Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
Campos Neto
Economia

Mais otimista do que o mercado, Campos Neto indica Selic a 12,75% em 2022 com fim do ciclo em maio

Se o cenário internacional se agravar, no entanto, o cenário poderá ser revisto

Data de publicação:25/03/2022 às 01:15 -
Atualizado 2 anos atrás
Compartilhe:

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deu duas indicações ao mercado financeiro na quinta-feira, 24, sobre a condução da política monetária: confirmou que está previsto um novo ajuste da Selic em 1 ponto porcentual em maio e disse que fazer um movimento adicional (mais um ajuste) em junho não é o mais provável.

Traduzindo em miúdos: o ciclo atual dos juros deve terminar em maio, nos dias 3 e 4, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, com a Selic chegando em 12,75% ao ano. Em seu papel de comandante da política monetária, Campos Neto se mostra mais otimista do que boa parte do mercado, que espera um período mais longo para o ciclo e alta mais acentuada da taxa.

Roberto Campos Neto
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, acredita que a Selic deve fechar 2022 em 12,75% ao ano - Foto: Reprodução

Apesar disso, o presidente do BC deixou brechas para uma revisão nos movimentos. "Se o cenário internacional se agravar ou houver outro choque, podemos repensar esse cenário", disse ele. De todo modo, o executivo parece bem mais otimista do que boa parte do mercado financeiro, que projeta uma duração do ciclo mais longa, até agosto, e com a Selic em 13,75%.

Ele ressaltou, ainda, que o mundo passa atualmente por um "cenário volátil". "Os modelos apontam para uma inflação mais baixa para a frente, ainda que no curto prazo seja momento de bastante pressão e volatilidade", considerou.

Campos Neto também garantiu que não há atrasos nem erros na calibragem da taxa básica da economia. "Se tem uma coisa que o BC tem feito é não ficar atrás da curva", afirmou durante entrevista coletiva para detalhar o Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

De acordo com ele, o Brasil foi o país "que mais fez" (em relação à elevação de juros) e que o choque adicional verificado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) justificava aumentar a Selic em 1 ponto porcentual agora e sinalizar outra elevação de mais 1 ponto porcentual para a próxima reunião de maio.

Horizonte relevante é o de 2023

O presidente do Banco Central afirmou que os modelos da autoridade monetária apontam para uma inflação abaixo da meta em 2024. Ele ponderou que ainda "há muita incerteza". "2024 não é o nosso horizonte relevante", enfatizou.

Para o Copom, o horizonte a ser considerado para conter a alta dos preços será integralmente 2023. A autoridade monetátária admitiu, ainda, que são altas as chances de a inflação ficar fora das metas estabelecidas para 2022, em que o é centro é de 3,5% e o teto de 5%. O próprio BC já trabalha com a previsão de uma inflação de 7,10% para este ano.

Campos Neto comentou que sempre há uma defasagem em relação às decisões do Copom e que a inflação de curto prazo tem sentido a volatilidade vista com a celeridade da absorção interna dos preços internacionais do petróleo. "A velocidade de repasse dos preços de combustíveis tem sido recentemente mais rápida do que o antecipado", admitiu.

O presidente do BC também comentou que todo banqueiro central navega em dois tipos de cenários quando olha para a inflação em alta. Um deles é verificar uma desancoragem em tempos de volatilidade e jogar o juro mais para cima por mais tempo, levando a economia para a recessão. A outra é minimizar a alta da inflação. / com Agência Estado

Sobre o autor
Mais Retorno
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!

® Mais Retorno. Todos os direitos reservados.

O portal maisretorno.com (o "Portal") é de propriedade da MR Educação & Tecnologia Ltda. (CNPJ/MF nº 28.373.825/0001-70) ("Mais Retorno"). As informações disponibilizadas na ferramenta de fundos da Mais Retorno não configuram um relatório de análise ou qualquer tipo de recomendação e foram obtidas a partir de fontes públicas como a CVM. Rentabilidade passada não representa garantia de resultados futuros e apesar do cuidado na coleta e manuseio das informações, elas não foram conferidas individualmente. As informações são enviadas pelos próprios gestores aos órgãos reguladores e podem haver divergências pontuais e atraso em determinadas atualizações. Alguns cálculos e bases de dados podem não ser perfeitamente aplicáveis a cenários reais, seja por simplificações, arredondamentos ou aproximações, seja por não aplicação de todas as variáveis envolvidas no investimento real como todos os custos, timming e disponibilidade do investimento em diferentes janelas temporais. A Mais Retorno, seus sócios, administradores, representantes legais e funcionários não garantem sua exatidão, atualização, precisão, adequação, integridade ou veracidade, tampouco se responsabilizam pela publicação acidental de dados incorretos.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações ou qualquer outro conteúdo deste site por qualquer meio sem a prévia autorização de seu autor/criador ou do administrador, conforme LEI Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
® Mais Retorno / Todos os direitos reservados