Atos golpistas não devem ter impacto significativo no mercado financeiro, diz economista
Os atos golpistas realizados neste domingo, 8, por grupos radicais que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, não devem ter impacto significativo nos preços do mercado financeiro na segunda-feira, 9. A avaliação é do economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira.
"Acredito que, na abertura dos negócios, alguma reação negativa deve ocorrer, mas ela não deve durar por todo o dia", afirma o economista, em comentário.
Como paralelo, Oliveira nota que a invasão do Capitólio nos Estados Unidos há dois anos também não teve impacto significativo nos preços.
No texto, o analista afirma que a invasão do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) observada neste domingo deve servir como um "tiro pela culatra", pelo seu potencial de afastar a classe média das grandes cidades da extrema-direita.
"Assim, Lula e seu grupo ganham politicamente", afirma o economista.
Petrobras toma precauções
A Petrobras informou neste domingo, 8, que está tomando todas as medidas preventivas de proteção necessárias, "conforme procedimento padrão", após ameaças de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro à Refinaria Duque de Caxias (Reduc), mas não deu detalhes. "As refinarias estão operando normalmente. A Petrobras está tomando todas as medidas preventivas de proteção necessárias, conforme procedimento padrão", disse em nota.
Neste domingo, grupos radicais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que se auto intitulam "patriotas", vandalizaram prédios públicos em Brasília e convocaram uma manifestação na refinaria da Petrobras para esta segunda-feira, 9.
O objetivo dos manifestantes é impedir a distribuição de combustíveis para a população.
Febraban repudia atos em Brasília
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos), em nota divulgada nesta domingo, 8, repudiou os atos de vandalismo realizados por golpistas em Brasília, na Praça dos Três Poderes.
"Com mais de meio século de existência, a Febraban, integrante da institucionalidade do país, repudia com veemência as agressões ao patrimônio público nacional e a violência contra as instituições que representam o Estado Democrático de Direito", diz um trecho do documento, assinado por Isaac Sidney, presidente da entidade.
Outra parte da nota diz que “As cenas de desordem e quebra-quebra perpetradas na tarde deste domingo (8 de janeiro) em Brasília causam profunda perplexidade institucional, que exigem firme reação do Estado”. / Com Agência Estado