Fundos de Investimentos

Como a Alaska posicionou seus fundos em meio à alta da inflação, dos juros e à instabilidade política, em outubro

Fundos da gestora tiveram desempenho negativo em outubro

Data de publicação:08/11/2021 às 07:00 - Atualizado 2 anos atrás
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Ao fazer uma retrospectiva do mês de outubro, a Alaska Asset Management ressaltou que o mercado interno foi muito mais influenciado por fatores domésticos negativos, como a alta da inflação e a flexibilização do teto de gastos. Claramente, a B3 descolou das bolsas internacionais, em especial as americanas, que atingiram novas máximas históricas. Outubro foi um mês difícil para os ativos.

“Índices de inflação pressionados seguem influenciando negativamente as expectativas, principalmente para o ano de 2022”, destacam os analistas da Alaska. “No âmbito fiscal, a proposta do governo de flexibilização do teto de gastos via a PEC dos Precatórios impactou negativamente os mercados”.

Foi uma combinação desastrosa desses dois fatores para o mercado de ações, porque levou o Banco Central “a aumentar o passo no ritmo da Selic” em sua última reunião. Não apenas por ter elevado de 100 para 150 pontos, mas por sinalizar uma nova alta de 150 pontos na próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 7 e 8 de dezembro – a última deste ano.

Uma vez confirmada a nova alta, a Selic passaria dos atuais 7,75% para fechar 2021 em 9,25% ao ano.

Além desses três aspectos negativos, inflação, teto de gastos e alta dos juros, os especialistas ressaltam mais dois em outubro: “os questionamentos quanto à política de preços da Petrobrás, e as baixas de cargos no Ministério da Economia também pesaram sobre os mercados”.

Daí porque a Bolsa de Valores doméstica destoou das bolsas estrangeiras: “Nos mercados internacionais, as bolsas apresentaram um mês positivo, com destaque para as americanas, que atingiram novas máximas históricas”.

O time da gestora, ao analisar o mercado de moedas, afirma que “o dólar se desvalorizou levemente contra as moedas dos países desenvolvidos, e se valorizou contra as dos países emergentes”.

E em relação às commodities, os analistas destacaram que o segmento teve mais um mês de alta, influenciado principalmente pelo setor de energia.

Posicionamento dos fundos da Alaska

No Alaska Black Institucional e Previdenciários, a gestora relata que as carteiras de ações apresentaram desempenho próximo ao Ibovespa no mês. “As posições no setor utilities foram os destaques positivos, enquanto pelo lado negativo o destaque foi o setor de papel e celulose”.

E nos fundos Alaska Black BDR, os analistas afirmam que a carteira de ações apresentou desempenho negativo no mês. Além da carteira de ações, eles carregam posição comprada em BOVA11 via opções, o que também contribuiu de forma negativa no mês.

No mercado de juros, "os fundos seguem sem posição direcional, apenas com posições de arbitragem na curva em tamanho reduzido, com resultados positivos no mês. Em câmbio, os fundos seguem com posição vendida em dólar contra o real".

No Alaska Range, o retorno foi negativo em renda variável, principalmente por conta da posição comprada na bolsa local. "Em juros, o fundo segue sem posição direcional, apenas com posições de arbitragem na curva, que contribuíram de forma positiva no mês. Em câmbio, o fundo carregou posição vendida ao longo do mês e incorreu em perdas com a desvalorização do real contra o dólar".

Desempenho em outubro

Fundo Variação

Alaska Range FIM -1,79%

Alaska Black FIC FIA - BDR Nível I -13,71%

Alaska Black FIC FIA II - BDR Nível I -13,70%

Alaska Black Institucional FIA -6,85%

Alaska 70 Icatu Prev FIM -4,57%

Alaska Black 70 Adv. XP Seg.Prev FIC FIM -6,55%

Alaska Black 100 Adv.XP.Seg.Prev FIC FIM -4,73%

Alaska 100 Icatu Prev FIM -7,04%

Alaska Previdência 100 FIC FIM -7,00%

Sobre o autor
Regina PitosciaEditora do Portal Mais Retorno.