Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
Inflação
Economia

Com queda da energia, inflação cairá de 9% para 5% ou 4%, diz presidente do BC

Queda nos preços da energia deverá ter forte impacto na inflação

Data de publicação:23/08/2022 às 15:05 -
Atualizado 2 anos atrás
Compartilhe:

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 23, que a queda nos preços de energia poderá levar a inflação a cair de 9% para 5% ou 4% ao ano. "Já o trabalho de reduzir inflação de 4% para 2% é diferente. Precisamos estar preparados", afirmou, em participação no 18º International Investment Seminar, promovido pelo Moneda Asset Management, em Santiago, Chile.

No evento, Campos Neto ressaltou que os preços das commodities começam desacelerar. Ele também ponderou que "está dado" que a economia dos Estados Unidos irá desacelerar e que isso não é questionado pelo mercado. "Devemos nos preocupar se desaceleração dos EUA vier com inflação ainda alta", completou.

inflação
Desaceleração nos preços das commodities também vai ajudar na queda da inflação - Foto: Envato

O presidente da autoridade monetária acrescentou que muitos países ainda não estão com a política monetária em "território restritivo", o que é necessário para controlar a inflação, e que o Brasil começou a subir juros mais rápido. "Os mercados dizem que maior parte do trabalho no Brasil está feito", afirmou. "As condições financeiras ficaram apertadas muito rápido. Temos que fazer nosso trabalho, condições financeiras são muito voláteis."

Campos Neto ainda disse que bancos centrais ao redor do mundo falharam em ver que os preços de energia já estavam subindo antes mesmo da crise na Ucrânia. Ele afirmou que isso ocorreu porque, com a pandemia, houve um aumento no consumo de bens em detrimento do consumo de serviços. "A inflação de energia no Brasil está caindo devido a medidas recentes do governo", completou.

Resultados na inflação ainda demoram

Campos Neto disse que as medidas do BC ainda não tiveram efeito sobre a inflação, e por isso não celebra o recuo nos índices de inflação registrados recentemente. "Ainda há muito trabalho a fazer", afirmou. "Maior parte do trabalho do BC ainda não impactou preços."

Ele previu três meses de deflação decorrentes das medidas adotadas pelo governo para baixar o preço dos combustíveis.

Mas ressaltou outras variáveis, como questões sobre taxa de equilíbrio de desemprego no Brasil. "Ainda vemos inflação de serviços subindo, com moderação em núcleos", acrescentou.

Ganho de tração da economia

O presidente da autoridade monetária defendeu que o ganho de tração da economia também decorre de reformas aprovadas e disse que o emprego tem sido a "grande surpresa positiva" no Brasil.

Campos Neto disse que os países da OCDE estão revisando as previsões de crescimento de suas economias para baixo, enquanto, no Brasil, as projeções estão sendo mudadas para cima. "Boa parte das revisões de PIB para cima no Brasil decorre de medidas do governo", afirmou.

No evento, o presidente da autoridade monetária ressaltou ainda que os modelos apontam grande probabilidade de recessão nos EUA.

Incerteza fiscal

O presidente do Banco Central ressaltou também que há incertezas fiscais adiante com as eleições, sobre qual será o arcabouço fiscal a ser adotado no próximo governo. Ele ressaltou que parte da melhora fiscal registrada pelo atual governo, com a arrecadação em alta, decorreu da inflação e da mudança de consumo que, com a pandemia, foi direcionado para bens, que pagam mais impostos, em detrimento de serviços, menos tributados.

Sobre o autor
Mais Retorno
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!

® Mais Retorno. Todos os direitos reservados.

O portal maisretorno.com (o "Portal") é de propriedade da MR Educação & Tecnologia Ltda. (CNPJ/MF nº 28.373.825/0001-70) ("Mais Retorno"). As informações disponibilizadas na ferramenta de fundos da Mais Retorno não configuram um relatório de análise ou qualquer tipo de recomendação e foram obtidas a partir de fontes públicas como a CVM. Rentabilidade passada não representa garantia de resultados futuros e apesar do cuidado na coleta e manuseio das informações, elas não foram conferidas individualmente. As informações são enviadas pelos próprios gestores aos órgãos reguladores e podem haver divergências pontuais e atraso em determinadas atualizações. Alguns cálculos e bases de dados podem não ser perfeitamente aplicáveis a cenários reais, seja por simplificações, arredondamentos ou aproximações, seja por não aplicação de todas as variáveis envolvidas no investimento real como todos os custos, timming e disponibilidade do investimento em diferentes janelas temporais. A Mais Retorno, seus sócios, administradores, representantes legais e funcionários não garantem sua exatidão, atualização, precisão, adequação, integridade ou veracidade, tampouco se responsabilizam pela publicação acidental de dados incorretos.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações ou qualquer outro conteúdo deste site por qualquer meio sem a prévia autorização de seu autor/criador ou do administrador, conforme LEI Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
® Mais Retorno / Todos os direitos reservados