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Mercado Financeiro

Tesouro Direto lançará título voltado para aposentadoria dos investidores em 2022

Instituição também tem planos de desenvolver um título com foco em ESG

Data de publicação:27/12/2021 às 12:40 -
Atualizado 3 anos atrás
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Para comemorar 20 anos de atividade, o Tesouro Direto prepara o lançamento de um título voltado para aposentadoria individual dos investidores – o Tesouro Direto-Previdência - segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. O novo produto financeiro deve entrar no mercado em 2022.

Nesse modelo de investimento, haverá um período de acumulação, de 30 anos a 40 anos, no qual o aplicador não recebe o pagamento pelo Tesouro do fluxo de juros do papel. Somente após esses anos, o investidor passa a receber o pagamento mensal como se fosse uma aposentadoria. 

Tesouro Direto lançará título voltado para aposentadoria dos investidores em 2022
Tesouro Direto lançará novo título com foco na aposentadoria individual dos investidores em 2022 - Foto: Matheus Britto/Prefeitura Municipal do Jaboatão dos Guararapes

“Hoje, o mercado de previdência fala muito em rentabilidade. Não fica claro qual é a renda que o poupador vai ter. Temos que mirar a renda”, ressaltou o secretário do Tesouro Direto, Paulo Valle, em entrevista ao jornal.

Referências para a criação do novo título

O desenho do novo papel é inspirado nos estudos do Nobel de Economia, Robert Merton e do seu colega Arun Muralidhar. E mais recentemente também do brasileiro Fabio Giambiagi, que publicou um artigo sobre o tema, em conjunto com os colegas Mauricio Dias Leister, Arlete Nesse e André Dovalski, pela FGV

ESG

O Tesouro também está com planos em andamento para fazer emissões de títulos públicos atrelados aos princípios ESG de boas práticas nas áreas ambiental social e de governança.

Segundo o subsecretário da Dívida Pública do Tesouro, Otavio Ladeira de Medeiros, o governo está definindo quais são os indicadores que serão usados como referência para a emissão desse tipo de título. O processo começou esse ano e deve se estender ao longo de 2022.  

A ideia é que as emissões comecem no mercado internacional, como usualmente é feito em outros países. Mas com o passar do tempo poderão ser feitas no mercado doméstico de venda de títulos públicos. 

O ingresso nesse mercado pelo Tesouro Direto é considerado estratégico porque o mundo vive um momento de grande oferta de recursos, ao mesmo tempo em que investidores têm cobrado cada vez mais um compromisso firme com a pauta ESG - já existem fundos que aplicam seus recursos exclusivamente nesse tipo de ação.

Até agora, 22 países fizeram emissões de títulos públicos ligados ao "selo", número que tende a crescer rapidamente.

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