Focus: projeções para a inflação em 2021 sobem para 8,45%
Já as estimativas para a Selic, taxa básica de juros do País, ficaram estáveis em 8,50%
As projeções da inflação para este ano feitas pelos economistas do mercado seguem subindo. Segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 27, pelo Banco Central, as estimativas do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiram de 8,35%, na última semana, para 8,45%. Há quatro semanas, eram de 7,27%.
Para 2022, os especialistas acreditam que o indicador deve avançar longe da meta de 3,25% do BC, que conta com uma margem de 1,5 ponto porcentual para frente ou para trás. De 4,10%, nos últimos sete dias, foi ajustado para 4,12%, contra 3,95% em 30 dias. No ano seguinte, permaneceu em 3,25%.
As expectativas sobre a Selic, taxa básica de juros do País, para 2021 se mantiveram estáveis em 8,25%, ante 7,50% há quatro semanas. O mesmo aconteceu para as projeções do índice em 2022, preservada no patamar de 8,50%, e para 2023, em 6,75%.
Os economistas frearam o viés altista das projeções do Produto Interno Bruto (PIB), grande parte por conta do avanço da inflação. Segundo o Focus, as estimativas ficaram em 5,04% para este ano, ante 5,22% há um mês.
Para o ano seguinte, os especialistas reduziram as projeções de crescimento do País, de 1,63%, na última semana, para 1,57%, contra 2,00% há quatro semanas. Em 2023, o PIB também deve ser levemente menor: de 2,30%, as estimativas caíram para 2,20%. Há um mês eram de 2,50%.
Câmbio e IGP-M
As expectativas sobre o câmbio para 2021 ficaram no mesmo patamar do boletim anterior, em R$ 5,20. Há quatro semanas eram de R$ 5,15. Para 2022, sofreram um leve ajuste de R$ 5,23 para R$ 5,24, ante R$ 5,20 nas últimas quatro semanas. E para 2023, ficaram estáveis em R$ 5,10.
Já o Índice Geral de Preços Médio (IGP-M), considerado a inflação do aluguel, deve ser menor neste ano. Segundo o Focus, de 18,21%, nos sete dias anteriores, caiu para 18,10%, contra 19,65% há 30 dias. Para 2022, os economistas continuam apostando em um IGP-M de 5,00% e de 4,00% para o ano seguinte.