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Finanças Pessoais

A 2ª parcela do 13º tem de ser paga até hoje, 20; calcule quanto você vai receber

Quem tem dívidas, deve usar o dinheiro para quitá-las; quem não tem, deve fazer uma reserva de emergência

Data de publicação:20/12/2021 às 14:36 -
Atualizado 2 anos atrás
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Hoje é o último dia para as empresas pagarem a 2ª parcela do 13º salário a seus funcionários. Essa parcela será menor que a primeira, que deve ter sido paga até o fim de novembro, porque terá desconto do Imposto de Renda e do INSS.

Para calcular o quanto vai receber, considere o salário recebido em novembro. E é preciso incluir horas extras, comissões, adicional noturno, de insalubridade ou periculosidade.

13º 2ª parcela
2ª parcela do 13º será menor do que a 1ª, porque tem descontos do IR e INSS - Foto: Arquivo

O cálculo da 2ª parcela do 13º

Quem trabalhou o ano todo terá direito ao 13º integral, então basta dividir o salário total por dois e sobre a metade aplicar os descontos do IR e da Previdência Social.

Para o desconto do IR, considere a seguinte tabela e veja a alíquota de imposto:

– Salário até R$ 1.903,98 – isento de IR
– Salário entre R$ 1.903,99 e R$ 2.826,65 – 7,5%
– Salário entre R$ 2.826,66 e R$ 3.751,05 – 15%
– Salário entre R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68 – 22,5%
– Salário acima de R$ 4.664,69 – 27,5%

Sobre o valor líquido é preciso aplicar, então, o desconto do INSS; que segue a seguinte tabela:

– Salário de até R$ 1.100: 7,5%
– Salário entre R$ 1.100,1 até R$ 2.203,48: 9%
– Salário entre R$ 2.203,49 até R$ 3.305,22: 12%
– Salário acima de R$ 3.305,23: 14%

Quem começou a trabalhar a partir de fevereiro terá direito ao abono proporcional. Para chegar ao valor, pegue o salário integral, divida por 12, e o resultado multiplique pelo número de meses trabalhador.   

Têm direito todo trabalhador registrado em regime de CLT e também o doméstico.

O que fazer com o dinheiro

Especialistas ouvidos pela Mais Retorno afirmam que esse é um bom momento para criar hábitos mais saudáveis com a vida financeira, traçando um caminho para empregar o dinheiro de forma inteligente.

De acordo com análise de Paula Zogbi, analista de investimentos da Rico, o mais adequado é estabelecer uma ordem de prioridades para, assim, destinar os recursos do 13° salário, começando sempre pela quitação de dívidas. "O juro cobrado pelas suas dívidas muito provavelmente é bem mais alto que a rentabilidade das suas aplicações financeiras. Se tem dívidas, não pense duas vezes: comece abatendo parcelas", explica ela.

O sócio fundador da fintech Leve, João Zaratine, destaca, entretanto, que há alguns tipos de empréstimos e financiamentos que possuem um juro muito baixo, como é o caso de muitos financiamentos imobiliários, e "não vale a pena" abater ou quitar essas dívidas específicas com o valor recebido do 13° salário.

Reserva de emergência

Reserva de emergência

Em um cenário onde não há dívidas a serem quitadas ou, até mesmo, com o dinheiro que sobra após pagar essas contas, o próximo passo é investir para criar ou reforçar uma reserva de emergência. Paula considera que "é essencial que qualquer investidor tenha um valor correspondente de seis a 12 meses dos gastos mensais em uma reserva de emergência".

Embora o 13° salário não seja o suficiente para montar uma reserva completa para bancar, pelo menos, seis meses do estilo de vida do investidor, Gabriela Mosmann, analista da Suno Research, ressalta que é "melhor caminhar devagar do que não fazer". Ela considera que o investimento para a reserva deve estar alocado dentro da renda fixa por ser uma opção "mais lógica e menos volátil" que a renda variável.

"Tesouro Selic, Fundos DI de taxa zero (Trend DI Simples) e CDBs de liquidez diária rendendo 100% do CDI cumprem essa função (de montar uma reserva de emergência)", afirma Paula, a analista da Rico.

Zaratine compartilha da mesma opinião e destaca, ainda, que "em 2020, aprendemos que tudo pode mudar em uma fração de segundos. Por isso, é cada vez mais importante a construção de uma reserva de emergência capaz de suprir os seus gastos fixos. O ideal é alocar esse valor em um investimento de baixo risco e liquidez imediata, como é o caso do Tesouro Direto e das aplicações de CDI".

Onde investir o 13º salário

Investindo com o 13° salário

Paula Zogbi comenta que, apesar de o saldo final do 13° salário - após pagamento das dívidas e alocação em uma reserva de emergência - parecer "pouco para investir", há opções de investimentos bastante acessíveis hoje em dia, da renda fixa à renda variável. "É com esse pensamento procrastinador (de ser pouco para investir), que o dinheiro deixa de ser um investimento e se torna cafezinho", afirma a analista.

Para o sócio da Leve "uma boa ideia é fazer um planejamento de como usar esse dinheiro (do 13° salário) para investir em objetivos de médio e longo prazo como por exemplo, fazer uma viagem ou adquirir um bem, ou se aposentar mais cedo".

Gabriela Mosmann considera que o atual momento macroeconômico - com inflação juros subindo, crescimento desacelerando, cenário fiscal doméstico se deteriorando, uma nova variante de covid-19 causando incertezas no mundo e, tudo isso, levando a um movimento de queda nos mercados financeiros - é o ideal para quem ainda não tem o hábito de investir começar.

A analista explica que, desde o fim de 2019 até meados de 2021, a Bolsa de Valores brasileira, a B3, passou por um momento de alta acentuada, chegando, inclusive, aos maiores patamares históricos. Neste contexto, o investidor que entrou para a renda variável entre esses meses, só conheceu uma realidade muito mais tranquila e positiva do que realmente pode ser.

Assim, Gabriela afirma que "esses momentos de instabilidade são muito bons para as pessoas começarem a investir e conheçam outras formas de investimento porque elas já entram mais atentas aos riscos em comparação a quando todo mundo está ganhando".

Embora a especialista da Suno Research destaque que, o ideal, é que o investidor comece a sua trajetória pela renda fixa, justamente por ela ser mais previsível, ela pontua que os investimentos também são um processo de autoconhecimento e, aos poucos, é necessário "ir testando" o que faz sentido para cada perfil e objetivo específico.

"Em uma piscina gelada, tem gente que entra com tudo, mas a maioria vai aos poucos acostumando o corpo e testando seus limites, para entender qual parte dói mais ou menos e é assim também com os investimentos", comenta Gabriela.

Para Paula, mesmo com quantias mais miúdas, é importante investir e diversificar as escolhas para o portfólio. A analista ressalta que há opções em fundos de investimento que alocam em diversos ativos, mas também é possível que o próprio investidor vá montando sua carteira individualmente aos poucos. "Em resumo, para o 13º e para a vida: não importa o quanto fique na sua mão, invista", afirma ela.

Gabriela destaca que, para além de quitar dívidas, montar reservas de emergência e investir, o importante é que, ao ter o 13° salário em mãos, as pessoas se questionem para onde esse dinheiro vai e para onde elas gostariam que esse dinheiro realmente fosse. "Assim, é possível já começar a se planejar financeiramente para o próximo ano e ir fazendo trocas inteligentes no mês a mês para atingir os objetivos pessoais", finaliza.

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