Variante delta não deve impedir retomada global forte, diz banco JPMorgan
Progresso contínuo das vacinações ao redor do mundo deve ajudar a frear esse movimento, segundo banco
O banco JPMorgan espera que a economia global siga acelerando na segunda metade de 2021 apesar dos riscos colocados pela variante delta do novo coronavírus, e na medida em que os "ventos contrários" da pandemia diminuem e a atividade do setor de serviços se normaliza.
Em relatório, o banco cita o caso do Reino Unido, onde as infecções vêm caindo "significativamente", sendo "um bom presságio" para regiões onde a variante delta ainda está em ascensão, mas com algum atraso em relação à experiência britânica.
"Não somos de forma alguma complacentes com o risco delta, com novos casos ainda surgindo em grande parte dos EUA e na Ásia, e com lockdowns sendo adicionados na Austrália esta semana", diz o JPMorgan.
"No entanto, com o progresso contínuo nas vacinações, qualquer nova tragédia relacionada à pandemia deve ser um obstáculo menor em uma recuperação robusta", afirma o relatório.
"Grande parte dos bancos centrais parece compartilhar de nossa perspectiva construtiva", aponta o JPMorgan, que indica que a disseminação da variante delta "parece ter pouco impacto em seus planos de normalização gradual" de economias desenvolvidas.
"Qualquer obstáculo no crescimento pela delta é considerado transitório", afirma, e cita posturas como a do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), que sugeriu riscos de curto prazo pela mutação, mas ainda assim adotou um tom mais duro.
Lucro líquido
Na temporada de balanços trimestrais, o JP Morgan registrou lucro líquido de US$ 11,9 bilhões no 2º trimestre deste ano, o que representou uma queda de 16% sobre o 1º trimestre – US$ 14,3 bilhões.
Sobre a mesma base comparativa de 2020, o montante recebeu um incremento de US$ 7,3 bilhões.
Já a receita líquida obtida no período foi de US$ 31,4 bilhões, que representou uma queda de 5% em relação ao montante acumulado no trimestre anterior, que foi de US$ 33,1 bilhões. Sobre o segundo trimestre de 2020, a redução foi de 7%.
Segundo o JP Morgan, o aumento do lucro líquido na comparação anual se deu pelo aumento da liberação de reservas de crédito no valor de US$ 3 bilhões. / com Agência Estado