Economia agrícola
O que é economia agrícola?
Economia agrícola é o estudo dos fundamentos que influenciam o setor agrícola e como ela afeta a economia como um todo.
Dessa forma, a ciência se ocupa de como nós utilizamos a terra, o trabalho e o capital para produzir alimentos e distribuí-los na sociedade.
Como se encontra a economia agrícola do Brasil?
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, o PIB do ramo agrícola do agronegócio cresceu 14,46% no primeiro semestre de 2021, com destaque para a agricultura.
O país tem como o agronegócio a principal atividade desde o século XIX, na República Velha. O principal produto é a soja.
A partir da década de 70, o setor começou a se modernizar bastante, com o uso da energia elétrica, a mecanização do campo e uma maior variedade de fertilizantes, por exemplo.
O uso de sensores para obter informações sobre as plantações, drones, softwares, biotecnologia, entre outros, são algumas das tendências mais atuais para os setores agrícolas.
Que fatores têm limitado o desenvolvimento da economia agrícola?
Apesar de representar cerca de R$ 100 bilhões das exportações do país, a economia agrícola ainda enfrenta algumas barreiras.
Clima desfavorável
Os empreendedores do setor têm de lidar com os períodos de chuvas e de estiagem, além das pragas nas lavouras.
Falta de políticas econômicas saudáveis
O mercado agrícola dificilmente se desenvolverá em um cenário de alta taxa de juros, inflação e falta de infraestrutura.
Sistema tributário
Uma vez que boa parte dos produtos agrícolas são exportados, a carga tributária deveria ser compatível com a dos países competidores. Na verdade, muitos produtos importados acabam chegando até mais barato, o que prejudica também o mercado interno da nossa economia agrícola.
Como se beneficiar da economia agrícola brasileira nos investimentos?
Se você tem interesse de investir na atividade que é, praticamente, o motor do país, confira as opções:
Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)
As letras de crédito são títulos emitidos por bancos que, no caso da LCA, servem para emprestar dinheiro aos produtores rurais.
Para simplificar: é como se você estivesse emprestando o dinheiro que você poupa para que os empreendedores do campo desenvolvam seus negócios.
O banco serve como instituição financeira que garante e organiza essa operação.
Certificados de Recebíveis Agrícolas (CRA)
O CRA também é um título destinado a financiar projetos agrícolas.
Mas é necessário ter pelo menos R$ 100 para cada papel e, embora sejam emitidos pelos bancos, a instituição não garante (sem FGC).
Para compensar, esse investimento tem um retorno mais elevado que a LCA, além de ser isento do Imposto de Renda (IR).
Fundos de Investimento para as Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro)
Os fundos do Fiagro, por sua vez, permitem que o investidor se torne “proprietário” de uma fração de uma empresa ou imóvel rural. Mas é possível também, no mesmo fundo, comprar LCA e/ou CRA. Semelhante aos fundos imobiliários, eles são isentos de IR.
Porém, como todo fundo, é interessante pesquisar bem sobre o gestor. É ele quem decide que propriedades serão compradas com os recursos dos cotistas e, para que o empreendimento se dê de forma bem sucedida, são muitos fatores envolvidos, como tipo de terra, logística, microclimas etc.
Ações
As boas e velhas ações de empresas como Biosev (álcool e açúcar), Marfrig e Camil podem ser ótimas opções para se expôr ao mercado agro também.
Com apenas R$ 10 já é possível comprar ações fracionárias de organizações como essas.
Fundos de Investimento Imobiliário (FII)
Mesmo tendo os Fiagro, ainda existem FII voltados para a economia agrícola. A desvantagem é que o investimento é geralmente mais alto — em torno de R$ 1000 por ativo.