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ETFs
Fundos de Investimentos

ETF de renda fixa: vale ou não a pena investir?

Os ETFs de renda fixa permitem a exposição a índices da categoria. Mas será que vale a pena investir nesse produto? Confira as vantagens e desvantagens.

Data de publicação:24/11/2021 às 09:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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Com o desenvolvimento do mercado financeiro, cada vez surgem mais alternativas de investimentos que visam simplificar o acesso aos ativos. Em muitas vezes, eles são formulados em uma estrutura de ETF — os famosos "fundos de índices".

No Brasil, uma das classes de ativos mais utilizadas pelos investidores é a renda fixa. Em parte, isso se deve a um histórico de taxas de juros elevadas. No entanto, será que vale a pena investir em ETF de renda fixa? É o que vamos responder no artigo de hoje.

O que é um ETF de renda fixa?

Não podemos começar a analisar um ETF de renda fixa sem ter a certeza de que você já domina e entende o conceito por trás desse tipo de investimento, concorda?

O ETF nada mais é do que uma sigla para Exchange Traded Funds. Em tradução livre para o português, você encontrará algo como "fundos negociados em bolsa". E é exatamente o que acontece: esse é um tipo de produto listado na bolsa de valores, mas que tem uma concepção muito próxima de um fundo de investimento.

No entanto, os ETFs possuem uma característica bem particular que é a replicação de um índice de um determinado segmento. No caso do Brasil, por exemplo, nós temos o índice Ibovespa como representação do mercado acionário brasileiro. Embora não seja possível investir diretamente no Ibovespa, existem ETFs que replicam a sua carteira teórica, permitindo a exposição por parte do investidor.

A lógica não muda para os ETFs de renda fixa. Eles também são negociados na bolsa de valores e devem replicar um determinado índice. A diferença, claro, é que esse indexador deve ter como base os ativos de renda fixa.

Quais são os ETFs de renda fixa disponíveis na B3?

Para quem busca investir em renda fixa com praticidade, os ETFs podem ser um caminho para alcançar a diversificação sem precisar realizar vários investimentos distintos. E na B3, a bolsa de valores do Brasil, já existem algumas alternativas dessa classe de ativos para você investir.

Na sequência, vamos apresentar quais são eles e comentar brevemente sobre as características. Lembrando que não se trata de uma recomendação de investimento, ok?

FIXA11

O primeiro ETF de renda fixa lançado no Brasil foi o FIXA11. Esse é o código de negociação do Mirae Asset Renda Fixa Pré FI. Ele se baseia em contratos futuros DI com duração de três anos. A taxa de administração é de 0,30% ao ano.

Em resumo, o objetivo do produto é reproduzir o desempenho das taxas de juros desse prazo estipulado. O FIXA11 também se tornou muito popular por ser o primeiro ETF da categoria de renda fixa na bolsa brasileira.

IMAB11

Outro ETF de renda fixa popular no mercado financeiro é o IMAB11. Esse é o ticker para o IT Now ID ETF IMA-B. O produto é gerido pelo Itaú e cobra uma taxa de administração anual de 0,25% ao ano.

Mas, afinal, o que é o IMA-B? Esse índice é uma cesta de títulos públicos que estejam atrelados à inflação. É o que ocorre com o Tesouro IPCA, título de renda fixa emitido pelo governo federal cujo nome técnico é Notas do Tesouro Nacional (NTN-B).

Ou seja, trata-se de um índice que visa simplificar o comportamento de títulos públicos que estejam indexados ao IPCA. Em outras palavras, é uma forma de investir em ativos vinculados à inflação.

IMBB11

Para quem gosta de alternativas para produtos similares e deseja a exposição ao IMA-B, a bolsa de valores também oferece o IMBB11. O foco do produto é rigorosamente o mesmo do IMAB11, mas a gestão do ETF é de outro banco: o Bradesco.

Como essa versão do fundo de índice é um pouco menos popular do que aquela que mencionamos anteriormente, a gestão cobra uma taxa anual um pouco menor — 0,20% ao ano.

IRFM11

Já vimos ETFs de renda fixa pós-fixada e atrelados à inflação. No entanto, também há como investir em um ETF que busque replicar o índice de títulos prefixados. É o caso do IRFM11, ticker do IT Now IRF-M P2 FI.

O produto foi criado pelo Itaú no ano de 2019 e cobra uma taxa de administração de 0,20% ao ano. A referência desse ETF é do índice IRF-MP2, utilizado justamente para monitorar o desempenho desse tipo de ativo.

Outros ETFs de renda fixa

Atualmente, ao menos até a última revisão deste artigo, a bolsa de valores do Brasil oferece sete ETFs de renda fixa. Os mais comuns são esses que listamos anteriormente, mas outros três produtos foram formulados para oferecer uma variação de índices atrelados ao IMA-B.

Dois deles são compostos com base no IMA-B 5+, que é uma variação do que já apresentamos para esse indicador de inflação, mas excluindo aqueles títulos públicos com prazo de vencimento inferior a cinco anos. É o caso do IB5M11 (gerido pelo Itaú) e do B5BM11 (gerido pelo Bradesco).

Por fim, faltou apenas apresentar o B5P211, também gerido pelo Itaú, que utiliza de uma terceira variação do índice: o IMA-B 5 P2. O objetivo aqui é monitorar os títulos públicos atrelados à inflação com prazo inferior a cinco anos.

Quais são as vantagens dos ETFs de renda fixa?

Agora que você já conhece os ETFs listados na bolsa de valores que permitem a exposição aos índices de renda fixa, quais são as vantagens que eles oferecem ao investidor?

Em resumo, a simplicidade. Ao investir em um índice, você não precisa ficar analisando os diferentes tipos de títulos e seus respectivos vencimentos e riscos. O próprio ETF será balanceado dentro da categoria.

Outro ponto interessante é que, como é comum em fundos de índices, a gestão passiva costuma oferecer custos menores ao investidor do que um fundo de investimentos tradicional com gestão ativa. A maioria dos ETFs listados neste artigo não supera o custo de 0,30% ao ano.

Podemos mencionar ainda como benefícios desse tipo de produto a facilidade de negociação (basta vender as cotas na própria bolsa de valores, caso existam compradores) e a fuga do come-cotas (tributação na fonte presente em fundos de renda fixa tradicionais).

Quais são as desvantagens dos ETFs de renda fixa?

Apesar de todas as vantagens apresentadas anteriormente, nem só de benefícios vivem os ETFs de renda fixa. A começar pela própria estrutura do produto que, listado na bolsa de valores, oferece variação diária das suas cotas — algo que pode assustar quem não está habituado com renda variável.

Outro risco importante é que, no Brasil, não é tão comum que os investidores utilizem os ETFs para buscar ativos de renda fixa. Desta forma, a liquidez pode ficar um pouco abaixo, algo que prejudica a relação de oferta e demanda na hora de negociar as suas cotas.

Vale a pena investir em ETFs de renda fixa?

Diante de tudo que apresentamos ao longo do artigo, você pode perceber que os ETFs de renda fixa são mais uma das oportunidades de investimento para o seu portfólio. No entanto, será que vale a pena utilizá-los?

Em resumo, o objetivo de um ETF é replicar um índice. Portanto, caso esse seja o seu objetivo, é uma forma simples de realizar a exposição ao mercado de renda fixa.

Outra característica desse tipo de produto é a gestão passiva. Isso significa que, se você não é um grande amante do mercado financeiro, essa pode ser sim uma boa alternativa. Entretanto, para quem está disposto a dedicar algumas horas estudando os ativos, é possível encontrar títulos de renda fixa mais interessantes pensando na relação entre risco e retorno.

De qualquer forma, o crescimento do mercado de ETFs é uma boa notícia para o investidor brasileiro. E, por aqui, seguiremos com o objetivo de apresentar as oportunidades para que você possa tomar a melhor decisão para a sua carteira de investimentos.

Aproveite e conheça aqui a lista completa de ETFs listados no Brasil.

Sobre o autor
Stéfano Bozza
Formado em Administração pela PUC-SP. Trabalhou em empresas do segmento financeiro (Itaú BBA) e varejo (BRMALLS) até 2016, quando iniciou a jornada de produção de conteúdo para a internet com foco em finanças.