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Bolsa
Economia

Copom eleva a Selic para 11,75%, o nível mais alto desde 2017

Comitê manteve sinalização dada na ata de sua última reunião em março, de alta de 1 pp

Data de publicação:16/03/2022 às 19:14 -
Atualizado 2 anos atrás
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O Comitê de Política Monetária, o Copom, elevou a Selic para 11,75% ao ano, conforme sinalizado em ata de sua última reunião. Trata-se do nível mais alto desde fevereiro de 2017, quando a taxa estava em 12,25%.

No comunicado emitido após o término da reunião, os diretores do Banco Central, que formam o Comitê, sinalizaram um novo ajuste do mesmo tamanho, de 1 ponto porcentual, na Selic, em seu próximo encontro, em maio.

Selic
Edifício-sede do Banco Central no Setor Bancário Norte, em lote doado pela Prefeitura de Brasília, em outubro de 1967

"Para a próxima reunião, o Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude. O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária", taz o comunicado.

Os direitores destacam a deterioração do cenário externo, desde o último encontro em março. A guerra na Ucrânia "levou a um aperto significativo das condições financeiras e aumento da incerteza em torno do cenário mundial", traz o documento. Eles detacam o choque de oferta tem o potencial de aumentar as pressões inflacionárias em todo o mundo.

Dúvidas sobre o reajuste

Mesmo sendo a aposta da maioria do mercado, o aumento de 1 ponto porcentual na taxa, havia dúvidas sobre o tamanho do ajuste, pela novidade da guerra na Ucrânia, que não estava prevista nos cenários traçados pela autoridade monetária. O conflito no Leste Europeu desencadeou uma escalada nos preços das commodities que pressionam a inflação no mundo inteiro.

É o nono ajuste seguido da Selic, desde que o Banco Central iniciou o ciclo de alta, em março de 2021. Houve três ajustes seguidos de 1,5 ponto porcentual, e o BC aliviou a mão nessa nova rodada que ficou em 1pp. A expectativa é a de que a autoridade monetária espere novos números da inflação para saber se volta a promover altas mais expressivas e necessárias do juro para fazer frente à alta dos preços.

A taxa permanecerá nesse nível até dia 4 de maio, quando o Comitê estará reunido para divulgar uma nova Selic. A elevação dos juros é a principal ferramenta de política monetária para conter a inflação, na medida em que tornam o crédito mais caro e inibem o consumo, pressionando para baixo os preços de produtos e serviços da economia.

Ao mesmo tempo, taxas altas dificultam a vida da empresa que necessita de financiamento para expandir seus negócios. Nesse sentido, elas travam o desenvolvimento econômico do País.

Nesse contexto em que não existe uma inflação de demanda, a alta dos juros talvez seja pouco eficaz para segurar a atual inflação. No caso, a inflação foi pressionada inicialmente pela redução de oferta, decorrente de falta de componentes e matéria-prima para a produção de bens, provocada pela pandemia de covid-19 e mais recentemente pela alta das commodities, como petróleo e gás.

Sobre o autor
Regina Pitoscia
Editora do Portal Mais Retorno.

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