Risco Operacional
O que é Risco Operacional?
O risco operacional engloba todas as possíveis falhas internas de organizações ou investimentos capazes de gerar algum prejuízo.
Você já notou como falhas humanas, sistemas defeituosos e danos diretos aos ativos físicos, entre outras situações, são fatores determinantes para que perdas financeiras ocorram - acima de todos as outras condições externas “imprevisíveis”?
Se você possui interesse em se aprofundar no gerenciamento dos riscos operacionais, aprendendo mais sobre as suas principais características e estando apto a identificá-los em sua própria empresa e/ou investimento, continue lendo.
Essas e outras informações estão ao seu alcance, logo abaixo.
Como os riscos operacionais funcionam?
Em geral, as perdas resultantes de riscos operacionais mal gerenciados ocorrem de três formas:
Falhas
Comportamentos anormais, considerados defeitos de funcionamento.
Por exemplo: erro humano, defeitos em sistemas tecnológicos, etc.
Deficiências
Ausência de estruturas (planos, departamentos, profissionais etc.) importantes para o processo organizacional.
Por exemplo: A falta de planos de contingência, a ausência departamentos de gerenciamento de riscos, etc.
Inadequações
Procedimentos que fogem dos padrões estabelecidos.
Por exemplo: O descumprimento de dispositivos legais que, quando detectado, gera sanções, etc.
Quantos tipos de risco operacional existem?
Embora nenhum risco seja totalmente controlável, é, sim, possível antecipá-lo e planejar ações que mitiguem as suas chances de incidência e extensão de danos.
Para isso, é necessário antes compreender a que categoria de risco operacional ele pertence e o tipo de desvio que o provoca.
Em geral, existem três categorias de risco operacional: o risco organizacional, o risco de operação e o risco de pessoal.
Riscos organizacionais
Segundo o Sebrae, 1 em cada 4 empresas fecham antes de completar 2 anos de criação. Você já se perguntou o porquê?
Via de regra, muitas empresas não possuem uma gestão estruturada. O planejamento de longo prazo é suprimido pela ânsia de lucro a curto prazo, a formalização de fornecedores e funcionários é precária e os processos não são claros.
Em suma, a direção, que deveria gerir e guiar a organização, não cumpre o seu papel de comandante da atividade empresarial.
E quando isso acontece, as ameaças decorrentes da falta de referência estratégica são chamadas de riscos organizacionais.
A empresa pode até sobreviver (com sorte) ao primeiro biênio, mas se não investir no gerenciamento de riscos, é mais provável que feche as portas até a conclusão dos primeiros 5 anos. Como 50% dos empreendimentos, ela também sucumbirá diante dos riscos organizacionais.
Riscos de operação
Com os avanços tecnológicos, é até difícil citar quantos sistemas informatizados mantêm uma empresa funcionando hoje em dia.
Contudo, mais importante até do que a sua utilização, é controlar o seu perfeito funcionamento.
Sistemas de informação desatualizados, de qualidade inferior e oriundos de acordos unicamente verbais com fornecedores, estão fadados a gerar prejuízo. Seja por defeitos técnicos, seja por apresentarem brechas procedurais de segurança, os riscos de operação afetam a capacidade da empresa de cumprir até as suas funções mais básicas.
Riscos de pessoal
A qualificação dos colaboradores pode ser a maior força ou a maior fraqueza de uma organização.
Isso porque grande parte do trabalho, principalmente em níveis estratégicos mais elevados, é realizado por seres humanos.
São eles que entram em contato com clientes e fornecedores, definem planos de ação de alta importância e retorno e, em alguns casos, também produzem diretamente o item comercializado pela a empresa.
Por esse motivo, quando o risco de falha humana, fraudes e desmotivação (chamados, em conjunto, de riscos de pessoal) não é devidamente administrado, a empresa se torna muito mais suscetível a todo tipo de perda e prejuízo.
Aqui, a raiz do problema é a própria base institucional.
Como os riscos operacionais influenciam os investimentos?
Até o momento, só tratamos da gestão de riscos operacionais sob o ponto vista empresarial.
Mas se engana quem pensa que apenas empresários estão sujeitos a eles.
Investidores também estão expostos a riscos operacionais em cada negociação, por desvios como:
- Erros de digitação;
- Fraudes na instituição emissora;
- Queda de sistemas e/ou conexão de internet;
- Sanções por parte da instituição mediadora ou de ordem legal.