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Fundos de Investimentos

Ranking exclusivo: Confira os 10 fundos de renda fixa mais rentáveis em 2021

Além do retorno, levantamento investidor deve olhar também a volatilidade e saber a que nível de oscilações está sujeito no fundo escolhido

Data de publicação:15/09/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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Os fundos de renda fixa com melhor performance em uma lista de dez no ano, até agosto, renderam entre 8,71% e 5,81%. O campeão foi o Infinity Tiger Alocação Dinâmica FI RF e o décimo colocado, o Sparta Debêntures Incentivadas FIC Incentivados Investimento Infraestrutura RF. Os fundos se destacam pela rentabilidade, mas além dela há outros indicadores que facilitam a vida do investidor.

Por isso, nesse ranking exclusivo da Mais Retorno, elaborado a partir de sua base de dados, colocamos em evidência também o Índice de Sharpe, que indica não só o retorno do fundo, mas também o risco do investimento, medido a partir de sua volatilidade histórica. Quanto maior é esse índice, maior é o desempenho geral (retorno e estabilidade) do fundo. Nesse estudo entraram fundos ativos, em operação há, pelo menos, um ano, com 60 cotistas ou mais e patrimônio superior a R$ 17 milhões e abertos ao público em geral.

No ranking de 12 meses, a rentabilidade variou entre 11,34% e 7,33%. A liderança coube também ao Infinity Tiger Alocação Dinâmica FI RF e a décima posição ao Iridium Pioneer Incentivado Investimento Infraestrutura RF

Para entender melhor esses números e como eles impactaram o bolso do investidor, é preciso contextualizá-los ao cenário macroeconômico do período, levando em conta dois indicadores: a taxa de juros e a inflação.

Fundos superaram a inflação e DI no ano

Os dez fundos campeões em rentabilidade conseguiram superar a inflação de 5,67% calculada pela variação do IPCA até agosto. No período dos últimos 12 meses, apenas um, o Infinity Tiger, com 11,3%, rendeu mais que a inflação de 9,68%.

Todos eles também proporcionaram com larga margem de folga o rendimento superior ao benchmark, o rendimento-alvo que se propõem alcançar, o juro CDI. Esse benchmark é o juro de referência adotado nas operações interbancárias, como a Selic usada nas operações de financiamento da dívida pública entre o Banco Central e o mercado financeiro. O CDI acumulou uma variação de 2,7% em 12 meses e de 2,07% em 2021, até agosto.

O descompasso entre o benchmark e o rendimento-alvo, o próprio CDI, é explicado pelos títulos que formam a carteira desses fundos, em sua maioria papeis de crédito privado e de dívidas corporativas, como as debêntures incentivadas. São papeis, portanto, cuja rentabilidade anda à frente da Selic, que rodou em níveis históricos de baixa e continua abaixo da inflação corrente, mantendo o CDI alinhado em torno dela.

Cobrança de taxa de performance

A diferença entre o rendimento efetivo do fundo e seu benchmark gera um custo adicional ao investidor que tem recursos ancorados em fundos que cobram a taxa de performance. Quanto maior a diferença entre o rendimento e o benchmark, maior será a base de cálculo dessa taxa adicional, que poderá ficar mais pesada que a taxa de administração.

São os fundos de renda fixa turbinados pelas debêntures incentivadas em carteira, principalmente, que levam a rentabilidade bastante além do benchmark. São títulos de dívida emitidos por empresas privadas para financiar projetos de infraestrutura que rendem a variação de um índice de inflação, IPCA ou IGP-M, mais uma taxa prefixada de juro. Como são papeis incentivados, o investidor pessoa física ou estrangeiro que aplica neles tem isenção de imposto de renda sobre o rendimento.

A reforma do Imposto de Renda, no âmbito da proposta de reforma tributária em tramitação no Congresso, está criando insegurança no mercado de debêntures incentivadas. Especialmente para os bancos, que costumam ficar com parte das emissões desses papeis.

Especialistas dizem que uma alteração na tributação de pessoa jurídica pode levar os bancos a não apenas deixar de comprar as debêntures incentivadas como também a vendê-las. Um aumento de oferta tenderia a provocar uma desvalorização das debêntures no mercado secundário e, portanto, a uma queda no valor das cotas.

É o chamado risco de mercado, que se junta a outro, ao de crédito, que está ligado à capacidade do emissor o título de honrar o resgate, no vencimento. Além disso, quem investe em fundo precisa atentar para a volatilidade, a medida do risco da carteira, alerta o especialista Jefferson Bortolotti, da SVN. O indicador que expressa essa relação risco/retorno é o índice de Sharpe.

Entenda o Índice Sharpe

Esse índice, explica, Bortollotti, é o resultado de uma operação em que a rentabilidade é dividida pela volatilidade. As variáveis para o cálculo o investidor encontra no menu do portal da Mais Retorno (no alto, à esquerda da home), clicando em “Ferramentas” e em ‘Ranking”.  Basta incluir o nome do fundo e será aberta a ficha com todos os dados.  

“A volatilidade é a medida de risco, de quanto a cota do fundo varia”, afirma o especialista da SVN. “À medida que a variação aumenta, aumenta também o risco.”

Ele explica que o Sharpe bom é o índice alto, sempre maior que 1. “Se for menor que 1, o fundo oferece mais risco do que pode entregar de rentabilidade. Entrega rendimento, mas corre muito mais risco para chegar a esse mesmo rendimento”, pontua. “Se for menor que 0, é um fundo que está dando prejuízo”, alerta, embora admita ser possível a entrega de vistosos resultados com o Sharpe menor que 1 ou 0. Caso do Infinity Tiger e do Infinity Select, ambos com Sharpe abaixo de 0.

De acordo com Bortolotti, em linhas gerais, o ponto importante é considerar que índice de Sharpe maior que 1 indica que o fundo está adequado, que existe risco, mas entrega mais prêmio que risco; entre 0 e 1, que o fundo está ineficiente, corre mais riscos do que entrega resultado; e fundo com Sharpe abaixo de 0, que está dando prejuízo.

Conheça mais dos fundos campeões

1 – Infinity Tiger Alocação Dinâmica FI RF – É o fundo de renda fixa mais rentável no ano, com rendimento de 8,71%; em 12 meses, 11,34%. Não exige valor mínimo de aplicação, mas o de permanência, que é de R$ 500. A taxa de administração é 0,50% ao ano e o resgate é pago no dia seguinte ao do pedido. O índice de Sharpe é 0,0471.

2 – BTG Pactual Debêntures Incentivadas FIC Incentivados Investimento Infra RF – Rendimento no ano, 7,10% e em 12 meses, 9,63%. Exige R$ 1 mil como valor mínimo de aplicação e R$ 1 mil para a permanência. Cobra taxa de administração de 1% ao ano e taxa de performance de 20% sobre a parcela de rendimento que ultrapassar o CDI, o benchmark do fundo. O resgate é pago 31 das após o pedido. O índice de Sharpe é 4,8370%.

3 – Schroder Premium 45 Advisory FI RFCP LP – Rendimento no ano: 7,06%; e em 12 meses, 7,93%. Exige aplicação mínima de R$ 1 mil e para a permanência, R$ 500. A taxa mínima de administração é 0,50% ao ano e a máxima, 1%. Cobra taxa de performance de 20% sobre o que exceder o CDI. O resgate é pago 46 dias após o pedido. O índice de Sharpe é 5,8766.

4 – Capitânia FIC Incentivados Investimento Infraestrutura RF CP – Rendimento no ano: 6,64%; e em 12 meses, 8,72%. O fundo não exige valor mínimo para aplicação, mas o de permanência é R$ 3 mil. A taxa de administração varia entre a mínima de 0,90% e máxima de 1,25% ao ano. A de performance é 20%. O resgate é pago 90 dias após o pedido. O índice de Sharpe é 1,9455.

5 – Schroder High Grade Advisory FI  RF CP – Rendimento no ano: 6,33%; e em 12 meses, 8,85%. O valor mínimo de aplicação é R$ 200 mil e o para permanência, R$ 100. A taxa de administração varia entre 0,60%, mínima, e 1,00%, máxima. O resgate é pago no dia seguinte ao do pedido. O índice de Sharpe é 3,8359.

6 – Infinity Select FI RF LP – Rendimento no ano: 6,23%; e em 12 meses, 8,25%. O fundo não exige valor mínimo de aplicação, apenas para permanência, de R$ 500. A taxa de administração é 0,70% ao ano, sem cobrança de performance. O índice de Sharpe é 0,0292.

7 - ARX Everest Advisory FIC FI RF CP – Rendimento no ano: 6,22%; e em 12 meses, 8,08%. A aplicação mínima é de R$ 500, e o saldo mínimo de permanência, de R$ 100. O índice de Sharpe é 12,4487.

8 – ARX Everest FIC FI RFCP – Rendimento no ano: 6,20%, e em 12 meses, 8,05%. A aplicação mínima é de R$ 1 mil. O índice de Sharpe é 12,4040.

9 – Iridium Pioneer Incentivado Investimento Infraestrutura RF – Rendimento no ano: 5,85%; e em 12 meses, 7,33%. A aplicação mínima é R$ 5 mil. Não há taxa de administração, apenas a de performance, de 20%.

10 – Sparta Debêntures Incentivadas FIC Incentivado Investimento Infraestrutura RF – Rendimento no ano: 5,81%; e em 12 meses, 7,65%. Aplicação mínima, não há; valor de permanência, R$ 3 mil. Taxa de administração varia entre 0,80% e 0,85%, sem taxa de performance. Resgate pago em 32 dias após o pedido. O índice de Sharpe é 6,0971.

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.