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Endividamento Total

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:19/05/2021 às 03:33 - Atualizado 3 anos atrás
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O que é Endividamento Total?

O endividamento total faz parte de uma série de indicadores de análise financeira. Este, especificamente, é capaz de demonstrar quanto do capital de uma empresa é proveniente de terceiros, e quanto é advindo dos próprios recursos.

O endividamento total também é conhecido como índice de endividamento geral (EG). O cálculo desse indicador é feito a partir das informações apresentadas pelo balanço patrimonial da empresa, como ativos e passivos.

Para que você consiga compreender melhor, vamos esclarecer alguns conceitos básicos.

Os ativos representam todo dinheiro que a empresa ganha, enquanto os passivos representam todo dinheiro que a empresa deve. Este último é dividido entre circulante e não circulante, que significam dívidas de curto e longo prazo, respectivamente.

Alguns exemplos de ativos podem ser o dinheiro que a empresa recebe todo mês através das vendas, maquinários, imóveis e assim por diante, enquanto alguns exemplos de passivos podem ser as contas a pagar (água, luz, internet, etc.), financiamentos, empréstimos, entre outros.

Em outras palavras, ativo é todo dinheiro que entra na empresa, enquanto passivo é todo dinheiro que sai. A diferença entre esses dois componentes do balanço patrimonial é o que chamamos de patrimônio líquido - capital que sobra após todas as obrigações serem cumpridas.

Uma vez que você tenha entendido isso, ficará mais fácil de interpretar o termo "capital de terceiros", já que ele está diretamente relacionado aos passivos que são necessários para que a empresa possa gerar seus próprios ativos.

Por exemplo: uma companhia pode solicitar um empréstimo ao banco para comprar novas máquinas. O empréstimo será considerado uma dívida; algo a ser pago, enquanto a máquina e produção realizada serão consideradas ativos.

Por essa razão, os passivos também podem ser chamados de participação do capital de terceiros nos recursos total da empresa (PCT).

Em alguns cálculos de balanço patrimonial, utiliza-se essa sigla como referência. O endividamento total vem nos mostrar justamente a porcentagem desse PCT em comparação ao lucro que a companhia tem a partir do próprio capital.

Como o Endividamento Total funciona?

Esse indicador é demonstrado a partir de uma cálculo muito simples: basta somar o passivo circulante ao passivo não circulante, e dividir o resultado pelo total de ativos que a companhia possui - patrimônio líquido.

Supondo que a soma dos passivos seja equivalente a R$ 10.000,00 e o patrimônio líquido da empresa seja de R$ 30.000,00, o resultado dessa divisão será 0,35 - transformando em porcentagem, o endividamento total da companhia será de 35%.

Esse é um resultado muito bom, pois espera-se que as empresas apresentem um nível de endividamento abaixo de 50%. Isso garante que os ativos são suficientes para pagar as dívidas, e que a maior parte do lucro é proveniente de recurso próprio.

Além disso, possuir um baixo nível de endividamento total representa maior capacidade de reinvestimento em si mesma - aspecto bastante observado pelos investidores quando buscam por ações na Bolsa de Valores.

Uma empresa com maior porcentagem de capital próprio do que de endividamento total mostra que é capaz de gerar receita e, consequentemente, ser altamente valorizada no mercado!

Além do Endividamento Total, existem outros?

Conforme falamos no início do artigo, o endividamento total é apenas um entre milhares de indicadores de análise financeira. Além do EG, os mais utilizados por gestores costumam ser a margem líquida, índice de empréstimos, liquidez corrente e índice de cobertura de juros.

Cada um deles possui fórmulas e funções específicas, entretanto, é importante que sejam analisados em conjunto. Analisar qualquer tipo de índice de maneira isolada pode levar o gestor ou o investidor a sérios erros sobre a verdade situação financeira de uma companhia.

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