Gol prevê receita de R$ 1 bi no 2º trimestre de 2021
A Gol divulgou na véspera uma revisão das projeções para o segundo trimestre de 2021 e previsões para o segundo semestre do ano. A expectativa é…
A Gol divulgou na véspera uma revisão das projeções para o segundo trimestre de 2021 e previsões para o segundo semestre do ano. A expectativa é de alcançar uma receita operacional líquida de cerca de R$ 1 bilhão entre abril e junho e subir a R$ 6 bilhões no segundo semestre do ano.
No dia em que a aérea comunicou suas estimativas, seus papéis na B3 viveram um dia de forte valorização, fechando o pregão com alta expressiva de 7,15%.
Receitas como carga e fidelidade, entre outras devem responder por cerca de 15% da receita no segundo trimestre e 7% na segunda metade do ano.
A aérea também divulgou uma previsão de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para o trimestre de cerca de R$ 100 milhões, devendo chegar a R$ 2 bilhões entre julho e dezembro.
Já o Capex deve ser de R$ 100 milhões no segundo trimestre, subindo para R$ 300 milhões no segundo semestre de 2021.
A empresa projeta também uma liquidez total de R$ 4,2 bilhões no segundo trimestre deste ano, subindo para R$ 4,5 bilhões na segunda metade do ano. Já a dívida líquida deve ficar em R$ 14,8 bilhões até o final de 2021, com uma alavancagem de 3 vezes ao final de dezembro.
Viagens em alta
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destaca que durante o mês de maio, observou uma melhora significativa nas suas vendas de viagens aéreas no mercado doméstico.
"Embora a trajetória na recuperação da demanda pós-pandemia seja de difícil previsão e ainda persista um elevado grau de incerteza, os avanços na aplicação de vacinas pelo Programa Nacional de Imunização no Brasil estão impactando positivamente no tráfego de transporte aéreo", observa.
Segundo a área, o aumento nas vendas se soma a outras iniciativas importantes da administração, que também estão proporcionando melhorias significativas nessa fase de recuperação.
Para o segundo trimestre, a companhia aérea espera uma taxa de ocupação de 81% (ante os 79% projetados anteriormente), e que os custos unitários recorrentes sejam 40% inferiores quando comparados ao mesmo intervalo de 2020 (versus os 27% inferiores da estimativa anterior).
Smiles
A empresa cita também a reintegração do programa de fidelidade Smiles que viabiliza sinergias no grupo, melhora a capacidade creditícia da companhia e aumenta os seus fluxos de caixa e lucro.
A aquisição da participação minoritária na Smiles está prevista para ser concluída em 23 de junho.
"Até o final do segundo trimestre, a Gol terá realizado quase R$ 3 bilhões de novas emissões de capital, que incluem um aumento de capital de até R$ 512 milhões iniciado e liderado pelo acionista controlador, o R$ 1,5 bilhão 're-tap' do Programa Garantido da Companhia, e as ações a serem emitidas pela Gol para a aquisição da participação minoritária da Smiles", explica.
Empréstimo
A empresa destaca também que quitou integralmente o empréstimo de curto prazo de US$ 250 milhões, que recebeu em agosto de 2020, o qual, junto com o término da aquisição de participação minoritária na Smiles, liberam valiosos ativos não onerados.
"Com esses eventos, a Gol encerrará o segundo trimestre de 2021 com suas principais obrigações financeiras endereçadas”, aponta a empresa.
“A companhia também estará muito bem-posicionada para capturar o crescimento do mercado doméstico brasileiro de transporte aéreo esperado para o segundo semestre deste ano, iniciando em junho/21 como o mês de transição para a alta temporada", afirma.
A companhia diz que combinadas, essas medidas propiciaram uma maior visibilidade de seus resultados para o segundo semestre de 2021 e, portanto, a Gol está retomando as suas melhores práticas regulares de projeções financeiras.
No entanto, a Gol observa que essas perspectivas financeiras poderão ser ajustadas visando incorporar a trajetória de recuperação da pandemia e seus efeitos na demanda por transporte aéreo, a evolução do desempenho operacional-financeiro da empresa, e o cenário econômico brasileiro, incluindo mudanças em tais variáveis como crescimento do PIB, taxas de juros, taxas de câmbio, e tendências de preço do petróleo.
Vacinação
Para a Gol, a conclusão bem-sucedida da vacinação contra covid-19, esperada para esse ano, combinada com os atuais balanços patrimonial fortalecido e base de custos mais enxuta, propiciam maior confiança quanto ao desempenho da empresa no segundo semestre de 2021.
"Também nos beneficiaremos com a redução do custo da frota nos próximos dez anos, à medida que recebermos mais aeronaves 737 MAX que irão compor parte significativa da frota da companhia”, afirma o presidente da Gol, Paulo Kakinoff.
Para o executivo, essas forças permitirão que a Gol capitalize as muitas oportunidades de crescimento e de expansão que agora estão disponíveis no mercado, permitindo se beneficiar de uma forte recuperação na demanda por viagens, a medida em que nos se aproxima a temporada de verão no hemisfério Sul. / com Agência Estado