Boletim Focus: projeções para a inflação sobem de 5,38% para 5,44% em 2022; alta é a quarta consecutiva neste ano
Economistas mantiveram a Selic em 11,75% para o período e subiram levemente as expectativas do PIB, de 0,28% para 0,30%
As estimativas para a inflação em 2022 seguem sinalizando que o indicador deve ser mais forte no período. Segundo dados do Boletim Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira, 7, pelo Banco Central, os economistas do mercado elevaram pela quarta vez consecutiva neste ano as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5,38% para 5,44%. Há um mês eram de 5,03%.
As expectativas dos especialistas apontam para um horizonte de inflação cada vez mais distante da meta estipulada pelo Banco Central, cujo centro é de 3,5% e com margem para trás ou para frente de 1,5 ponto porcentual. Para 2023 e 2024, foram mantidas em 3,50% e 3,00%, respectivamente.
A Selic, taxa básica de juros do País, se manteve estacionada em 11,75% para este ano, em 8,00% para o período seguinte e em 7,00% para 2024. Na semana passada, com o anúncio da nova taxa de juros, de 10,75% ao ano, o BC sinalizou que deve fazer mais um ajuste de 1,00 ponto porcentual na próxima reunião do Copom, e de 0,5% na subsequente.
Sobre o crescimento do Brasil, os economistas mantiveram suas projeções para 0,30% em 2022, ante 0,28% nas últimas quatro semanas. Em relação ao ano seguinte, o PIB deve ser menor, na visão deles – de 1,55% recuou para 1,53%. E em 2024 ficou estável em 2,00%.
Câmbio e IGP-M estáveis
As projeções para o câmbio ficaram estáveis em R$ 5,60, mesmo patamar dos últimos 30 dias. O mesmo ocorreu com as estimativas para o indicador em 2023, de R$ 5,50. Para 2024, houve um leve decréscimo, de 5,40% para 5,39%.
Considerada a inflação do aluguel, o Índice Geral de Preços (IGP-M) foi mantido no patamar de 6,99% para 2022, segundo as expectativas contidas no Focus. Em 2023, também não sofreram alterações, estabilizadas em 4,03% e em 4,00% para 2024.