Bolsa fecha em alta de 0,72% com decisão já esperada do Fed e no aguardo do Copom; dólar cai 2,11%
Mercados seguiram em alta mesmo após o Fomc sinalizar o novo aumento na taxa básica de juros dos EUA
Em uma Super Quarta – que tradicionalmente traz as decisões de política monetária do BC americano e BC brasileiro - a Bolsa quebrou a sucessão de oito baixas e concluiu o pregão desta quarta-feira, 15, em alta de 0,72%, aos 102.806 pontos, seguindo o mercado internacional. Já o dólar despencou 2,11%, aos R$ 5,026.
Durante à tarde, o Fomc (Copom americano), comitê do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), anunciou a decisão de elevar a taxa de básica de juros dos EUA em 0,75 ponto porcentual e sinalizou, em comunicado, que considera novos ajustes no mesmo patamar.
No Brasil, os investidores aguardam o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco do Brasil que logo mais deve trazer a nova Selic, cuja aposta majoritária é de alta de 0,50%.
“Apesar de diversos indicadores relevantes brasil ao longo desses últimos 45 dias, ainda vemos espaço para o BC sinalizar que o fim do ciclo de aumento dos juros está próximo, uma vez que parte relevante do impacto dessa política monetária mais restritiva ainda será observado no controle da inflação e na economia local”.
Fernando Marinho, gestor de crédito da Valora Investimentos
Decisão do Fed não deprimiu os mercados
A notícia sobre a decisão de política monetária americana, em linha com as expectativas do mercado, não causou tensão entre os investidores, apesar de o tom do documento ter sido mais duro, com a autoridade monetária enfatizando que está totalmente comprometida em trazer a inflação de volta à meta de 2%.
As bolsas americanas fecharam em forte alta, assim como as principais praças financeiras da zona do euro. Por lá, o Banco Central Europeu (BCE) fez uma reunião de emergência e decidiu adotar uma postura de flexibilidade nos resgates a vencer do Programa de Compras de Emergência de Pandemia (PEPP, na sigla em inglês, com o objetivo de preservar o “funcionamento do mecanismo de transmissão monetária”.
Bolsas americanas/fechamento
- S&P 500: +1,40% (379,09 pontos)
- Dow Jones: +1,00% (30.668 pontos)
- Nasdaq 100: +2,49% (11.593 pontos)
Bolsas europeias/fechamento
- Stoxx 600 (Europa): +1,42% (413,10 pontos)
- DAX (Frankfurt): +1,36% (13.485 pontos)
- FTSE 100 (Londres): +1,20% (7.273 pontos)
- CAC 40 (Paris): +1,35% (6.030 pontos)
O dia na Bolsa
Maiores altas
Empresa | Ticker | Variação |
Qualicorp | QUAL3 | +14,64% |
CVC | CVCB3 | +13,19% |
Banco Inter | BIDI11 | +9,33% |
Natura & Co. | NTCO3 | +8,08% |
Gol | GOLL4 | +6,49% |
Maiores baixas
Empresa | Ticker | Variação |
Petrobras | PETR4 | -1,76% |
CSN Mineração | CMIN3 | -1.46% |
Braskem | BRKM5 | -2,27% |
Petrobras | PETR3 | -1,21% |
Rede D'Or | RDOR3 | -0,78% |
Brasil: aprovação da redução do ICMS para combustíveis
Outro assunto que esteve na pauta interna dos investidores foi a aprovação do texto-base do projeto de lei que fixa o teto de 17% para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre energia elétrica, combustíveis, telecomunicações e transporte coletivo.
Com a aprovação do texto-base, os deputados mantiveram algumas medidas incluídas pelos senadores, como a garantia do repasse de recursos ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), mas rejeitaram outras, como um cálculo mais benéfico aos Estados do gatilho para a compensação por perda de receitas com o tributo estadual. / com Agência Estado
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