Economia

Vendas no Natal sobem 10% neste ano, porém ficam abaixo de 2019

Alta do dólar, inflação e desemprego elevados e falta de confiança do consumidor são alguns dos fatores que barraram o aquecimento das vendas na data, segundo a Alshop

Data de publicação:28/12/2021 às 09:04 - Atualizado 2 anos atrás
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O Natal de 2021 registrou um aumento real de 10% nas vendas de lojistas de shopping em relação ao ano passado, mas ainda está distante de alcançar o patamar de 2019. Segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), cerca de 123,7 milhões de consumidores foram às compras nesta época natalina.

A Alshop estima que as vendas dentro dos shoppings alcancem R$ 204 bilhões no acumulado de 2021, o que representa um crescimento de 58% em relação a 2020, época em que os empreendimentos estavam afetados pela pandemia, com restrições de público. Se comparado ao faturamento de 2019, porém, é prevista uma redução de 3,5% das vendas.

Vendas sobem no Natal deste ano, porém ainda ficam aquém do volume obtido na data em 2019 - Foto: Reprodução

A alta do dólar, a inflação, o desemprego elevado, a falta de confiança do consumidor, a falta de matéria-prima e ainda a falta de produtos no mercado em vários segmentos são elencados pela Alshop como fatores que barram um aquecimento maior de vendas.

De acordo com o levantamento, cerca de 77% dos consumidores compraram lembranças como maneira de se conectar com as festividades de final de ano. E os presentes mais procurados nesta ocasião foram roupas (61%), brinquedos (37%), seguido de perfumes, cosméticos e calçados, ambos com 36%, e acessórios (24%).

Ainda segundo a pesquisa, as compras via e-commerce foram o principal canal de compras no Natal, com 45% da participação do público e as compras em shoppings atingiram 40%. Os dados nacionais foram colhidos de lojistas associados que representam cerca de 15 mil pontos de venda.

Contratações de temporários

A fim de atender as altas demandas esperadas para este ano, os varejistas recrutaram 94,3 mil trabalhadores temporários, com o salário médio mensal entre R$ 1.600,00 a R$ 1.900,00, e a taxa de efetivação em média de 14%.

Os segmentos que mais contrataram foram vestuário/acessórios/calçados, com 57,9 mil vagas, seguido de hiper e supermercados, com 18,9 mil vagas, artigos de uso pessoal e doméstico com 11 mil vagas, e móveis e eletrodomésticos, com 3 mil vagas.

Já os estados que mais contrataram foram São Paulo que lidera o ranking com 25,6 mil contratados, seguido de Minas Gerais, onde se contratou 10,7 mil e Rio de Janeiro com 7,2 mil contratados. / com Agência Estado

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