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Santander
Empresa

Santander Brasil tem lucro recorde de R$ 4,1 bi no segundo trimestre

Valor representa um salto de 95,3% sobre os R$ 2,136 bi obtidos no mesmo período de 2020

Data de publicação:28/07/2021 às 09:29 -
Atualizado 3 anos atrás
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Abrindo tradicionalmente a temporada de divulgação de resultados trimestrais dos grandes bancos, o Santander Brasil apresentou nesta quarta-feira, 28, lucro líquido gerencial de R$ 4,171 bilhões no segundo trimestre deste ano, o maior nível da história da instituição. O lucro líquido gerencial representa a diferença entre as receitas líquidas e todos os custos e despesas incorridos no período, sem descontar, porém, o ágio de aquisições.

Foto: Arquivo
Santander Brasil obtém maior lucro gerencial de sua história, mas frustra expectativas do mercado - Foto: Arquivo

O valor ainda representa um salto de 95,3% sobre os R$ 2,136 bilhões obtidos no mesmo período de 2020, quando o banco carregou nas provisões para créditos de liquidação duvidosa, conhecidas pela sigla PDD, em face ao recrudescimento da pandemia da covid-19.

Contudo, o resultado gerencial é 7,21% inferior à estimativa de R$ 4,495 bilhões, apontada na média das projeções de cinco casas (BTG Pactual, Itaú BBA, Bank of America (BofA), JPMorgan e UBS BB.

Resultados do Santander

A subsidiária brasileira do banco espanhol encerrou o primeiro semestre deste ano com ativos totais de R$ 940,912 bilhões, queda de 4,74% se comparado a um ano antes - R$ 987,679 bilhões - , quando a crise deflagrada pela pandemia fez com que fosse perdido o patamar do trilhão, alcançado no trimestre anterior.

O patrimônio líquido, por sua vez, avançou 9,07% na comparação com os R$ 72,455 bilhões registrados um ano antes, e alcançou R$ 79,024bilhões, no segundo trimestre deste ano.

A margem financeira bruta do Santander Brasil totalizou R$ 13,424 bilhões no segundo trimestre deste ano, ficando estável em relação aos três meses imediatamente anteriores. Em um ano, porém, foi identificada retração de 1,5%.

O desempenho da margem, de acordo com o Santander, teve influência do crescimento dos negócios com clientes durante o segundo trimestre. Mas, na outra ponta, receitas com tesouraria encolheram no período de referência, neutralizando a cifra final.

A margem financeira com clientes, que reflete operações do banco que rendem juros, alcançou R$ 11,473 bilhões no segundo trimestre, alta de 1,6% ante o primeiro. Em um ano, cresceu 4,0%.

Tal resultado, conforme o Santander, foi possível graças a maiores volumes, venda de produtos mais rentáveis e um calendário favorável, com um maior número de dias corridos.

Já a margem financeira com o mercado, que é basicamente o resultado da tesouraria do banco, foi a R$ 1,951 bilhão de abril a junho deste ano, retração de 8,4% no trimestre e de 25,0% em um ano.

Como consequência, o spread do Santander Brasil voltou a encolher no segundo trimestre, retornando ao patamar do terceiro trimestre do ano passado. Ao fim de junho, foi a 10,2% ante 10,6% em março e 10,9% em um ano.

O Santander Brasil informa, em relatório, que acompanha suas demonstrações financeiras, que, em função da aprovação da cisão da Getnet, de maquininhas, recalculou seus resultados desde o primeiro trimestre de 2020, sem levar em conta os números desta operação.

Carteira de crédito

A carteira de crédito ampliada do Santander Brasil encerrou o segundo trimestre deste ano em R$ 510,314 bilhões, com avanço de 14,4% sobre o total registrado ao fim de junho do ano passado.

O impulso, conforme material distribuído pelo banco espanhol sobre sua operação no País nesta madrugada, veio sobretudo de empréstimos concedidos a pessoas físicas e pequenas e médias empresas.

Segundo o Santander, a carteira de grandes empresas recuou 0,8% em relação ao saldo verificado no fim de março e avançou apenas 4,2% na comparação com junho do ano passado.

Em 12 meses, os empréstimos concedidos a pessoas físicas cresceram 20,9% e, contra março, 6,4%. A parcela da carteira voltada a PMEs saltou 29,8% em um ano e, no trimestre, aumentou em 6,5%.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês), ficou em 21,6%, acima dos 20,6% registrados no primeiro trimestre deste ano, e muito próximo à rentabilidade de 21,7% obtida um ano antes, quando excluídos os efeitos das provisões extraordinárias realizadas naquele período. / com Agência Estado

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