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Economia

Desaceleração da economia chinesa pode beneficiar distribuidores de aço do Brasil

Cerca de 80% do aço importado pelo Brasil vêm da China

Data de publicação:26/08/2022 às 05:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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A desaceleração da economia chinesa está sendo vista pelo mercado mundial como algo preocupante, já que a China é a segunda maior potência do mundo. No entanto, o Brasil pode ser beneficiado com isso, principalmente no que diz respeito ao aço.

A constatação foi feita em um evento do Instituto dos Distribuidores de Aço (Inda), já que 80% do aço importado pelo Brasil vêm da China, e a queda na produção chinesa pode abrir espaço para os distribuidores brasileiros.

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Indústria brasileira de aço pode ganhar espaço com a desaceleração chinesa - Foto: Envato

Segundo relatório do Itaú BBA sobre o assunto, o Instituto segue confiante na projeção de crescimento de cerca de 3% nas vendas de aço na comparação anual, por conta da demanda resiliente dos segmentos de energia e máquinas.

“A produção chinesa não só está enfraquecendo, mas também pode estar sendo limitada pela seca e ondas de calor que atualmente estão atingindo o país”, aponta o relatório.

Margem e volume

Durante o evento, Miguel Holmes, vice-presidente comercial da Usiminas, destacou que os importadores da América Latina têm volumes e menor margem em relação aos produtores de aço chineses, o que os tornaria os primeiros a serem afetados.

“Em decorrência de uma concorrência mais limitada, os produtores nacionais poderiam então aumentar sua cota de mercado”.

Miguel Holmes, da Usiminas

Carlos Loureiro, presidente da Inda, acredita que o crescimento da vendas será impulsionado por vários fatores, entre eles a resiliência nos embarques para o setor automotivo, energia e máquinas, compensando as vendas mais fracas no segmento de linha branca, além da maior participação das distribuidoras brasileiras, “favorecidas pelo atual ambiente de demanda fraca e margens, que beneficiam pedidos de menor porte que essas empresas podem atender com mais flexibilidade”.

Estoques

Em relação aos estoques de aço, a Inda projeta que permanecerão estáveis em cerca de 2,6 meses neste ano. Loureiro enfatizou que não deve haver mudanças nesse sentido, acrescentando que “a dificuldade de evolução dos preços globais da matéria prima provavelmente impedirá os compradores de elevar os níveis de estoque”.

Tempos desafiadores

Do lado das siderúrgicas listadas na Bolsa, a cautela tomou conta dessas companhias, que durante o segundo trimestre apresentaram um desempenho misto, impactado por aspectos como aumento do custo das operações, elevação do preço dos fretes, além da própria situação da China.

Recentemente, a China elevou seu pacote de estímulo econômico, acrescentando mais 1 trilhão de yuans – ou US$ 145 bilhões – para estimular o crescimento e conter os impactos dos lockdowns e da crise do setor imobiliário.

Planos à frente no Brasil

O vice-presidente da Usiminas, destacou ainda que os déficits estruturais no setor de veículos e o aquecimento da construção civil podem sustentar o crescimento do setor de aço plano no futuro.

Fatores como o aumento da participação do número de habitante por carro, superior ao de economias maduras – redução do déficit habitacional, que aqueceria a construção civil, maior mecanização do agronegócio e o novo marco regulatório para água e saneamento no Brasil podem impulsionar a demanda.

Importação em queda

O mercado de aço plano vem registrando queda nas importações. De acordo com o Inda, as importações do setor recuaram 4,2% em julho ante junho e desabaram 47,8% se comparado ao mesmo mês do ano anterior, contabilizando 110,2 mil toneladas.

Já as vendas da matéria prima feita por distribuidores do Brasil no mês passado somaram 315,3 mil toneladas, alta de 4,1% ante junho e de 20,6% na comparação anual, pelos dados da Inda.

De acordo com o Instituto Aço Brasil, internamente as projeções reforçam que a tendência de alta para o aço deve ganhar força, com a estimativa de que o consumo do produto por habitante do País deverá dobrar dentro de uma década, amparado por novos investimentos em infraestrutura.

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