Com a queda das bolsas americanas em setembro, investidores aproveitaram para comprar ações de Big Techs
Até mesmo ações consideradas defensivas apresentaram quedas fortes no mês
O mês de setembro, marcado pelo aperto monetário ao redor do mundo para controlar a inflação, foi desafiador para ativos no exterior, até mesmo para aqueles que são considerados “defensivos”. Sendo esse o pior mês para as bolsas americanas, com índice S&P caindo mais de 8%, o investidor brasileiro aproveitou as quedas para aumentar posição nas ações de Big Techs como Apple, Amazon, Google e Meta.
De acordo com a Stake, plataforma de negociação de ativos no exterior, um movimento que chamou a atenção foi a procura por ações da Secoo, um grupo de varejo chinês, que passou por grande volatilidade no último mês após anunciar uma parceria com o Aladdin Technology Group, plataforma de e-commerce com foco em clientes muçulmanos e produtos halal.
Oportunidades em meio às quedas
A Stake destaca também a queda nas ações da Coca-Cola, que é uma empresa considerada como defensiva para cenários inflacionários e de recessão. Mesmo assim, os papéis da companhia encerraram setembro com recuo de 8,56%. Quando as empresas caem muito, investidores aproveitam para entrar nos papéis, ou até mesmo aumentar a posição, embarcando no chamado "ponto de entrada". De acordo com Rodrigo Lima, analista de investimentos e editor de conteúdo da Stake, sempre há oportunidade.
"Análises de sentimento mostram um cenário bem difícil para ativos financeiros no mundo todo no próximo ano, no entanto sempre há a possibilidade de um Fed pivot, isto é, um evento que faça com que o banco central americano mude sua política monetária, o que pode mudar o regime de mercado. Sempre há oportunidades para bons pontos de entrada no mercado, no entanto é fundamental analisar o cenário macro e setorial."
Rodrigo Lima, analista de investimentos e editor de conteúdo da Stake
Ações de Big Techs se destacam em setembro
Empresa | Ticker do ativo | Setor |
Apple | AAPL | Tecnologia |
Tesla | TSLA | Carros Elétricos |
Alphabet | GOOGL | Comunicação |
Microsoft | MSFT | Tecnologia |
The Coca-Cola Company | KO | Consumo |
Amazon.com | AMZN | Tecnologia |
Meta | META | Comunicação |
Secoo | SECO | Varejo |
Petrobras | PBR.A | Petróleo |
Nvidia | NVDA | Tecnologia |
De acordo com o analista da Stake, "as piores performances foram de metais preciosos, como a prata e o ouro, que sofrem com o aumento de juros". Ele também destacou setores de consumo discricionário, ou cíclico, que variam de acordo com os ciclos econômicos, como vestuário, hotéis e restaurantes. Ainda de acordo com Lima, o mercado imobiliário desabou após Jerome Powell afirmar que acredita que o setor deva passar por uma correção.
ETFs mais negociados por brasileiros em setembro
Quando se fala em ETFs, a Stake destacou o desempenho do UVXY - ProShares Ultra VIX Short-Term Futures ETF, que aposta na alta da volatilidade da bolsa americana. Esse ativo registou alta de +25,61% no mês de setembro, o que deve ter atraído a atenção de investidores.
A fintech também ressalta a presença do SOXS - Direxion Daily Semiconductor 3x Bear Shares ETF, que aposta na queda do setor de semicondutores com alavancagem de 3x. O SQQQ - ProShares UltraPro Short QQQ ETF, que aposta na queda da Nasdaq 100, também teve alavancagem de 3x. Esses dois ativos passaram por fortes valorizações, avançando 47,02% e 35,10% no mês, respectivamente.
ETF | Ticker | Setor |
ProShares Ultra VIX Short-Term Futures ETF | UVXY | Índice do medo |
Vanguard S&P 500 ETF | VOO | S&P 500 |
Vanguard Real Estate ETF | VNQ | Real Estate |
Global X SuperDividend ETF | SDIV | Dividendos |
Invesco QQQ ETF | QQQ | Nasdaq |
ProShares UltraPro Short QQQ ETF | SQQQ | Nasdaq |
Direxion Daily Semiconductor 3x Bear Shares ETF | SOXS | Real Estate |
iShares Core S&P 500 ETF | IVV | S&P 500 |
SPDR S&P 500 Trust ETF | SPY | S&P 500 |
Global X NASDAQ 100 Covered Call ETF | QYLD | Nasdaq 100 |