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Bolsa
Mercado Financeiro

Bolsa cai 1,67% e volta aos 106 mil pontos, com tom mais duro do comunicado do Copom; dólar sobe a R$ 5,57

Empresas de varejo foram destaque entre as maiores quedas do dia, com juros em alta

Data de publicação:09/12/2021 às 18:55 -
Atualizado um ano atrás
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Depois de cinco altas consecutivas - coisa que não acontecia desde 7 de junho, data em que o Ibovespa fechou no seu maior patamar histórico, aos 130.776 pontos -, o cenário voltou a pesar para a Bolsa de Valores. No pregão desta quinta-feira, 09, a B3 fechou em baixa de 1,67%, caindo aos 106.291 pontos, em um movimento de realização de lucros após o tom mais duro adotado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em seu último comunicado.

Na véspera, o colegiado anunciou a nova Selic, taxa básica de juros, de 9,25% ao ano. Não pelo ajuste em si, já esperado e precificado pelos investidores, mas sim pelo comunicado divulgado ao fim da reunião, a luz amarela acendeu para o mercado . Entre os destaques do texto, o Copom afirmou que "é oportuno avançar de forma significativa o processo de aperto monetário no território restritivo", sinalizando uma nova alta de 1,5 ponto percentual em seu próximo encontro, marcado para fevereiro do ano que vem.

bolsa de valores
Gráfico que representa o sobe e desce das ações no mercado financeiro

Neste contexto, o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, avalia que o Copom deve promover uma alta de 1,5 ponto percentual na Selic nas duas reuniões iniciais de 2022 e finalizará o ciclo de aperto monetário com a taxa de juros em 12,25% ao ano.

O analista da Clear Corretora, Rafael Ribeiro, destaca que "diante desta sinalização, o juro futuro com vencimento em janeiro de 23, que, teoricamente, reflete a expectativa do mercado quanto ao rumo da Selic ao final do ano que vem, subiu forte, retornando para 11,60%, o que acaba derrubando as empresas do setor doméstico".

Bem como a curva de juros, o dólar voltou a subir no pregão desta quinta-feira e fechou em alta de 0,73%, cotado a R$ 5,57. O avanço da moeda americana reflete o cenário de maior cautela com os ativos brasileiros, seguindo as perspectivas de juros altos para controlar a inflação, o que impacta negativamente o crescimento econômico do País, reduzindo os níveis de consumo e refletindo, também, na receita das empresas.

Dados econômicos fracos também ajudam a derrubar a Bolsa

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou novos dados sobre a produção industrial no País, que reforçam a percepção de desaceleração econômica em ritmo mais acelerado. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Regional, em outubro, a indústria nacional caiu 7,8% em comparação ao mesmo período do ano passado.

A produção industrial recuou em 13 dos 15 locais pesquisados, com destaque para São Paulo, que reportou uma queda de 12,3% na comparação anual. As demais quedas ficaram com os seguintes locais:

  • Pará, caiu 14,2%
  • Santa Catarina caiu 12,5%
  • Amazona caiu 11,9%
  • Bahia caiu 10,3%
  • Ceará caiu 9,8%
  • Região Nordeste caiu 9,0%
  • Pernambuco caiu 6,9%
  • Goiás caiu 6,6%
  • Mato Grosso caiu 5,3%
  • Paraná caiu 4,9%
  • Minas Gerais caiu 4,5%
  • Rio Grande do Sul caiu 2,2%

Os únicos avanços foram registrados no Rio de Janeiro (6,6%, impulsionado pela atividade de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis) e Espírito Santo (6,1%, devido ao setor de celulose, papel e produtos de papel). O IBGE ressalta que o mês de outubro de 2021 teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior.

Ainda segundo o IBGE em relação a fevereiro de 2020, apenas quatro dos 15 locais pesquisados operavam em patamares acima do período pré-covid: Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A indústria de São Paulo, maior parque fabril do País, operava em outubro 6,1% abaixo do patamar pré-covid.

O dia na Bolsa

Com a alta nos contratos de juros futuros causada pela cautela quanto ao comunicado do Copom, além dos sinais de que a economia do País está desacelerando mais rápido do que o previsto pelo mercado, o dia foi majoritariamente de baixa para os papéis das empresas brasileiras.

O destaque do pregão, no entanto, fica com o setor de varejo, que registrou as maiores baixas da Bolsa. Juros e inflação em alta inibem o consumo, o que impacta diretamente as operações e receita dessas companhias.

Maiores baixas

EmpresaCódigoVariação
Lojas AmericanasLAME4-9,41%
AmericanasAMER3-8,92%
Banco InterBIDI11-8,03%
Magazine LuizaMGLU3-7,34%
BraskemBRKM5-6,76%
Fonte: B3

Maiores altas

EmpresaCódigoVariação
GolGOLL4+4,87%
Equatorial EnergiaEQTL3+1,57%
WEGWEGE3+1,28%
CSNCSNA3+1,20%
HyperaHYPE3+0,69%
Fonte: B3
Sobre o autor
Bruna Miato
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