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Mercado Financeiro

Em semana marcada por Evergrande, Selic e inflação, a Bolsa sobe 1,65%; dólar avança 0,87%, aos R$ 5,33

No pregão desta sexta-feira, a Bolsa caiu 0,69%, aos 113 mil pontos, enquanto o dólar avançou com os investidores buscando proteção

Data de publicação:24/09/2021 às 18:25 -
Atualizado um ano atrás
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A semana foi bastante agitada e de volatilidade para os mercados em todo o mundo e no Brasil não foi diferente. Os principais eventos que impactaram os negócios nos últimos dias foram a crise financeira enfrentada pela incorporadora gigante chinesa Evergrande, as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos e dados recentes da inflação no País.

Embora as informações de insolvência da incorporadora chinesa tenham ajudado a derrubar o Ibovespa já na segunda-feira em mais de 2%, a B3 engatou em um movimento de recuperação nos três pregões seguintes, sustentado, principalmente, pela alta no minério de ferro no mercado internacional, o que favoreceu mineradoras e siderúrgicas locais. Com isso, o índice conseguiu voltar aos patamar dos 113 mil pontos.

Foto: Envato bolsa

Nesta sexta-feira, no entanto, a Bolsa devolveu parte dos ganhos. O mercado pesou com informações de que os credores da Evergrande não receberam parcelas de dívidas que venceram na última quinta-feira e também com os dados da inflação pelo IPCA-15, que vieram acima do esperado. Ainda assim, o índice fechou a semana com avanço de 1,65% em relação à última sexta.

O Ibovespa fechou o dia aos 113.282,67 pontos, uma queda diária de 0,69%. De acordo com Filipe Fradinho, analista técnico da Clear Corretora, a piora no cenário financeiro neste pregão pode ser justificada pela renovação dos temores envolvendo a incorporadora chinesa, os papeis da empresas estão derretendo na bolsa chinesa, pelo calote da empresa.

Como a China é um dos maiores consumidores de minério de ferro do mundo - e o setor imobiliário representa boa parte dessa conta já que utiliza a commodity, transformada em aço, para suas construções -, as ações de mineradoras e siderúrgicas caíram hoje, numa perspectiva de redução da demanda. A Vale viu seus papéis recuarem 1,55%, enquanto CSN, Usiminas e Gerdau desvalorizaram 3,59%, 2,16% e 1,41%.

No cenário doméstico, o principal destaque do dia foi o resultado do IPCA-15, considerado uma prévia da inflação mensal, que veio acima do projetado pelos analistas do mercado em setembro. Enquanto a aposta estava em um avanço de 1%, o indicador subiu 1,14%.

A expectativa dos especialistas é que a inflação continue subindo, o que deve levar o Banco Central (BC) a elevar ainda mais a Selic, taxa básica de juros, nas próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária), numa tentativa de controlar o aumento de preços. Na última quarta-feira, 22, o colegiado já elevou a Selic para 6,25%. Com isso, o apetite por risco diminui, ao mesmo tempo em que torna a renda fixa cada vez mais competitiva em relação à Bolsa.

Acompanhando as estimativas de uma alta mais acentuada na Selic, os contratos de juros futuros tiveram uma valorização generalizada hoje. O avanço pôde ser observado em todos os contratos, mas as maiores altas são registradas nos mais longos. O contrato que vence em março de 2025, por exemplo, tem a valorização mais expressiva do dia, de 0,39%, com o DI projetado em 10,13%.

No mercado de ações, empresas varejistas foram bastante penalizadas no pregão, já que a alta da inflação corrói o poder de compra dos consumidores. Os papéis da Lojas Americanas, B2W e Magazine Luiza reportaram queda de 2,81%, 3,55% e 1,51%, respectivamente.

Os bancões, responsáveis por cerca de 17% da carteira teórica da B3, também fecharam o dia no vermelho, refletindo o cenário de aumento de preços e de juros. Itaú, Bradesco e Santander recuaram 1,39%, 2,22% e 2,79%, na sequência.

Dólar avança na semana

O dólar teve uma valorização de 0,87% frente ao real desde a última sexta-feira. Neste pregão, a moeda americana subiu 0,59%, cotada a R$ 5,334.

Para Zeller Bernadino, especialista em câmbio da Valor Investimentos, as incertezas em relação ao futuro da Evergrande são o principal fator para o aumento na taxa de câmbio. Além disso, o mercado também segue atento ao cenário interno, com o avanço da inflação e da taxa de juros.

O cenário volátil e de certa instabilidade leva os investidores a adotarem uma posição de aversão aos riscos, buscando proteção em uma moeda forte, o que valoriza o preço do dólar frente à moeda brasileira e outras divisas emergentes.

Mercado externo

No mercado externo, as bolsas de Nova York começaram o dia em queda, acompanhando a cautela quanto à Evergrande e a economia chinesa.

No entanto, após a fala de Jerome Powell, no evento virtual Fed Listens, que destacou a velocidade com que a economia está se recuperando pós-pandemia, os principais índices americanos viraram o sinal e fecharam o dia com uma leve valorização. S&P 500, Dow Jones e Nasdaq 100 subiram 0,15%, 0,10% e 0,09%, na sequência.

Na China, destaque para as criptomoedas, que despencaram com o novo cerco do governo chinês contra o Bitcoin, tornando ilegais todas as negociações com o ativo.

Piter Carvalho, economista da Valor Investimentos, ressalta também as negociações de juros futuros nos mercado internacionais, em um dia onde diversos países europeus observaram alta nos contratos. O especialista explica que estes mercados, assim como no Brasil, também estão antecipando uma inflação mais acelerada nos próximos meses e, por consequência, o controle dos bancos centrais por meio do aumento de juros.

Sobre o autor
Bruna Miato
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