Bolsa brasileira abre em queda, com dados negativos no exterior
A bolsa apresenta volatilidade, com investidores também monitorando cenário eleitoral e ações de consumo perdendo pontos
A bolsa brasileira abriu o dia em queda de 0,62%, aos 107.778 pontos. O dólar operava em alta de 0,30%, cotado a R$5,39, por volta das 10h17. Os investidores repercutem dados inflacionários na Europa e uma nova queda na atividade econômica dos Estados Unidos, com temor de uma recessão técnica.
De acordo com Heitor de Nicola, sócio e assessor de renda variável da Acqua Vero Investimentos, o cenário eleitoral também acrescenta volatilidade ao mercado brasileiro. O destaque negativo da bolsa ficou para ações de consumo e para o setor financeiro.
Bolsas Internacionais
Em Wall Street, Dow Jones recuava 0,99%, S&P caía 1,23% e Nasdaq perdia 1,70%, por volta das 10h35. Mais cedo, saiu a o resultado da atividade econômica do segundo trimestre dos Estados Unidos, o que reforçou temores de recessão por parte dos investidores. O Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano sofreu queda anualizada de 0,6% no segundo trimestre de 2022, de acordo com o Departamento do Comércio do país nesta quinta-feira (29).
No período da tarde, alguns dirigentes do Federal Reserve farão discursos, o que também acende um alerta no mercado, na expectativa de falas sobre a política monetária da autarquia. Na Europa, os índices recuam mais de 1%, após a taxa anual de inflação ao consumidor da Alemanha atingir 10% em setembro. As informações são de de dados preliminares divulgado pela Destatis, a agência de estatísticas do país.
Ainda na Europa, o índice de sentimento econômico da zona do euro caiu de 97,3 pontos em agosto para 93,7 pontos em setembro. Esse foi o menor patamar desde novembro de 2020, em meio à inflação recorde e a perspectiva de recessão no bloco, segundo dados publicados nesta quinta-feira, 29, pela Comissão Europeia.A leitura de agosto foi revisada para baixo, de 97,6 originalmente.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção definida nesta quinta-feira, com algumas delas favorecidas pela recuperação de Wall Street após uma intervenção do Banco da Inglaterra (BoE, pela sigla em inglês) para conter uma possível crise financeira./ Com Agência Estado.