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Balcão

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:29/03/2019 às 20:49 -
Atualizado 6 anos atrás
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O que é mercado de Balcão?

O mercado de balcão é onde são realizadas as operações fora de um ambiente de bolsa. Seus negócios podem ser conduzidos tanto diretamente entre as partes como por meio de uma instituição financeira.

Ele é bastante útil para a negociação de ativos cuja complexidade ou exigências para a listagem em bolsa tornam o seu custo impeditivo. Nos mercados financeiros internacionais, por exemplo, são encontrados:

  • Ações de pequenas empresas;
  • Títulos de dívida - corporativos, municipais e de emergentes;
  • Recibos de depósitos de empresas estrangeiras - a exemplo dos American Depositary Receipts (ADRs), negociados no mercado norte-americano e dispensados de determinadas normas.

Quando intermediados por uma ou mais instituições financeiras, essas atuam como market makers; ou seja, oferecem liquidez ao colocarem diariamente cotações para compra e venda de um determinado ativo.

Quais as limitações de um mercado de balcão?

Uma das características que marcam esse tipo de mercado é a pouca informação pública disponível. Isso se deve às mínimas exigências impostas pelas autoridades regulatórias, visto o seu entendimento de que se tratam de atividades habituais, conduzidas por pessoas conhecedoras do negócio.

Entretanto, por serem realizadas fora de uma bolsa, elas não contam com uma estrutura mitigadora de riscos. Assim, seus agentes ficam expostos a:

  • Risco de liquidez – os ativos são menos negociados, reduzindo o número de participantes interessados;
  • Risco de mercado – em função do risco anterior, os preços sofrem grandes oscilações, trazendo ao mesmo tempo volatilidade e altos spreads (diferença entre as cotações de compra e de venda);
  • Risco de crédito  – sem a presença de uma contraparte central para garantir todas as operações, a exemplo de uma clearing, o risco de inadimplência é real;
  • Risco da operação – inexistência de sistemas de segurança para evitar fraudes e registros inconsistentes.
    Esse quadro começou a mudar a partir das iniciativas implementadas após a crise de 2008. Várias autoridades globais, representadas pelo Financial Stability Board (FSB), impuseram que operações com derivativos passassem a ser liquidadas por meio de uma câmara de compensação.

O aperto na regulamentação surtiu o efeito desejado de tornar esse sistema mais seguro; com operações mais transparentes e padronizadas, as ordens são executadas e as operações liquidadas sem sustos.

Quais as operações realizadas no mercado de balcão brasileiro?

O mercado de balcão negocia os mais diversos títulos e contratos no Brasil, como ações, BDRs, Fundos Imobiliários, entre outros. Dentre esses ativos, se destacam:

Contrato a termo

Seu modo de funcionamento é bastante simples: as contrapartes definem o ativo, seu preço e a data futura para a entrega.

Como é elaborado de acordo com as necessidades dos agentes, ele não segue um padrão específico. Além disso, sua aplicabilidade não se limita a ativos financeiros.

Tendo o objetivo de assegurar um preço para um bem cujo valor pode oscilar, os contratos a termo também são usados no mercado de energia elétrica.

Sua principal limitação é o fato dele não permitir qualquer alteração, dado que não pode ser desfeito ou transferido a terceiros sem causar prejuízos às partes.

Swap

No caso do swap, as operações são intermediadas por uma instituição financeira. Ela é a responsável por efetuar a troca nos parâmetros de remuneração de um determinado fluxo de caixa.

Por envolver um indicador, índice ou moeda, o swap visa proteger um passivo; ou seja, as dívidas contraídas por uma empresa ou governo.

Nesse tipo de contrato, o banco pode atuar de 2 formas:

  • Swap dealer: ele é uma das contrapartes;
  • Swap broker: ele é o intermediário de agentes com fluxos opostos e que querem efetuar a troca.

Chegada a data de vencimento da operação, a compensação é feita financeiramente, por meio dos respectivos débitos e créditos. Tal como no contrato a termo, o swap também não pode ser desfeito antes do prazo.

Porém, a instituição financeira pode optar entre colocá-lo na sua carteira própria, como proteção contra as suas outras operações ou buscar uma outra contraparte.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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