquisa

Entre os segmentos pesquisados dentro do setor de franquias, o que mais se destacou foi o de saúde, beleza e bem-estar. De acordo com o levantamento, o segmento faturou mais de R$ 9,7 bilhões entre julho e setembro de 2021, uma alta de 9,1% em relação ao terceiro trimestre de 2020 e valorização ainda mais expressiva, de 19,8%, em comparação ao mesmo período de 2019, pré-pandemia.

"O desejo de estar bem consigo cresceu. Além da demanda reprimida, houve uma aceleração digital, que levou muitas marcas ao e-commerce. No período de pandemia, enquanto as empresas não podiam funcionar, a estratégia foi vender serviços com descontos. Essa ação, não só ajudou a manter as contas em dia como também, com a reabertura, garantiu fluxo de pessoas nas lojas e mais oportunidades de vendas".

Danyelle Van Straten, diretora da Comissão de Saúde e Beleza da ABF

A Associação destaca, ainda, que o período de pandemia, que prolongou a permanência das pessoas em casa, ajudou o setor porque, com mais tempo, a atenção destinada aos cuidados pessoais cresceu. Além disso, vale lembrar que serviços ligados a esse segmento, como clínicas de estética, por exemplo, foram considerados essenciais em alguns momentos da pandemia, o que favoreceu a movimentação do setor.

Empresas que se destacaram no levantamento

"A permanência prolongada em casa serviu como motivador para muitas pessoas que já desejavam realizar procedimentos cirúrgicos, mas se preocupavam com um eventual longo tempo de recuperação, a buscarem médicos cirurgiões, uma vez que agora era possível passar por esse período e continuar trabalhando, do conforto de sua casa, sem comprometer a rotina".

ABF, em nota

Neste contexto de crescimento dos procedimentos cirúrgicos estéticos, a ABF pontua que duas redes de franquias presentes no levantamento ganharam destaque: a Royal Face, rede especializada em procedimentos de harmonização facial e corporal, e Oral Sin, companhia que realiza implantes dentários.

  • No terceiro trimestre, a Royal Face apresentou uma alta de 69% em seu faturamento em relação aos três meses imediatamente anteriores, chegando aos R$ 42 milhões, com a inauguração de mais 28 franquias;
  • Entre julho e setembro deste ano, o faturamento da Oral Sin foi de R$ 216 milhões, um crescimento de 16% na receita na comparação trimestral, com a inauguração de mais 48 franquias.

Expectativas para o Grupo Natura

Única representante do segmento de saúde, beleza e bem-estar na B3, o Grupo Natura não vive o melhor dos momentos com suas ações e seus números. A companhia teve lucro líquido de R$ 272,9 milhões no terceiro trimestre, uma queda de 28,5% em relação ao mesmo período de 2020. Com os resultados, diversas instituições, como Ágora, XP Investimentos e Itaú BBA cortaram o preço-alvo para os papéis da Natura.

As casas, porém, mantiveram a recomendação de compra para as suas ações. Em relatório, a XP afirma que a deterioração dos resultados no último trimestre está relacionada ao cenário macro e, também, a uma mudança no comportamento dos consumidores, já observada na pesquisa da ABF: há uma migração dos produtos de beleza para os serviços de cuidados pessoais.

O Itaú BBA, também em relatório, pontua que, a partir do segundo trimestre de 2022, o Grupo Natura deve voltar a apresentar bons resultados, com a melhora da economia e do cenário pandêmico. O banco tem como preço-alvo para as ações da Natura o valor de R$ 40, enquanto a XP fixou o preço-alvo em R$ 45 e a Ágora, em R$ 50.

Desempenho das ações do Grupo Natura

VariaçãoPeríodo
-3,44%No mês
-50,91%Em 2021
-48,51%Em 52 semanas
Fonte: Infomoney
Sobre o autor
Bruna Miato
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