Bolsa cai 1,97% com fala de dirigente do Fed, bancos e Vale; dólar reage e sobe 1,11%

Na maior parte do pregão as Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, trafegou por terreno negativo e no fechamento apresentou queda de 1,97%, aos 118.885 pontos. Já o dólar reagiu, apresentou alta de 1,11% e ficou cotado a R$ 4,659.

O cenário externo teve forte influência nesses resultados. As bolsas americanas caíram com a fala de uma das dirigentes do Federal Reserve, o Banco Central americano, Lael Brainard, sobre a possibilidade de ajustes mais firmes nos juros e reduções mais rápidas (vendas) dos ativos nos balanços do Fed.

Essa perspectiva de aperto monetário mais rígido nos EUA e incertezas sobre a guerra no Leste Europeu acentuaram as quedas das bolsas de Nova York. Dow Jones fechou com queda de 0,80%; S&P 500, de 1,19%; e Nasdaq, de 2,26%.

Esse mesmo fator serviu para levar a moeda americana à valorização diante das divisas de outros países, inclusive o real.

Por aqui, o mercado de ações não encontrou sustentação com um novo tombo das ações de bancos, diante da perspectiva de aumento de imposto, a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), no setor para bancar o refinanciamento de dívidas de pequenas empresas, pelo Simples. Os três grandes bancos fecharam com queda superior a 2%: Bradesco caiu 2,26%; Itaú, 2,02%; e Santander, 2,26%.

As duas blue chips, Vale e Petrobras, também não tiveram forças e condições para ajudar a segurar o mercado, porque fecharam no vermelho. As açõe de Vale foram afetadas pela queda do minério de ferro no mercado internacional e caíram 2,89%. Petrobras (PETR4) caiu 0,95% em meio às incertezas sobre novas indicações para a presidência da estatal.

Entre as maiores quedas apareceram: Banco Inter com queda de 8,89% na BIDI11, e de 7,97% na BIDI4; Qualicorp, QUAL3, com queda de 7,34%. Locaweb (LWSA3), 6,37%; e Americanas, AMER3, 6,26%.