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Mercado Financeiro

Tudo sobre a indústria de Private Equity

Os Fundos de Private Equity podem oferecer retornos mais altos do que outros ativos, porém, é importante ter certos cuidados.

Data de publicação:16/05/2023 às 13:29 -
Atualizado um ano atrás
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Investir em empresas de capital aberto é uma forma de buscar o lucro no mercado financeiro ao aplicar o seu dinheiro. Não deixa de ser uma boa opção e pode fazer sentido dentro de uma carteira qualificada de investimentos. Mas já ouviu falar sobre private equity? É o caminho para investir em companhias de capital fechado.

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É um tipo de aporte que está se popularizando e chamando cada vez mais a atenção de quem possui alta renda. Investir via private equity é uma estratégia para diversificar sua carteira, proteger ao máximo o seu patrimônio e ainda alcançar retornos que costumam ser acima da média do mercado.

Basicamente, consiste na compra de uma participação em empresas não listadas na Bolsa de Valores, com o objetivo de gerar valor e depois, vender essa cota com lucro. Mas não se engane, isso não significa que está livre de riscos e muito menos que é fácil. 

Vale a pena conhecer um pouco mais sobre isso, compreendendo quais as vantagens e desvantagens. Logo abaixo, vamos falar os principais pontos que você precisa saber sobre private equity para investir.

O que é o private equity?

O termo "equity" quer dizer patrimônio e "private" significa privado. A junção das duas palavras faz com que a expressão private equity seja uma referência ao patrimônio privado.

Esse nome é dado para um tipo de investimento que é realizado por fundos especializados. O private equity é focado em ter participações em companhias de capital fechado, a fim de agregar mais valor para que no futuro seja possível a abertura do capital.

Depois de um tempo, quando o negócio ganha mais forma e se consolida, é a hora que possibilita conseguir lucrar através da venda da participação, como se fosse uma ação dentro do mercado.

E isso é o que beneficia muito as empresas que recebem os recursos. Pois no momento do investimento, se encontram em estágio e acabam por não atender aos requisitos mínimos para abrir o capital e estar de fato listada na bolsa.

Até porque se não fosse o private equity, essas companhias teriam que recorrer a outras opções para bancar seu crescimento e operações. Tal escolha traria como consequência dívidas com juros altos, de forma que esse endividamento poderia ser prejudicial para o fortalecimento do próprio negócio.

Inclusive, uma pessoa física pode investir em private equity, por mais que seja mais comum que fundos de investimento efetuem esse tipo de aporte.

Assim, os investidores se tornam gestores do negócio, não se limitando a ser apenas mais uma composição societária. Isso porque as pessoas podem se envolver também nas decisões estratégicas, opinar nos planos operacionais e táticos e também ajudar a decidir qual o rumo tomar em todos os setores, administrativo e comercial, por exemplo.

Colocar dinheiro em companhias de capital fechado abre oportunidades de que elas se consolidem no mercado. A ascensão do private equity criou interesse principalmente nos empreendedores e futuros empresários, por conta que com esse tipo de aporte é mais fácil expandir as companhias, aumentar a credibilidade e confiança no mercado, e ainda guinar o seu poder de migrar para o exterior.

E como funciona o private equity?

Encontrar lucratividade não é uma tarefa fácil, ainda mais em empresas que estão em fase de crescimento. Sem contar que existem diversas classificações para elas como de pequeno, médio e grande porte, de capital aberto ou fechado e em setores em alta ou não.

Mas, como escolher em qual deles apostar? O primeiro passo é alinhar as suas próprias características e objetivos com os da companhia, como se fosse um casamento. Nesse caso do private equity, a dica é agregar capacidade de gestão eficiente de um investidor-administrador com a necessidade de expansão do negócio.

Ou seja, por meio dos fundos de private equity, o que acontece é refinar a estrutura para auxiliar a empresa a romper a barreira de capital fechado. E vale lembrar que o retorno do investimento é a médio prazo.

A ideia principal do funcionamento é esperar o momento em que a ação será negociada na bolsa, pois assim, será possível colher os frutos e lucrar com a venda dessas participações. É aqui, no momento da Oferta Pública Inicial (IPO), que a parceria investidor-investimento costuma acabar.

Mas calma lá, e os fundos de private equity?

Como deu para perceber, para investir diretamente em private equity precisa de um alto poder de capital. São chamados de investidores qualificados com patrimônio acima de R$ 1 milhão. Mesmo que seja possível enquanto pessoa física, é mais viável optar por comprar cotas de um fundo.

É uma alternativa de alocar os recursos em empresas de diversos setores, diversificando os níveis de consolidação e expectativas de crescimento. Os fundos possuem a capacidade de ajudar os investidores a aprimorar o seu modelo de gestão e até a expandir a sua participação dentro do mercado financeiro.

Então, o lucro vem a passos lentos quando há o IPO. Os fundos de private equity normalmente estabelecem um prazo mínimo de investimento, o que enfatiza a importância de encaixar o tempo com o seu planejamento financeiro.

A estrutura de um fundo é constituída como uma sociedade limitada, permitindo um número restrito de investidores qualificados ou profissionais que aplicam. É gerenciado por uma equipe de profissionais que são treinados para encontrar oportunidades de investimento justamente nas empresas que apresentam potencial de retorno financeiro através do próprio crescimento.

Como pontuamos acima, os gestores possuem a possibilidade de participar das escolhas e contribuir na administração. Um fundo de private equity, na maioria das vezes, possui uma estrutura fechada e não permite fazer resgates antecipados de cotas.

Ao longo da sua existência, é uma aplicação que passa por três fases:

  • Captação: é o momento em que os recursos entram no fundo por meio da captação de cotistas de forma proporcional ao dinheiro que está sendo investido. Desta forma, tem como o fundo saber qual é o patrimônio disponível para montar a carteira.
  • Período de investimento: é a etapa em que o fundo escolhe as empresas promissoras e compra as posições, não esquecendo da tarefa de administrar o portfólio.
  • Período de desinvestimento: é a fase em que algumas companhias se valorizaram ou já são capazes de pagar proventos. É quando o retorno consegue cobrir o investimento inicial e ainda dá lucro.

Sendo assim, pode-se esperar que as aplicações maiores de dinheiro sejam no nascimento de um fundo e com uma grande expectativa de que a rentabilidade seja realmente alta caso a estratégia dê certo no fim.

Qualquer um pode investir ou tem um perfil certo?

É um tipo de investimento que não é muito acessível, uma vez que não está disponível para todo mundo. Se você quer investir neles, é preciso se classificar como um investidor qualificado. Ou seja, atestar R$1 milhão investidos de patrimônio ou ser um profissional certificado do mercado financeiro.

Também é normal que os fundos de private equity exijam um investimento mínimo para participar, limitando ainda mais o acesso a investidores menores ou até quem está começando.

Todas essas restrições têm um motivo: muito risco envolvido na estratégia de investimento. Além de que eles podem ter prazos de investimento e resgate mais longos do que outros tipos de fundos disponíveis.

Como investir em Private Equity?

Os Fundos de Private Equity podem oferecer retornos mais altos do que outros ativos, porém, é importante ter certos cuidados.

Por exemplo: o horizonte de retorno do investimento é de 10 anos ou até mais. Além disso, eles são destinados a investidores qualificados.

Para te ajudar neste caminho, a SVN Investimentos preparou um curso exclusivo com todas as informações necessárias para começar a investir e como selecionar os fundos de Private Equity. Saiba mais AQUI.

Entenda a diferença entre private equity e venture capital

Os conceitos de private equity e venture capital são bem similares. Isso porque os dois se referem ao investimento em empresas de capital fechado, o que costuma confundir bastante e gerar muitas dúvidas.

O foco do venture capital é em empresas com alto potencial de crescimento. Assim, quando recebem aportes, estão em uma fase mais inicial. Como são investimentos feitos em empresas supernovas no mercado, o risco também é mais alto do que o normal.

Outro termo que pode causar estranheza é o seed capital, que pode ser chamado de capital semente. Nesse caso, é quando a empresa ainda está em uma fase embrionária, ou seja, em um estágio mais novo do que se fosse um investimento em venture capital. Aqui, as ideias dos empreendedores não começaram a tomar forma e sair do papel.

A principal diferença desses dois tipos de investimentos para o private equity é que o aporte do dinheiro é feito em empresas que já passaram pela etapa do desenvolvimento inicial, não são nem muito recentes no mercado e muito menos embrionárias. Por mais que ainda não sejam líderes do setor ou tenham capital na bolsa, já se estabeleceram como negócios relevantes e com potencial de ascensão.

Para entender de uma vez por todas, veja resumidamente a definição básica desses três tipos de aplicações financeiras:

  • Private equity: voltado para empresas já estabelecidas e mais maduras, em um momento que precisam de dinheiro para crescer, se reestruturar e expandir suas operações.
  • Venture capital: focados em companhias que estão dando seus primeiros passos, ou seja, em fase inicial com grande potencial de se desenvolver, porém, ainda não estão consolidadas.
  • Seed money: é o capital inicial fornecido a uma empresa que não saiu do papel, que está tomando forma em seu estágio conceitual, aqui, o dinheiro seria destinado para financiar suas primeiras operações.

Além disso tudo, um ponto importante, é que o venture capital e o seed money envolvem maiores riscos, uma vez que são empresas que ainda estão em fase de desenvolvimento e consolidação. Isso quer dizer que podem não ter um modelo de negócio que se sustente no mercado.

O meio termo é um desafio. O cenário para investir nesse tipo de empresa possui dois lados completamente opostos. Um é a chance de um retorno imenso e o outro é o risco de não funcionar.

Então, quais são os riscos que devo tomar cuidado?

Perder dinheiro é a última coisa que um investidor quer, não é mesmo? E o que complica é que na maioria das vezes, uma boa rentabilidade está atrelada a um risco maior. Mesmo que o private equity apresente um risco menor que o venture capital e seed money, não deixa de ser mais arriscado que outro investimento no mercado de ações.

O motivo do risco, que pode ser visto como um ponto negativo, é que as empresas de menor porte estão mais propícias a enfrentar mais adversidades no mercado e assim, podem não resistir aos empecilhos, não evoluindo com o tempo.

Se alguma companhia do fundo de private equity não for para frente e não se desenvolver conforme a expectativa, o retorno pode ser bem ruim e ainda gerar prejuízo. O conselho para evitar de quebrar a cara é ficar atento à liquidez, pois como os fundos investem visando prazos muito longos, de 7 a 10 anos, as condições para resgate podem não ser flexíveis, piorando a situação.

E sim, não podemos esquecer das vantagens

Claro que há um lado bom em investir em private equity e duas das vantagens é o que já falamos, mas não custa reforçar: o menor risco em comparação com outros fundos de investimento em participações e a rentabilidade atrativa. Para quem tem interesse em empresas de capital fechado, pode ser a melhor opção e a mais segura também.

Ademais, outra vantagem é a grande variedade de negócios que estão buscando esse tipo de investimento. É uma forma de diversificar os setores e poder preferir tanto os mais conservadores como os mais inovadores. Por exemplo, ao comparar com as grandes companhias de capital aberto, esse tipo de investimento em private equity abre bem mais espaço para maior valorização.

Vale a pena ou não?

A resposta vai depender do seu objetivo. Afinal, o que pretende fazer com o dinheiro? E em quanto tempo? São fatores que guiam que tipo de ativo incluir no seu portfólio. Caso você seja um investidor comum, a orientação é estar sempre por dentro das novidades do mercado.

Por outro lado, se você já tem o título de investidor qualificado, vale analisar se esse tipo de investimento é mesmo adequado. Os fundos costumam cair bem para quem tem mais sangue frio e apetite ao risco, além do planejamento ser a longo prazo.

O private equity é o caminho para surfar na onda de empresas de capital fechado que apresentam alto potencial de crescimento. Mas antes, analise o seu perfil de investidor e verifique se o seu dinheiro pode mesmo ficar investido pelo tempo definido pelo fundo, sem complicar os seus demais compromissos financeiros.

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Mais Retorno
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