Caderneta de Poupança
O que é Caderneta de Poupança?
Tida por gerações como uma forma segura de manter o dinheiro, a caderneta de poupança ainda é preferência entre os brasileiros. No entanto, por conta da sua rentabilidade ser cada vez menor, outras opções de investimento mais acessíveis têm estimulado mais pessoas a buscarem alternativas melhores do que a poupança.
Quando falamos de "poupança" em si, nos referimos ao ato de poupar, de ter uma reserva para qualquer eventualidade que apareça fora do orçamento. Já a caderneta de poupança, ou conta poupança, foi sinônimo de investimento no passado, mas foi perdendo sua atratividade após as mudanças no cálculo de juros, a partir de 2012.
Afinal, mesmo a chamada reserva de emergência pode ser aplicada em investimentos com mais retorno e alta liquidez.
Para que serve a caderneta de poupança?
A caderneta de poupança foi criada pelo imperador por D. Pedro II, em 1861, para que os mais pobres também pudessem guardar o dinheiro de forma segura.
Ela chegou a ter um reajuste, como uma espécie de correção monetária, como forma de proteger os poupadores contra a inflação. Na década de 1980, a correção mudou de mensal para diária, já que a inflação mudava muito.
Nesse período também foi criada a data de “aniversário” da poupança, de forma que agora o retorno só é efetivamente validado para o investidor a cada 30 dias (e não todos os dias como acontece com outros investimentos de renda fixa).
Como é o cálculo do rendimento da poupança?
De acordo com o Banco Central, a remuneração da poupança que atende às regras de 2012, é feita sob dois cálculos:
- Pela remuneração básica, dada pela Taxa Referencial (que está zerada atualmente);
- Pela remuneração adicional, o que corresponde a:
- 0,5,% ao mês quando a meta da taxa básica de juros (Selic) for superior a 8,5% ao ano, ou;
- 70% da taxa Selic ao ano, a cada mês e vigente na data de início do período de rendimento, quando a meta da taxa Selic for igual ou inferior a 8,5% ao ano.
Como abrir uma conta poupança
Abrir uma caderneta de poupança é um procedimento simples, embora nem todos os bancos a ofereçam. Para criar uma, são necessários somente um documento de identificação com foto (RG ou carteira de habilitação) e comprovante de residência. Algumas instituições podem pedir comprovante de renda.
A caderneta de poupança permite que se faça transações financeiras, como depósito, transferências e saques e pode ser vinculada a uma conta corrente. Por ser uma forma ainda prática e mais conhecida, ainda é a preferência dos brasileiros.
Quem ainda investe na caderneta de poupança?
De acordo com a edição de 2019 do Raio-X do Investidor, feita pela Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima) com o apoio do Datafolha, 88% dos brasileiros ainda deixam seu dinheiro na poupança.
A falta de conhecimento sobre o mercado financeiro tem feito com que os fãs da poupança percam dinheiro devido a seu baixo rendimento e à inflação (que atualmente tem grandes chances de gerar juros reais negativos).
Por que sair da poupança?
Em um período em que a taxa Selic está bem abaixo do parâmetro de 8,5% do cálculo da caderneta, você pode imaginar a quantas anda o rendimento dela.
Se a Selic está baixa por si só, a poupança ainda rende apenas 70% dela ao ano. Ou seja, o rendimento da poupança é menor do que outros investimentos de renda fixa.
Além disso, o pagamento dos juros da poupança só acontece uma vez a cada 30 dias corridos, na data de “aniversário” do depósito. A rentabilidade ainda é calculada sobre o menor saldo no período. Por outro lado, outras aplicações em renda fixa oferecem remuneração diária.
Impacto da inflação na rentabilidade da poupança
A caderneta de poupança ainda perde seu valor real por conta da inflação, que calcula o aumento do nível geral de preços dos produtos e serviços da economia.
Com isso, o dinheiro praticamente parado na poupança, com rendimentos muito baixos, não acompanha esse aumento e perde valor. Ou seja, paga-se mais caro pelos bens e serviços no futuro, que o retorno obtido pelo investimento na caderneta de poupança.
A inflação afeta a rentabilidade real das aplicações em renda fixa. O baixo retorno tem feito com que poupadores começassem a investir em outras opções de renda fixa, ainda que de forma mais conservadora, como forma de obter rentabilidade mais atrativa.
Investimentos alternativos à poupança
Entre os principais investimentos em renda fixa e que dão mais retorno do que a poupança, com risco menor ou equivalente, estão: