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Mercado Financeiro

Será que a bolsa vai reagir depois de cair 5,5% em dois dias? Política fiscal e privatizações preocupam

Ambiente é de incerteza muito grande em relação à política econômica do futuro governo

Data de publicação:11/11/2022 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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Após a forte queda de 3,35% nesta quinta-feira, 10, a maior desvalorização em apenas um dia desde novembro de 2021, é possível que a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, passe por uma recuperação nesta sexta-feira, 11. Somado à queda de 2,22%, do dia anterior, o Ibovespa acumula baixa de 5,50% em apensas dois dias. Mas o pano de fundo do cenário interno está carregado de tensões.

Especialistas comentam que o mercado trabalha em um ambiente de incerteza muito grande, principalmente em relação à política econômica do futuro governo. E esse sentimento de insegurança deve continuar dando tom aos mercados, bastante sensível às declarações, ou à falta de uma postura mais clara, em relação à política fiscal e contrárias ao programa de privatizações

Bolsa
Bolsa cai, descolada do exterior | Foto: Reprodução

Preocupações com o teto de gastos

O mercado reagiu negativamente às declarações por mais gastos sociais do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, sem indicação das fontes de financiamento para bancar os custos. Falas que têm provocado mal-estar entre os investidores, que temem o desrespeito ao teto de gastos.

À falta de claro compromisso com o controle das contas públicas, uma das principais preocupações do mercado, desagradou aos investidores ainda a posição de Lula contra as privatizações.

“O mercado está preocupado com a quebra do teto de gastos e é isso que tem feito o Ibovespa cair forte e o dólar subir com força”, avalia Rodrigo Cohen, educador financeiro e analista CNPI.

Inflação também preocupa a bolsa

Preocupado com os temas domésticos, relacionados à política econômica do presidente eleito, e à espera de definições de nomes da equipe econômica, sobretudo de quem comandará a Fazenda, o mercado tem trabalhado descolado do cenário internacional.

Outra preocupação dos investidores é com a inflação. Não propriamente com a virada da deflação, após três meses de inflação negativa, mas com alta acima da prevista do IPCA, que cravou 0,59% em outubro. “Chamou a atenção a inflação mais alta em alimentação, bebidas, vestuário, saúde e cuidados pessoais”, aponta Cohen, que reflete, segundo ele, o aquecimento da economia, incentivado por auxílios sociais.

A perspectiva de piora fiscal combinada com uma inflação acima das expectativas pressionou os juros, com a abertura da curva de taxas futuras, impactando negativamente as empresas de varejo na bolsa.

O sentimento de insegurança levou os investidores à busca de proteção no mercado de dólar, que encostou em R$ 5,40 – fechou cotado por R$ 5,39, valorização de 4,10% no dia. Isso embora a inflação abaixo da esperada nos Estados Unidos tenha levado o mercado a apostar fichas em uma alta menor dos juros americanos em dezembro.

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Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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