ETFs de tecnologia: conheça 5 opções no mercado
Quem é entusiasta da inovação, ciência, informática e afins, pode ter interesse em um produto financeiro um pouco mais específico: os ETFs de tecnologia. Esse tipo…
Quem é entusiasta da inovação, ciência, informática e afins, pode ter interesse em um produto financeiro um pouco mais específico: os ETFs de tecnologia.
Esse tipo de ativo financeiro, comercializado na Bolsa de Valores, costuma ter um baixo valor inicial e ajuda o investidor a ter certa participação em grandes companhias, como as big techs.
Nas próximas linhas, você vai conhecer as principais opções de ETFs do mercado da tecnologia e mais detalhes sobre essa aplicação financeira. Vamos lá?
Como funcionam os ETFs de tecnologia
Primeiro, vamos retomar o que é um ETF. Exchange Traded Fund é basicamente um fundo de índice, pois é um fundo de investimento cujos ativos financeiros seguem um benchmark.
Um dos mais conhecidos é o BOVA11 — cesta de ativos com base no Ibovespa.
Ele pode ser de renda fixa ou renda variável e tem, necessariamente, uma gestão passiva. Ou seja, a sua composição segue o índice, não as preferências de um gestor. Os ETFs costumam ter pelo menos 95% do seu patrimônio no índice e o restante em posições compradas no mercado futuro, por exemplo.
E quando um ETF passa a ser considerado do setor da tecnologia?
É tão simples quanto você imagina: nesses ETFs, a maior parte dos ativos comprados são de empresas dessa área. Mas, na maioria dos casos, são empresas estrangeiras.
Por que tecnologia?
O ramo tecnológico sempre teve um ritmo acelerado de crescimento no mundo todo, mas os últimos anos mostraram uma evolução ainda mais exponencial. O que se deve também à pandemia e às soluções encontradas para o desafio do distanciamento social.
Entre as 50 maiores empresas do mundo, mais da metade têm base tecnológica (Tecnologia da Informação, e-commerce ou Comunicação).
E no Brasil a tendência é a mesma: a quantidade de empresas tecnológicas cresceu 210%, de 2011 a 2020.
5 opções de ETFs de tecnologia para você investir
Você entendeu o sentido de comprar ETFs de tecnologia? Então, entre as 48 opções disponíveis na Bolsa, conheça as principais, da área tecnológica:
Investo FTSE Global Equities (WRLD11)
O WRLD11 contém mais de 9 mil empresas e ele replica um ETF estrangeiro, o VT (Vanguard Total World Stock).
Isso significa que, em vez de acompanhar um índice nacional comum, esse ETF segue um fundo de índice estrangeiro — que, por sua vez, segue o índice FTSE Russell Global All-Cap. No VT, você encontra Apple, Microsoft e Amazon na maior parte da composição.
O porém é que ele ainda não começou a ser comercializado até a data deste artigo, mas a previsão é para outubro de 2021. Por esse mesmo motivo, ainda não há dados suficientes quanto à rentabilidade, histórico de cotas etc.
Mesmo assim, confira algumas das principais características do fundo:
- taxa de administração: 0,3% a.a. + 0,8% (do ETF VT);
- gestão: Investo;
- administração: BNP Paribas Brasil.
Investo ETF MSCI US Technology (USTK11)
O USTK11, assim como o WRLD11, também replica um ETF estrangeiro. Inclusive, você vai perceber que isso é muito comum entre esses fundos de índice.
O ativo acompanha o VGT (Vanguard Information Technology), composto por mais de 350 companhias americanas. Esse ETF segue o índice MSCI US IMI Information Technology 25/50, que tenta aproveitar o crescimento de diferentes subsetores da tecnologia, desde empresas de pequeno porte a mega corporações.
Conheça as características do USTK11:
- taxa de administração: 0,64% a.a.;
- gestão: Investo;
- administração: BNP Paribas Brasil;
- valor aproximado da cota: R$ 10.
It Now Tech (TECK11)
O TECK11 replica o NYSE FANG, que representa empresas como Facebook, Amazon e Netflix e Google, além de Tesla, Nvidia, Twitter e outras.
Veja só alguns detalhes do ETF:
- taxa de administração: 0,25% a.a.
- gestão: Itaú Unibanco;
- administração: Itaú Unibanco;
- valor aproximado da cota: R$ 56,40.
Trend ETF Nasdaq 100 (NASD11)
Esse ETF segue o desempenho das maiores empresas da Nasdaq, uma das bolsas americanas, por meio do NASDAQ 100 Index.
Vale lembrar que ela, que é a segunda maior bolsa de valores do mundo, negocia as ações das principais organizações tecnológicas existentes.
Na composição do NASD11, também entram as tradicionais Amazon, Google e Microsoft, bem como Intel e PayPal.
Algumas das suas características são:
- taxa de administração: 0,3% a.a.
- gestão: XP Allocation Asset Management LTDA.;
- administração: BNP Paribas Brasil;
- valor aproximado da cota: R$ 11,99.
Ações Tech Brasil (TECB11)
Sentiu falta das empresas de tecnologia nacionais? Então TECB11 pode ser a sua escolha.
O nome já diz tudo: o ETF replica o índice Ações Tech Brasil, que é uma carteira de organizações com sede — ou, pelo menos, com as suas operações mais importantes — em território brasileiro.
As empresas com maior peso no fundo são: Mercado Livre, PagSeguro e Stone.
O TECB11, que é o primeiro fundo de índice do mercado financeiro com foco no Brasil, tem os seguintes atributos:
- taxa de administração: 0,6% a.a.;
- gestão: Magnetis;
- administração: BTG Pactual;
- valor aproximado da cota: R$ 8,9.
Vale ressaltar que todos esses ETFs, por serem de renda variável, são tributados em 15% sobre os lucros obtidos na venda (Imposto de Renda). Além das taxas de administração, é importante considerar as de custódia e emolumentos, cobradas pela B3.
Outro ponto em comum, para a maioria deles, é que o investimento mínimo é de 10 cotas.
Possíveis riscos de ETFs de tecnologia
Todo ETF tem dois riscos principais: liquidez e performance.
Se você precisar vender um fundo de índice, a diferença entre a cotação de compra e venda pode ser significativa.
Outro cuidado que é interessante você ter ocorre no momento da análise da performance. O número que você observa nos documentos do produto pode não refletir a realidade devido à flexibilização na gestão da carteira. O que é algo normal e autorizado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Considerando o setor o qual o ETF faz parte, como é o caso da tecnologia, existem alguns cuidados a mais.
No geral, empresas que crescem muito rápido não sustentam esse crescimento no longo prazo. Esse é um ponto importante para você estar ciente, principalmente se o seu objetivo com esse produto de renda variável é garantir sua aposentadoria ou uma renda passiva.
Uma forma de amenizar essa desvantagem, é escolher ETFs com a composição mais equilibrada. Assim, em muitos casos, as ações mais caras são vendidas e as mais baratas, compradas.
Outra limitação dos fundos de índice, especificamente os da bolsa brasileira, é que eles unem empresas altamente lucrativas (como as FANG) junto a lojas físicas e outras empresas mais antigas, de tecnologia.
O que é diferente de investir nos ETFs americanos, onde há opções de cestas mais homogêneas e com menos riscos. Por exemplo, um fundo de índice apenas com startups do ramo da comunicação.
Todos os benefícios dos ETFs, como a dolarização e a diversificação, podem ser potencializados quando se dá preferência pelo setor da tecnologia. Esse mercado escala os ganhos de forma ágil o que, normalmente, tende a refletir de forma positiva no bolso dos investidores.
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