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Economia

Conheça 5 dicas para fugir e se proteger da inflação

O aumento dos preços é um velho inimigo do consumidor brasileiro. Confira algumas dicas de como se proteger da inflação e preservar o seu poder de compra.

Data de publicação:11/01/2022 às 11:37 -
Atualizado um ano atrás
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Como é comum na história econômica do Brasil, a inflação foi uma das protagonistas do nosso noticiário. Durante o ano de 2021 tivemos o IPCA, nosso principal índice de inflação, marcado por um resultado acumulado de 10,06% — o maior resultado desde 2015. O dado chamou ainda mais atenção pelo ano desafiador, em sucessão à pandemia.

E como não poderia deixar de ser, a estratégia de política monetária do Banco Central ao longo de 2022 foi toda baseada nesse cenário, com progressão do aperto econômico. A principal consequência desse movimento foi uma alta da Taxa Selic, que atingiu o patamar de 13,75% ao ano em agosto e permaneceu assim até o final do calendário anual.

A ação trouxe resultados. Depois de atingir o acumulado de doze meses em 10,06% ao final de 2021, o IPCA se encontra em 5,90% até novembro de 2022 (na última revisão deste artigo, ainda não havia sido fechado o índice para dezembro). No entanto, não parece certo dizer que a pressão inflacionária passou e o tema deve se manter em evidência durante 2023.

proteger da inflação

Considerando que esse é um desafio real para o Brasil (e para o mundo) neste atual ciclo econômico, no artigo de hoje vamos discutir um pouco sobre esse ambiente contemporâneo e como você pode proteger o seu dinheiro da inflação.

Qual é o impacto da inflação para o seu bolso?

A inflação é o nome do movimento de aumento de preços dentro de um determinado mercado. Em outras palavras, é um efeito econômico em que o custo de vida fica mais caro, já que o valor dos produtos e dos serviços acaba se elevando.

Importante observar que o IPCA é um índice que monitora mais de 300 itens nas principais cidades brasileiras. E, nesse pacote, ainda que o resultado esteja crescente, não necessariamente tudo se eleva no nosso mercado. Para o consumidor, o que importa de fato é quanto ele pagou quando precisou adquirir algo.

Acontece que, em cenário de inflação alta, o custo de vida como um todo se eleva e isso é facilmente percebido no cotidiano. É o que vem acontecendo com a alimentação nos últimos dois anos. Em 2022, por exemplo, a inflação chegou a subir mais de 9% até setembro nessa linha do IPCA (o maior resultado desde 1994).

Ao contrário do índice geral, que contempla itens que não necessariamente o brasileiro precisa gastar, a alimentação é uma necessidade básica. Portanto, há um impacto real no orçamento doméstico de qualquer pessoa.

O grande problema da inflação é que, na prática, o consumidor perde poder de compra. Imagine que uma determinada camiseta era vendida por R$100 e que, em determinado período, o segmento de vestuário apresente um aumento de preços na casa de 5,0%. Esse mesmo produto passou a custar R$105. Portanto, ficou mais caro para comprá-lo.

Ou seja, a menos que o seu salário consiga acompanhar a própria inflação, você acaba prejudicado na medida em que consegue comprar menos com o mesmo ganho financeiro.

Diante do impacto direto no seu bolso e no seu padrão de vida, é essencial buscar maneiras para se proteger da inflação. Ainda mais no Brasil, país em que esse é um tema recorrente há anos. Veja algumas dicas para atingir esse objetivo e preservar o seu patrimônio e o seu poder de compra.

1. Invista em ativos atrelados à inflação

A primeira e talvez mais óbvia dica para se proteger da inflação está em realizar investimentos com o seu dinheiro em ativos que estejam expostos a algum índice inflacionário. É o caso do IPCA, mas também do IGP-M, por exemplo.

Esses investimentos são, em sua maioria, de renda fixa, mas permitem que o capital aplicado replique o desempenho do seu indexador. Assim, em períodos de inflação elevada, o dinheiro vai replicar esse comportamento e garantir que o seu poder de compra seja protegido.

Abaixo, listamos alguns investimentos que podem ser realizados com esse objetivo:

Tesouro IPCA: são os títulos públicos (emitidos pelo governo) atrelados ao IPCA. Geralmente, pagam um prêmio adicional à inflação, garantindo assim juros reais ao investidor. Isto é, um ganho financeiro acima da inflação.

Debêntures: são títulos de renda fixa emitidos por empresas privadas e, geralmente, também utilizam índices inflacionários na definição dos juros pagos ao investidor. Importante notar que há maior risco no mercado de crédito privado de um modo geral.

LCA/LCI: as instituições financeiras também possuem produtos destinados a oferecer uma rentabilidade próxima à inflação. É o caso da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e da Letra de Crédito Imobiliário (LCI). No entanto, fique de olho, pois esses ativos podem ser atrelados ao CDI também e, neste cenário, você não garante o seu objetivo de seguir um índice inflacionário.

ETFs: por fim, já existem fundos negociados em bolsa que replicam o desempenho de índices de inflação. A maior parte deles segue o IMA-B e suas variações. É o que acontece nos ETFs IMAB11, IMBB11 ou IB5M11, por exemplo.

2. Revise os hábitos de gastos pessoais

Não tem jeito: em período de inflação alta, as nossas contas mensais acabam pressionadas. É normal que a cada mês sobre menos dinheiro se você não mudar qualquer hábito — afinal, os preços estão aumentando.

Dessa forma, além de investir em ativos ligados à inflação, é recomendado também revisar o modelo de consumo. Aqui, não falamos necessariamente de cortes de itens superficiais (embora, claro, possa ser necessário eventualmente), mas sim da substituição.

Se você tem o hábito de comprar chocolate importado, por exemplo, talvez valha a pena checar as opções nacionais. O mesmo vale para qualquer tipo de produto ou serviço. A pesquisa de preço é essencial para não estourar o orçamento doméstico durante um período de inflação elevada.

3. Aumente a prática da negociação

Conforme comentamos neste mesmo artigo, um dos grandes inimigos do consumidor é a inflação justamente porque ela reduz o nosso poder de compra. No entanto, o problema é mitigado se você conseguir manter o seu salário em linha com o aumento dos preços.

Uma forma de fazer isso é negociar o ganho mensal com a empresa para a qual você trabalha ou presta serviços. No caso de empresários, geralmente o preço acaba sendo repassado ao consumidor final, mas é preciso cuidado para não deixar o custo muito acima dos concorrentes.

Nem sempre a simples negociação será convertida em um reajuste salarial, porém a tentativa é válida. Além disso, a dica se estende também às compras. Peça descontos e prazos para pagar mais barato pelos produtos.

4. Tenha exposição à moeda estrangeira forte

Você já reparou que em períodos de crise o dólar tende a se valorizar diante do real? Isso não é uma simples coincidência: se há uma recessão, é natural que os investidores busquem ativos mais seguros. E os países emergentes acabam penalizados.

Desta forma, um caminho para se proteger da inflação é manter uma parte do seu patrimônio posicionado em uma moeda estrangeira forte, como é o dólar. Assim, durante esses movimentos mais defensivos da economia, essa parcela tende a se valorizar junto com o dólar.

Hoje em dia, é bem fácil de fazer esse tipo de investimento. Existem ETFs que replicam o desempenho da bolsa americana (IVVB11 e SPXI11, por exemplo), além de fundos de investimentos com foco no mercado estrangeiro.

Podemos mencionar ainda os Brazilian Depositary Receipts (BDRs), que são ativos emitidos pelas instituições financeiras replicando o desempenho de ações específicas de bolsas de valores internacionais.

5. Cuidado com investimentos atrelados aos juros

Por fim, é preciso ter cuidado ao investir em ativos atrelados às taxas de juros como forma de proteção contra a pressão inflacionária. Isso porque, especialmente durante ciclos de baixa dos juros brasileiros, pode acontecer de que essas taxas sejam inferiores ao IPCA. Ou seja, você corre o risco de aumentar o seu capital em uma proporção menor do a inflação.

Não é o que deve acontecer em 2022, pois a Taxa Selic se encontra em patamar elevado, bem acima da projeção de inflação. No entanto, no longo prazo, esse tipo de variação pode acontecer.

Não significa que os ativos atrelados aos juros sejam ruins. Eles são válidos para outras estratégias, como a manutenção de liquidez. No entanto, para o objetivo de proteção diante da inflação crescente, esses investimentos podem não ser suficientes a depender do cenário econômico. Portanto, saiba diversificar o seu patrimônio.

Seguindo essas dicas, você estará melhor preparado para lidar com períodos de pressão inflacionária e reduzir o impacto desse movimento econômico para o seu bolso.

Sobre o autor
Stéfano Bozza
Formado em Administração pela PUC-SP. Trabalhou em empresas do segmento financeiro (Itaú BBA) e varejo (BRMALLS) até 2016, quando iniciou a jornada de produção de conteúdo para a internet com foco em finanças.

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