E-commerce
O que é e-commerce?
E-commerce ou comércio eletrônico é um modelo de negócios em que todas as operações acontecem online, incluindo a escolha dos produtos, o pagamento etc.
A boa notícia é que é possível investir nessa forma disruptiva de vender.
O varejo digital é um dos setores que mais crescem na Bolsa de Valores, a exemplo do Mercado Livre (MELI34) e da Magazine Luiza (MGLU3). Por isso, entender de e-commerce também pode ajudar você a fazer bons investimentos.
Como o e-commerce surgiu?
O embrião do mercado digital surgiu nos anos 70, com operações digitais chamadas fundos eletrônicos de transferência (EFT) e intercâmbio eletrônico de documentos (EDI) — transações financeiras e trocas de documentos, respectivamente. Isso foi em uma era pré-internet.
Em 1991, depois de criada, a internet foi se tornando cada vez mais popular e acessível. Pouco tempo depois, em 4 anos, a Amazon e o Ebay foram fundados. Aos poucos, o mercado online também passou a abranger o marketing digital, o pagamento dos pedidos e o suporte no pós-venda.
No Brasil, por sua vez, o mercado online deu seus primeiros passos em 1995, com uma loja de livros chamada Booknet — que, mais tarde, foi adquirida pelo Submarino.
Cerca de um ano depois, uma loja de softwares também entrou para esse mercado, a Brasoftware, e a famosa varejista Ponto Frio.
Ao longo desse desenvolvimento, junto com o e-commerce, também surgiu o termo e-business.
Para entender esse novo conceito, partimos do pressuposto de que lojas virtuais não se sustentam sozinhas. Elas utilizam tecnologias de comunicação, automatização de processos etc. Essas ferramentas compõem o e-business, pois geram receita, apenas indiretamente, às empresas.
Quais os tipos de e-commerce?
Algumas lojas são bem diferentes das outras. Veja o que pode distinguir um e-commerce do outro:
- business to business (B2B): comercialização de produtos entre empresas, exemplo: TOTVS;
- business to consumer (B2C): é a loja virtual mais tradicional, com produtos destinados aos consumidores finais. Exemplo: Schutz;
- business to government (B2G): comércio eletrônico entre uma empresa e o setor público, como as empreiteiras de obras públicas;
- consumer to consumer (C2C): é o comércio entre usuários, como brechós online, enjoei e OLX.
Particularidades do e-commerce brasileiro
Na China e nos EUA, dois países referência em e-commerce, no geral, há um que se destaca bastante dos outros, que é o Alibaba e a Amazon, respectivamente.
No Brasil, ainda não existe o maior e-commerce, mas logo ele pode surgir. A disputa entre os gigantes brasileiros provavelmente está entre Magalu, B2W e Via Varejo.
O marketplace é um tipo de e-commerce?
O marketplace, na verdade, é um modelo de negócios derivado do e-commerce. Trata-se de um conjunto de lojas, com uma gama muito maior de produtos.
Mercado Livre e Lojas Americanas, por exemplo, são marketplaces. As plataformas hospedam produtos de várias outras lojas — que também são e-commerces, ou não — e executam a sua comercialização com os consumidores.
Quais os maiores desafios presentes no ramo do e-commerce?
Não é difícil imaginar os fatores limitantes do comércio eletrônico aqui no Brasil. Veja alguns:
- qualidade da conexão dos clientes;
- maior concentração das vendas apenas no sudeste;
- questões logísticas (transportes, segurança etc.);
- cibersegurança;
- falta de integração das lojas online com as físicas.
Esses desafios estão longe de serem resolvidos, mas a sua identificação já ajuda muito o setor.
A qualidade da internet, no Brasil, bem como os fatores que envolvem a logística estão, no geral, no escopo do governo.
Mas investir em segurança, tornando as plataformas mais confiáveis e com mais recursos antifraude, e em omnichannel, que é a integração do físico com o digital, pode deixar a loja virtual bastante competitiva.
Como investidor, é interessante ficar de olho nas empresas de e-commerce que concentram seus esforços em pontos como esses.