Gestão de Investimentos
O que é gestão de investimentos?
O ambiente de taxas de juros baixíssimas faz surgir todos os dias empresas que se promovem como casas de gestão de investimentos. A fórmula é repetida à exaustão: uma celebridade qualquer informa que obteve ganhos rápidos, mesmo sem saber como seu dinheiro foi aplicado.
Esse desconhecimento não causa estranheza porque o negócio é vendido como sendo um segmento novo, muitas vezes encaixado como “forex” (moedas internacionais) ou moedas virtuais.
Engana-se quem pensa que ele é apenas para os desavisados. Até mesmo pessoas com alguma vivência pulam de cabeça, pois precisam dar um “match” entre o seu padrão de vida e os investimentos com juros cada vez menores.
Os altos ganhos prometidos são “bancados” pelos novos participantes que são convidados a entrar no jogo, em um típico esquema de “pirâmide financeira” baseado na velha e boa recomendação de um amigo, vingando o ditado:
“Quando uma pessoa com dinheiro encontra uma pessoa com experiência, a pessoa com experiência fica com o dinheiro e a pessoa com dinheiro sai com a experiência.”
Para que você não enriqueça os outros tentando enriquecer a si mesmo, veja na sequência o que é a gestão de investimentos.
O que é um gestor de investimentos?
Com registro concedido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ele é um profissional habilitado para administrar carteiras de valores mobiliários. Ele pode ainda atuar como administrador fiduciário, o que quer dizer que também faz a custódia (“guarda”) dos ativos adquiridos.
Seu trabalho é elaborar, executar e monitorar uma carteira de investimentos, com base nos parâmetros que lhe foram passados. Sua remuneração é por meio da taxa de gestão (administração), que se aplica sobre o montante total. Normalmente ele está na indústria de fundos.
Uma função semelhante é exercida pelo consultor de investimentos que, não possuindo vínculo direto com uma instituição financeira, auxilia as pessoas físicas na gestão de suas carteiras. Profissional igualmente capacitado, ele também é registrado na CVM.
Quais os principais tipos de gestão de investimentos?
Gestão ativa
Nesse formato, o gestor possui experiência e equipe para explorar um determinado mercado. Pelo seu trabalho e conhecimento, cobra uma taxa de administração mais alta, além da taxa de performance, quando ultrapassa uma meta de desempenho.
Gestão passiva
Um ou mais fundos negociados em bolsa, conhecidos como Exchange Traded Funds (ETFs), são usados como instrumentos de gestão de investimentos. Essa estratégia é para quem quer participar de um determinado setor de forma simples e acessível. Sem a participação direta de um gestor, é como uma aplicação em piloto automático.
Quais as melhores dicas para uma boa gestão de investimentos?
Riscos
Uma carteira de investimentos inclui aplicações com variados graus de risco. O objetivo é aumentar o patrimônio sempre, mesmo que você não controle todas as variáveis (troca de governos, crises, novos impostos, etc.), o que leva ao próximo ponto.
Consistência
Olhar para a aplicação que rendeu mais no ano passado e trocar de posição não é uma “estratégia”, e nem é algo muito inteligente. Afinal, o contexto é outro. O correto é procurar quais opções sofreram menos oscilações ao longo dos anos.
Conhecimento
Para quem desconhece um determinado setor, mas ainda assim quer experimentar, o melhor é colocar o dinheiro aos cuidados de um gestor especializado. Não tente fazer tudo sozinho e evite ser contaminado pela opinião de amigos e parentes (lembra do começo desse artigo?).
Qualidade
Tudo tem o seu preço. Evite aplicar sem um fundamento (apenas porque está barato).
Persistência
Tão importante quanto todas as dicas anteriores. Investir é para o longo prazo. Não entre em pânico na primeira reversão do mercado. Os preços exorbitantes dos ativos, 11 anos após a crise de 2008, são a mais perfeita prova de que o mundo não acaba, nunca.