Dirigente do Fed defende aumento de juros em 100 pontos-base até 1º de julho diante de avanço da inflação
Presidente americano adota tom otimista em relação ao combate à inlfação
O presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em St Louis, James Bullard, afirmou, nesta quinta-feira, 10, que gostaria de ver aumento de 100 pontos-base nos juros até 1º de julho deste ano. A taxa está na faixa entre 0% e 0,25% desde o início da pandemia, mas deve começar a ser elevada em março, em meio à escalada persistente da inflação nos Estados Unidos.
Em entrevista à Bloomberg, Bullard, que tem direito a voto nas reuniões deste ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), afirmou que apoia o primeiro aumento em uma reunião de 50 pontos-base nos juros desde 2000.
O dirigente expressou preocupação com a alta de 0,6% do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) em janeiro, acumulado de 7,5% em 12 meses, conforme informado hoje.
Ele admitiu que já era um dos membros mais rígido ("hawkish") do Fed e disse que endureceu "dramaticamente" as expectativas para o que o BC americano deveria fazer.
Biden fala que há sinais de que EUA vão vencer inflação
Já o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, adotou tom otimista quanto ao combate à forte inflação nos Estados Unidos, ao comentar em nota divulgada nesta quinta-feira, 10, pela Casa Branca o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de janeiro, divulgado mais cedo e que registrou a sua maior alta anual desde fevereiro de 1982.
Segundo ele, embora o CPI esteja pressionando a renda dos norte-americanos a ponto de causar "estresse real" em domicílios, há sinais de que os EUA conseguirão superar a alta inflacionária, como o recuo recente nos preços de automóveis, "responsáveis por cerca de um quarto de toda a inflação em 2021".
O mandatário destacou ainda que analistas seguem prevendo moderação "substancial" nos preços ao longo deste ano, e reiterou compromisso em fortalecer as cadeias de suprimentos nos EUA e reduzir custos de medicamentos e energia.