Unifique precifica IPO em R$ 8,60 por ação e movimenta R$ 818 milhões
Provedora estreia na Bolsa na quarta-feira, 28
A Unifique Telecomunicações, operadora de telefonia de Timbó (SC), anunciou ter precificado em R$ 8,60 a ação na oferta pública de distribuição (IPO, em inglês) primária de ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal.
Com isso, a operação movimentou R$ 818,073 milhões. O valor por ação ficou perto do piso da faixa indicativa que ia de R$ 8,41 e R$ 10,49. O início das negociações na B3 está previsto para quarta-feira, 28, sob o código FIQE3.
No prospecto definitivo da oferta, a empresa informa que prevê a distribuição primária de 96.118.724 novas ações a serem emitidas pela companhia.
Considerado o lote suplementar, a Unifique estima que haverá 110.387.452 ações ON de sua emissão em circulação no mercado - o equivalente a 29,75% do seu capital social.
A operação tem como coordenadores o Itaú BBA (coordenador líder), a XP e o BTG Pactual e prevê esforços restritos de colocação das ações no exterior.
Segundo a companhia, os recursos líquidos provenientes da oferta primária serão destinados para investimentos em crescimento orgânico, aquisições estratégicas de outros players na Região Sul do país e na expansão da equipe técnica, comercial e de pesquisa e desenvolvimento, além de outros investimentos.
De acordo com Pesquisa de Satisfação e Qualidade Percebida realizada anualmente pela Anatel, a empresa apresenta a melhor banda larga e telefonia fixa do país. Até 31 de março, a companhia havia totalizado cerca de 318 mil acessos em Santa Catarina e Paraná.
Operadoras independentes na Bolsa
O IPO da Unifique reforça uma tendência, iniciada com a Desktop na última quarta-feira, 21, da abertura de capital de operadoras de internet independentes, com foco em regiões não atendidas pelas gigantes do setor, como TIM, Vivo, Claro e Oi.
A mudança no modelo de trabalho de presencial para home office, decorrente das medidas restritivas impostas pela pandemia de covid-19, favoreceram as provedoras de internet do interior do País, visto que milhões de pessoas deixaram de trabalhar nos grandes centros urbanos. / com Agência Estado