Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
open banking crédito
Finanças Pessoais

Crédito é trunfo dos grandes bancos na briga que se acirra com as fintechs

A competitividade que o open banking traz para o setor financeiro deve fazer com que os bancões usem o crédito contra a ofensiva das fintechs

Data de publicação:06/09/2021 às 12:24 -
Atualizado 9 meses atrás
Compartilhe:

Em um cenário de maior competição bancária com a chegada do open banking, que permitirá que os clientes autorizem o compartilhamento de seus dados com instituições financeiras, os grandes bancos deverão usar o crédito como "escudo" para a ofensiva das fintechs sobre seus clientes.

Dinheiro, as grandes instituições já têm: os ativos totais das cinco gigantes do mercado - Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal - chegam a R$ 7 trilhões. Agora, chegou a hora de aplicar tecnologia e inovação no negócio, para garantir uma "sintonia fina" nas liberações.

open banking crédito

Além dos desafios tecnológicos, incluindo a conexão entre as instituições financeiras para o compartilhamento desses dados, os bancos terão de definir o nicho em que são mais competitivos, diz o diretor da área bancária da consultoria alemã Roland Berger, João Bragança. "As ofertas de crédito precisam ser customizadas, e o desafio será esse. Serão necessárias escolhas", afirma.

Um dos pontos-chave, para Bragança, é o foco na faixa de clientes na qual o crédito é um trunfo: a renda média, que precisa de financiamentos para automóveis e residências, por exemplo.

"Os bancos precisam olhar para suas fortalezas, os nichos que alcançam e trabalhar esses segmentos. Terão de olhar para cada segmento, tomar essas decisões estratégicas e brigar para preservar a base de clientes", frisa Bragança. É necessário que os bancos se preparem para um contexto de maior concorrência para não perder dinheiro para as fintechs.

De acordo com o especialista da consultoria alemã, os grandes bancos têm a vantagem de já terem uma oferta organizada de crédito para a classe média. Esse é um segmento menos atrativo para as gigantes de investimentos, como XP e BTG, que devem continuar focadas na alta renda. Já a baixa renda, segundo a Roland Berger, deve ser atraída pelos bancos digitais, que oferecem contas gratuitas e serviços de pagamento.

Além disso, é muito difícil para uma fintech ou plataforma conseguir prover crédito no nível dos bancos, dada a necessidade de capital robusto. Presidente da Xsfera, assessoria de negócios especializada na indústria financeira, Fausto Ferraz de Arruda aponta que os bancos têm funding (captação de recursos) muito barato, principalmente por meio do depósito à vista, nome dado para o dinheiro que o cliente deixa parado na conta-corrente.

Olhar para dentro

Com o open banking, o cliente de um banco poderá ser constantemente assediado e tentado a levar seu dinheiro a um concorrente. Por isso, especialistas apontam que, se os bancos não melhorarem o leque de produtos e investirem na experiência digital dos clientes, os recursos migrarão - como já ocorreu no caso dos investimentos.

É importante o olhar dos bancos em relação aos próprios clientes - algumas instituições já começaram a adequar produtos ao perfil do cliente e ajustar para cima o limite do cartão de crédito, antes que um concorrente o faça.

Outro trabalho é evitar que o consumidor não seja incomodado por propostas que não têm relação com seu perfil: hoje, é comum pessoas de alta renda receberem ofertas de crédito consignado ou clientes que não têm carro serem impactados por propaganda de seguro de automóvel.

Para Jean Lopes, diretor para instituições financeiras da Fitch, o open banking acelera uma agenda que já estava nas mãos dos grandes bancos: a segmentação de seus clientes. "Será um jogo em que vale o poder de adaptação de cada banco, com foco na experiência do cliente. É isso que vai fidelizar", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. / Agência Estado

Sobre o autor
Mais Retorno
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!
Mais sobre

® Mais Retorno. Todos os direitos reservados.

O portal maisretorno.com (o "Portal") é de propriedade da MR Educação & Tecnologia Ltda. (CNPJ/MF nº 28.373.825/0001-70) ("Mais Retorno"). As informações disponibilizadas na ferramenta de fundos da Mais Retorno não configuram um relatório de análise ou qualquer tipo de recomendação e foram obtidas a partir de fontes públicas como a CVM. Rentabilidade passada não representa garantia de resultados futuros e apesar do cuidado na coleta e manuseio das informações, elas não foram conferidas individualmente. As informações são enviadas pelos próprios gestores aos órgãos reguladores e podem haver divergências pontuais e atraso em determinadas atualizações. Alguns cálculos e bases de dados podem não ser perfeitamente aplicáveis a cenários reais, seja por simplificações, arredondamentos ou aproximações, seja por não aplicação de todas as variáveis envolvidas no investimento real como todos os custos, timming e disponibilidade do investimento em diferentes janelas temporais. A Mais Retorno, seus sócios, administradores, representantes legais e funcionários não garantem sua exatidão, atualização, precisão, adequação, integridade ou veracidade, tampouco se responsabilizam pela publicação acidental de dados incorretos.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações ou qualquer outro conteúdo deste site por qualquer meio sem a prévia autorização de seu autor/criador ou do administrador, conforme LEI Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
® Mais Retorno / Todos os direitos reservados