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Santander Brasil: lucro cresce 4,1% no 1º trimestre e supera R$ 4 bi

O Santander Brasil deu a largada na abertura de temporada da divulgação dos balanços trimestrais dos bancos. Segundo balanço divulgado nesta quarta-feira, 28, o banco apresentou…

Data de publicação:28/04/2021 às 09:06 -
Atualizado 4 anos atrás
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O Santander Brasil deu a largada na abertura de temporada da divulgação dos balanços trimestrais dos bancos. Segundo balanço divulgado nesta quarta-feira, 28, o banco apresentou lucro líquido gerencial, que não considera ágio de aquisições, de R$ 4,012 bilhões no primeiro trimestre deste ano, 4,1% maior que no mesmo período de 2020.

Os resultados seguiram em linha com as estimativas do mercado, que apostam em uma boa recuperação dos bancos. Em relação à expansão de lucros, o montante obtido pelo Santander superou as expectativas dos analistas, que apostavam em um crescimento um pouco mais modesto, de 3,0%.

A carteira de crédito ampliada encerrou março com R$ 497,566 bilhões, 2,9% menor que no final do ano passado. Na comparação anual, a carteira se expandiu em 7,4%.

Santander registra lucro líquido de R$ 4,012 bilhões no primeiro trimestre de 2021 - Foto: iStock

Os ativos totais detidos pela subsidiária brasileira do banco espanhol se retraíram em 2,2% se comparados a um ano antes, e encerraram o primeiro trimestre em R$ 978,15 bilhões.

O patrimônio líquido, por sua vez, avançou 7,4% na mesma comparação, e alcançou R$ 77,763 bilhões, no período encerrado em março.

Retorno acima das expectativas

O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês), ficou em 20,9%. O resultado ficou um pouco acima das expectativas do mercado, que era de 19,7%. Porém, seguiu estável em relação ao trimestre anterior, mas inferior aos 22,3% registrados um ano antes.

Os analistas esperam ainda que o ROAE do Santander seja o maior obtido entre os grandes bancos do varejo.

Inadimplência alta

O índice de inadimplência de curto prazo do Santander Brasil, que considera atrasos de 15 a 90 dias, teve piora, atingindo 3,6% no primeiro semestre deste ano. Ao fim de dezembro, estava em 2,8%.

O Santander credita a piora dos calotes no período à sazonalidade de início do ano, com maior concentração de despesas pela população e ao crescimento mais representativo da pessoa física no período. Neste segmento, os calotes de curto prazo avançaram de 4,3% ao fim de dezembro para 5,2% ao término de março.

Considerando a inadimplência com atraso de mais de 90 dias, o índice do Santander foi a 2,1% ao fim de março, estável ante dezembro. Em um ano, melhorou 0,9 ponto porcentual.

"O indicador ainda é beneficiado pelas medidas adotadas ao longo de 2020, como prorrogações de pagamentos, principalmente em pessoa física, além do aumento de participação dos produtos de menor risco no saldo total da carteira", explica o Santander Brasil, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

Provisões elevadas

Com a piora dos calotes de curto prazo, o banco espanhol elevou seus gastos com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs. Essas despesas foram a R$ 3,914 bilhões no primeiro trimestre, no maior patamar desde junho do ano passado, aumento de 8,45% ante os três meses anteriores.

Já o resultado de provisão para créditos de liquidação duvidosa somou R$ 3,161 milhões ao fim de março, alta de 9,7% ante o quarto trimestre de 2020. Segundo o banco, esta linha foi impactada pela retomada do crescimento da carteira de crédito de pessoas físicas.

O custo de crédito do Santander subiu a 2,6% nos três primeiros meses deste ano contra 2,5% ao término de dezembro último.

O saldo de provisões do Santander encerrou março em R$ 25,728 bilhões, aumento de 2,6% ante os três meses anteriores. Em um ano, teve incremento de 18,5%. / com Agência Estado

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