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Jive e Mauá
Mercado Financeiro

Semana deve ser marcada por ruídos políticos e mercado atento à CPI da pandemia

A nova semana, apesar do feriado de Tiradentes na quarta-feira, chega com aumento de ruído político e possível clima de maior estresse no mercado financeiro. A…

Data de publicação:19/04/2021 às 08:16 -
Atualizado 3 anos atrás
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A nova semana, apesar do feriado de Tiradentes na quarta-feira, chega com aumento de ruído político e possível clima de maior estresse no mercado financeiro.

A expectativa é que a CPI da pandemia para apurar as ações do governo no combate ao coronavírus seja instalada nesta semana – ou na próxima terça-feira ou na quinta, de acordo com a previsão de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado.

Mercado: cenário político e pandemia mantêm investidores cautelosos nesta terça-feira
CPI da pandemia e Orçamento devem causar mais tensão no mercado financeiro nesta semana - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

É uma semana também que marca o fim do prazo que o presidente Jair Bolsonaro tem para sancionar, com veto ou sem, o Orçamento 2021 aprovado pelo Congresso, no dia 22.

São dois eventos com potencial para elevar a temperatura política e atiçar as incertezas de investidores e dos mercados, de acordo com os especialistas. A largada da CPI pode expor possíveis omissões e falhas em ações de combate à pandemia que coloquem em xeque o governo.

O interesse pelo Orçamento tem como foco a acomodação de despesas, sobretudo as derivadas de emendas parlamentares, de tal forma que não coloquem em risco o teto de gastos. “

O mercado financeiro está muito atento a esse ponto, porque o respeito ou não ao teto de gastos vai dar importante sinalização sobre o risco fiscal”, afirma Davi Lelis, sócio da Valor Investimentos.

Uma percepção de fura-teto que ignore a Lei de Responsabilidade Fiscal, segundo Lelis, pode levar o investidor a uma corrida de fuga do risco, como a bolsa de valores, para o dólar.

Davi explica que risco fiscal é diferente do risco de crédito, uma consequência da oscilação de taxas e preços no mercado. Já o risco fiscal é a possibilidade de um calote, de o investidor não receber o dinheiro investido, por exemplo, em títulos da dívida pública.

A semana chega carregada de incertezas, a dúvida é saber em que direção se lançará o olhar do investidor para a tomada de decisões.

Na semana que passou, os investidores deram as costas para o agitado cenário político doméstico, e se apegaram às boas notícias no varejo.

Tanto às expectativas de expansão das vendas e dos lucros do setor, como consequência da aceleração do programa de vacinação, como às perspectivas de novos negócios de aquisições e fusões entre empresas.

Para Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, o mercado vai ficar de olho na dinâmica positiva do varejo, especialmente neste momento que São Paulo flexibiliza as regras impostas na fase mais restritiva do programa de combate à disseminação do coronavírus.

Andando a reboque desse otimismo com o varejo e de carona no bom momento das commodities no mercado internacional, que favorece as companhias exportadoras de minério de ferro e de proteína animal, a bolsa de valores, a B3, colecionou cinco altas consecutivas na semana.

Um desempenho que rendeu uma valorização de 2,93% no período e assegurou o fechamento do Ibovespa em novo patamar, 121.113,93 pontos, o mais elevado desde 18 de janeiro de 2021.

Covid-19: aumento de casos e racha entre os médicos por tratamento precoce

Além da turbulência política e o aumento progressivo de casos de morte por conta do coronavírus, a adoção do chamado tratamento precoce da covid-19, que reúne medicamentos ineficazes ou ainda sem evidência sobre a doença, já provoca um racha em entidades médicas.

Isso levou alguns profissionais a entrarem com representação no Ministério Público Federal contra o Conselho Federal de Medicina (CFM).

Embora diversos estudos científicos já tenham mostrado que drogas como hidroxicloroquina e a azitromicina não funcionam contra o coronavírus, após um ano médicos de todo o Brasil continuam a prescrevê-las.

Futuros operam entre perdas e ganhos nos Estados Unidos

Após concluir o pregão na última sexta-feira com novas máximas históricas, as bolsas de Nova York operam, nesta segunda-feira, 19, com os contratos futuros operando entre perdas e ganhos, com a recuperação econômica global e as perspectivas de lucros corporativos influenciando o sentimento dos investidores, apesar do aumento das infecções por covid-19.

Além de serem impulsionadas por indicadores que levaram otimismo ao mercado por uma retomada na economia global, os balanços trimestrais dos bancos chegaram a impulsionar ações do setor, com números acima do esperado por analistas.

Na última sexta-feira, os papeis do Dow Jones e S&P 500 renovaram recordes de fechamento. O Dow Jones fechou em alta de 0,48%, aos 34.200,67 pontos, o S&P 500 encerrou com avanço de 0,36%, aos 4.185,37 pontos, e o Nasdaq, de 0,10%, aos 14.052,34 pontos. Na semana, houve altas de 1,18%, 1,38% e 1,10% em cada índice, respectivamente.

Segundo Filipe Teixeira, sócio da Wisir Research, algumas turbulências podem surgir no mercado à tensão entre os Estados Unidos, Rússia e a China.

Nesta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se encontra com congressistas para falar sobre o pacote de infraestrutura de US$ 2,3 trilhões. De acordo com analistas da Ativa Investimentos, trata-se do segundo encontro para aparar arestas sobre os gastos em 8 anos, com elevação de impostos para compensação no dobro do tempo.

Cúpula do clima coloca Brasil em destaque sobre questões ambientais

Em paralelo, acontece nesta semana a cúpula do clima, que será virtual, e as atenções do mundo recairão sobre o Brasil, por conta da relação atual bastante sensível entre o País e os Estados Unidos, o maior financiador do mundo de políticas de prevenção de clima.

Desde a eleição do presidente americano Joe Biden, o presidente Jair Bolsonaro soube que precisaria mudar sua política externa se quisesse manter os canais abertos com a Casa Branca.

As notórias diferenças entre os dois líderes e a torcida de Bolsonaro por Donald Trump colocavam Brasília em choque com a nova era inaugurada em Washington.

Biden manteve o pragmatismo no trato com o Brasil, mas o maior desafio na relação bilateral ocorrerá nesta semana. Será a primeira vez que Biden e Bolsonaro ficarão frente a frente, ainda que virtualmente.

Até agora, houve apenas troca de cartas. Na mais recente, de Brasília para Washington, Bolsonaro prometeu acabar com o desmatamento ilegal até 2030. Em resposta, os americanos mandaram um recado: o salto de qualidade na relação bilateral vai depender do sucesso nas negociações ambientais.

Para Tom Shannon, que foi embaixador dos Estados Unidos no Brasil durante parte do governo Barack Obama, ambos os países negociaram semanalmente temas como monitoramento de queimadas e desenvolvimento de bioeconomia.

"Os dois países fizeram esforços reais para remodelar a relação e os dois perceberam que é uma relação importante demais para falhar nessa tentativa. Isso é positivo, mas ainda há muito trabalho para fazer", afirma Shannon.

Bolsas asiáticas fecham esta segunda-feira em alta, com tecnologia e turismo

As principais bolsas asiáticas encerraram a sessão desta segunda-feira (19) em alta, com os setores de turismo e tecnologia em destaque.

Investidores esperam crescimento das viagens na China nos próximos meses, sobretudo a partir do feriado do Dia do Trabalho, em maio, enquanto também repercutem o lançamento do carro inteligente da Huawei.

Na China continental, o Xangai Composto subiu 1,44%, aos 3.477,55 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 2,44%, aos 2,274.36 pontos. Já em Hong Kong, o índice Hang Seng terminou o dia em alta de 0,46%, aos 29.103,88 pontos.

Para além do impulso positivo vindo de Nova York, onde o índice S&P 500 encerrou a sexta-feira em novo recorde, as ações na Ásia se beneficiam de perspectivas positivas de investidores para a recuperação econômica.

De acordo com a Chasing Securities, papéis do setor de turismo vão se fortalecer no segundo trimestre, à medida que mais chineses forem vacinados contra a covid-19.

"Espera-se que os turistas da China façam 200 milhões de viagens durante o feriado de cinco dias do Dia do Trabalho, tornando-o o mais movimentado de todos os tempos", diz a corretora. Negociadas em Xangai, as ações da China Eastern Airlines subiram 1,23% nesta sessão.

O setor de tecnologia também mostrou destaque, com a BAIC BluePark New Energy disparando 10% em Xangai. A empresa é parceira da Huawei em um projeto de carros inteligentes lançado no último sábado.

Entre outras praças asiáticas, o índice Nikkei, de Tóquio, encerrou o dia em leve alta, de 0,01%, aos 29.685,37 pontos. O índice Kospi, de Seul, registrou a mesma variação positiva, subindo aos 3.198,84 pontos.

Na Oceania, o índice S&P 500/ASX, da bolsa de Sidney, avançou 0,03%, aos 7.065,60 pontos. /com Tom Morooka e Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
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