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Oferta Pública Continuada

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:19/10/2020 às 18:43 -
Atualizado 4 anos atrás
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O que é oferta pública continuada?

Oferta pública continuada é um meio facilitado da empresa emitir títulos e ter uma previsão dos seus investimentos. Mas, primeiro, você sabe o que é uma oferta pública?

É a venda de valores mobiliários (ações, debêntures, etc.) de uma empresa emissora, por meio do levantamento das intenções do mercado até o posicionamento real do público investidor.

Pode ser do tipo primária, quando a empresa emite novos títulos e esses recursos vão para o caixa, ou do tipo secundária, quando há a venda de ações já existentes, onde o capital vai de um investidor para o outro sem passar pelo caixa da companhia.

Quando a empresa coloca seus títulos à disposição dos investidores da Bolsa pela primeira vez, o nome do processo é Oferta Pública Inicial (IPO) e ele é útil como método de captação de recursos pelas empresas. Essa abertura de capital é monitorada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e possui algumas particularidades, como o quiet period.

O problema é que a IPO é bastante imprevisível e volúvel, ou seja, os títulos podem mudar de valor sempre que surge um novo interessado na empresa. Porém, se a oferta pública for continuada, por outro lado, a companhia já fixa uma remuneração que o investidor poderá receber — independente da oferta e demanda.

Quais são as desvantagens da oferta pública inicial para a empresa emissora?

Relação sócios vs. empresários

Se partes da companhia passam a pertencer aos investidores, haverá menos controle dos empresários próprios ligados a ela. E esse controle diminuído implica, por tabela, em mais responsabilidade. Assim, cada tomada de decisão feita pelo profissional executivo poderá impactar em uma dimensão maior que a habitual (antes da IPO).

Impossibilidade da venda de muitos papéis

O valor das ações está sempre oscilando e, embora os proprietários da empresa emissora consigam maior liquidez com a IPO, eles são impossibilitados de vender muitos papéis de uma vez porque isso pode gerar desconfiança no mercado.

Controle pela CVM

Ser de capital aberto significa ser vigiado pelo mercado e regulamentado pela CVM, que, sempre que necessário, vai averiguar o negócio. A entrada da Comissão na jogada pode favorecer a chegada de informações consideradas sigilosas a concorrentes ou outras pessoas indesejadas.

Assim, só faça a IPO quando tiver certeza que sua empresa está plena e regular.

Quais os diferenciais da oferta pública continuada?

Algumas dessas desvantagens da IPO podem ser mitigadas com o emprego da oferta continuada, entenda:

  • Menor preço

Normalmente, a oferta pública tradicional envolve milhões de reais por parte dos empresários. Os bancários viajam pessoalmente para encontrar grandes investidores e explicarem sobre a empresa emissora, por exemplo, o que envolve muitos gastos. Mas a parte burocrática pode ser economizada e o dinheiro dos investidores entram mais rápido para o caixa na oferta pública continuada.

  • Mais segurança ao investidor

Existem casos reais de investidores que, cientes da abertura de capital de uma empresa, investiram determinado valor e se frustraram quando a corretora informou que a remuneração mudou e que nem todos os títulos estavam disponíveis. Isso não acontece na oferta pública continuada, em que as taxas são fixas e bem consolidadas.

  • Menos radical que a listagem direta

A listagem direta é um meio de abertura capital em que a empresa não se vincula a nenhum banco de investimentos ou corretora, não explica de forma usual o porquê de suas ações serem lucrativas aos investidores e se os acionistas quiserem vender papéis e não houver compradores, os valores vão despencar.

Do outro lado, temos a oferta pública continuada, que é mais ágil e barata que a IPO e não possui esses riscos, já que não dispensa as instituições financeiras.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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