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Fundos de Investimentos

Fundos de debêntures incentivadas: por que a XP considera bom momento para a classe?

Confira as recomendações para renda fixa atrelada à inflação dentro do atual cenário

Data de publicação:10/05/2023 às 10:30 -
Atualizado um ano atrás
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“Bons ventos para os fundos de debêntures incentivadas”, é o que diz a XP em relatório recente. Considerando a desaceleração da economia brasileira e a parcela prefixada de títulos IPCA+, a corretora enxerga como presente um momento favorável para investimentos em fundos de debêntures incentivadas. 

Elaborado pelo Research da XP, o relatório é assinado por Camilla Dolle, head de Renda Fixa, Rodrigo Sgavioli, head de alocação, Clara Sodré, analista de alocação e fundos, e Rodolfo Margato, economista da XP. Entre os pontos abordados, estão também as perspectivas para os títulos e fundos, com riscos e vantagens para investimento na classe e os impactos, para o mercado de crédito privado, de possível “volta" do BNDES.

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De acordo com a XP, há correlação negativa entre desembolsos do BNDES e emissão de dívida de debêntures incentivadas

 

“Nesse momento, de olho na desaceleração da economia brasileira, enxergamos oportunidades no componente prefixado desses títulos (IPCA+). Visto que, quando as taxas negociadas desses títulos estão chegando ao fim desse movimento de elevação, pode representar uma boa oportunidade para novos aportes, por exemplo, em fundos de debêntures incentivadas”, dizem os analistas do Research da XP. 

De acordo com a corretora, alguns pontos demonstram que há motivos para optar por fundos de debêntures incentivadas para aumentar a exposição em renda fixa inflação. Entre eles, o aumento das chances de flexibilização monetária; a reversão de fluxo de vendedor para comprador nas debêntures incentivadas e; a visão otimista para os spreads de crédito

"Os spreads de crédito dos títulos incentivados vêm sendo impactados pelo aumento de percepção de risco já há alguns meses e vieram se elevando desde meados de 2022, além disso, com o movimento de saída de recursos da classe, houve um desbalanceamento entre oferta e demanda desses ativos", explica o relatório. 

Relação com IPCA

As debêntures incentivadas, títulos de renda fixa, são emitidas para financiamento de projetos de infraestrutura, como aeroportos, linhas de transmissão, portos, entre outros. 

Assim, tendem a possuir prazos mais longos e costumam ser emitidas com taxa IPCA+. Dessa forma, há garantia de remuneração acima da inflação se o papel for mantido até o vencimento. 

Entre os principais riscos expostos pela XP, estão o crédito da empresa, que diz respeito ao risco que o investidor corre de não receber o valor investido acrescido dos juros em razão da saúde financeira da empresa e; a liquidez do título, relacionada à dificuldade que o investidor pode enfrentar para venda do título no mercado secundário. 

Fundos de debêntures incentivadas

Com o crescimento do volume emitido das debêntures incentivadas, que saltou de uma média anual de R$ 1,9 bilhão entre 2012 e 2015 para R$ 22 bilhões entre 2018 e 2022, a indústria de fundos do ativo apresentou forte captação em 2022. 

Com isenção fiscal de imposto de renda, os fundos dividem-se entre sem hedge (proteção) ou com hedge. Neste caso, a proteção se dá na transformação da remuneração de pré-fixada (IPCA+taxa) para pós-fixada (em CDI, por exemplo), conforme traz o relatório. 

Retorno dos fundos mostra-se superior ao IPCA nos últimos 12 meses; Fonte: Research XP

Entre as vantagens da realização do investimento na classe via fundos, os analistas destacam a pulverização da carteira, a gestão ativa e profissionalizada e a liquidez com prazo conhecido. 

Já os pontos negativos considerados no relatório são o risco de calote ou risco de crédito (uma vez que os ativos não são protegidos pelo FGC); maior volatilidade e; liquidez restrita dos ativos e seu impacto em fundos. 

Neste último ponto, os analistas recomendam atenção do investidor ao nível de caixa do fundo para fazer frente a eventuais resgastes, uma vez que a duração dos títulos é longa e é necessário que haja maior certeza do recebimento no prazo determinado para o cotista. 

Recomendações para renda fixa atrelada à inflação

Antes de mais nada, os analistas reforçam que mantem uma visão positiva para investimentos em renda fixa voltada para inflação. Assim, há recomendação para alocação em títulos IPCA+, já presente nas carteiras recomendadas da corretora, mas também aumento da exposição com fundos de debêntures incentivadas. 

Entre as ressalvas da corretora, há o aviso de que não deve-se realizar 100% da alocação em renda fixa inflação apenas em fundos de debêntures incentivadas. Outro ponto de atenção é que, se a carteira for composta por mais que 10% da classe, a XP sugere a alocação em mais de um fundo. 

 “Apesar dos últimos 12 meses não muito animadores para esses fundos, (…) acreditamos que esses vetores podem estar se invertendo com (i) o aumento das chances de flexibilização monetária, (…); e com (ii) a recente interrupção das altas e estabilização dos spreads de crédito para as debêntures incentivadas, que podem começar a indicar o início de um movimento contrário", traz o relatório. 

Outras questões destacadas são relacionadas à duration dos fundos, pela característica dos ativos em carteira, e à capacidade de novas emissões de papéis por parte dos gestores. Apesar de considerar o mercado com “algum nível de maturidade” e o setor de infraestrutura oferecer oportunidades no Brasil, a XP pontua que não há visibilidade de como será a atuação do “novo BNDES” em termos de fomento ao setor. 

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Sobre o autor
Camille Bocanegra
Repórter da Mais Retorno

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